HOJE
A vez deles
Por Liga Nacional de Basquete
Revelações do basquete brasileiro ganham destaque nas equipes adultas na temporada 2011/2012 do NBB. Confira os números
Chegar a um time adulto na elite do basquete brasileiro é o sonho da maioria dos jovens atletas que a cada ano despontam nas categorias de base de todo o país. Alguns garotos já alcançaram esse objetivo e aproveitam a temporada 2011/2012 para começar a brilhar.
São os casos de Matheus Dalla, do Vila Velha/Garoto/BMG, Cristiano Felício, do Minas Tênis Clube, Henrique Coelho, do Unitri/Universo, Ricardo Fischer, do São José/Unimed/Vinac, Gui Deodato, do Itabom/Bauru, e Durval Cunha, do Cia. do Terno/Romaço/Joinville. Os seis têm vinte anos ou menos, mas já começam se destacar e ganhar importância na rotação de suas equipes profissionais.
Dentre eles, quem mais permanece em quadra é Matheus Dalla, com uma média de 26,2 minutos por jogo. Revelado pela equipe de Lajeado, no Rio Grande do Sul e posteriormente contratado pelo Limeira, ele foi emprestado pela equipe paulista e na atual temporada é o cestinha do Vila Velha, com 10,5 pontos. De quebra, o ala, de 20 anos, contribui com 3,3 rebotes e acerta 44,3% dos arremessos de longa distância. O bom desempenho arranca elogios do seu treinador Márcio Azevedo.
“Ele é um garoto que tem conquistado tempo de quadra pelo mérito do seu trabalho”, disse o técnico, que apontou a boa altura e o arremesso como pontos fortes de seu jogador.
Quem também tem conseguido bons números é o pivô Cristiano Felício. Em sua segunda temporada com o time profissional do Minas, o jogador, de 19 anos, ganhou mais espaço na rotação do técnico Raul Togni e registra médias de 9,6 pontos, 4,1 rebotes e 1,2 tocos em 19,7 minutos.
“Ano passado eu jogava menos, mas estava sempre treinando, fazendo parte do grupo. Com isso eu pude evoluir cada dia mais. Procurei treinar cada vez mais para ter essa oportunidade, que chegou esse ano, de poder mostrar o meu basquete”, disse o jovem pivô, que ganhou destaque com as boas atuações com a Seleção Brasileira no Mundial Sub-19, em 2011.
Outro que esteve no Mundial Sub-19 e cava seu espaço no NBB é o ala Durval Cunha. Ele entrou em quadra em todos os 18 jogos de Joinville na temporada e, até agora, ostenta médias de 4,0 pontos e 2,9 rebotes em pouco mais de 14 minutos jogados por partida.
O mais “experiente” deles é Gui Deodato, do Bauru, que irá completar 21 anos em junho e está em sua quarta temporada com o time do interior paulista. Mais importante na rotação do técnico Guerrinha, o ala registra os melhores números da carreira com 5,2 pontos e 1,1 rebotes em mias de 16 minutos jogados por partida.
Apesar da pouca idade, personalidade não falta a estes jovens jogadores. Exemplo disso são os armadores Henrique Coelho, do Uberlândia, e Ricardo Fischer, do São José, que assumiram a responsabilidade de substituir jogadores consagrados e ídolos de sua equipe.
Com a lesão do experiente Valtinho, Coelho foi titular do time nas últimas quatro partidas e viu sua média da temporada, de 4,3 pontos, 1,8 rebotes e 0,6 assistência mais que dobrar se considerarmos apenas os quatro últimos confrontos. Como titular, o jogador de 18 anos registra 10,2 pontos, 4,5 rebotes e 1,2 assistência.
“Eu encaro como uma oportunidade. Desde o primeiro jogo como titular, estou amadurecendo, crescendo”, disse Coelho.
Situação parecida com a de Fischer, que encara o desafio de substituir Fúlvio, machucado. Na temporada, ele registra 6,7 pontos e 2,3 assistências. Nos últimos cinco jogos, em que assumiu a titularidade, o armador de 20 anos subiu seus números para 9,4 pontos e 5,0 assistências .
“Ele, sem dúvida, está sendo uma grata surpresa. Quando ele chegou aqui em São José, ele tinha mais características da posição 2 do que da posição 1. E eu conversei com ele da importância de se tornar um 1. Nos treinamentos, ele procura melhorar cada vez mais e também aprende muito com o Fúlvio, que passa muitas dicas para ele”, contou o técnico joseense Régis Marrelli.