A LDB dos armadores

Criada em 2011, a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB) foi responsável por revelar diversos armadores que hoje brilham em seus clubes e até mesmo na Seleção Brasileira, caso de Ricardo Fischer (Flamengo), Gegê (Rio Claro), Davi Rossetto (Solar Cearense), Henrique Coelho (Franca Basquete), entre outros. Na edição 2016, uma nova leva de baixinhos foi apresentada, e o futuro da armação do basquete brasileiro parece ser animador.

Mas mais do que números, é muito válido falar também da função que esses atletas exerceram em suas respectivas equipes: a liderança. Alexey, principal cabeça pensante do campeão Sesi-SP/Franca Basquete, por exemplo, é responsável por fazer o ataque francano funcionar, além de orientar e comandar as ações do time em quadra.

Finalistas da LDB 2016, Alexey (Franca) e João Pedro (São José) foram doios grandes armadores da competição (Luiz Pires/LNB)

Mesmo caso de João Pedro e Pedrinho, que também são líderes no São José. No entanto, os dois têm características diferentes. João é mais finalizador, definidor, enquanto Pedrinho é mais “cadenciador” e distribuidor, mas também com um forte poder de definição. Muitas vezes, inclusive, ambos atuam juntos em quadra e deixam o ataque joseense bastante efetivo.

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Mesmo caso acontece com o Franca, que muitas vezes atua com Alexey e Cassiano em quadra. Cassiano, por sua vez, é dono de uma força física impressionante para sua idade (19 anos) e faz dela uma de suas principais armas. Com isso, é capaz de infernizar a vida dos adversários com sua defesa sufocante. A dupla consegue ser efetiva dos dois lados da quadra e foi uma das boas opções do técnico francano Daniel Wattfy.

Pedrinho Rava vinha tendo atuações notáveis antes de se lesionar (João Pires/LNB)

Outro líder nato que desfilou seu talento na LDB foi Pedrinho Rava, do Flamengo. Com experiência de quatro LDB’s (duas pelo Pinheiros e duas pelo Macaé), o armador nascido em Porto Alegre (RS) fez um belo papel com a camisa rubro-negra nesta edição do campeonato de base, sendo o principal líder da equipe em quadra. No entanto, sofreu um estiramento na posterior da coxa esquerda e precisou desfalcar o clube da Gávea nos quatro últimos jogos.

A ausência de Pedrinho foi muito sentida pelo Flamengo, que teve uma queda drástica de rendimento depois da lesão do camisa 7. No total de suas cinco partidas na LDB 2016, o atleta totalizou 14,6 pontos, 4,8 rebotes, 3,4 assistências e expressivos 19,6 de eficiência – a maior marca dentre todos os atletas da atual edição. Certamente o desempenho rubro-negro teria sido melhor com ele em quadra.

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Na Série Prata também teve armador se destacando. Pelo vice-campeão Minas Tênis Clube, o baixinho Wilsinho manteve sua escrita de “tumultuador” e foi um dos grandes destaques da equipe mineira, vice-campeã da edição 2015. Muito rápido, extremamente habilidoso e dono de um chute longo preciso – na LDB 2016 teve 47,1% de aproveitamento nas bolas de 3. Ele não é de falar muito, mas sua liderança vem com a bola nas mãos, na qual domina como poucos.

E para fechar a lista, Lucas Lima, do Sport Club do Recife. O versátil armador também não é de falar nem gritar muito, e sua liderança vem pela versatilidade, raça e disposição, que certamente puxa o time todo junto consigo. Lucas evoluiu assustadoramente de três temporadas para cá, e hoje, com experiência de uma Liga Ouro efetiva, domina todos os fundamentos e se mostrou maduro o bastante para alçar voos ainda mais altos na carreira.

“Velho conhecido” da LDB, Wilsinho é letal com a bola nas mãos e mostrou que está pronto para o NBB CAIXA (João Pires/LNB)