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17-09-2013 | 11:37
Por Liga Nacional de Basquete

Após passagem discreta pelo Flamengo em 2012, ala/pivô norte-americano Chris Hayes tem bom início pelo Franca e se torna um dos destaques da equipe

Chris Hayes vem sendo a principal referência no ataque do Franca no Estadual (Newton Nogueira/Divulgação)

Durante a temporada 2011/2012 do NBB, o ala/pivô norte-americano Chris Hayes foi contratado pelo Flamengo após o afastamento do seu então companheiro de posição Guilherme Teichmann, que sofreu com um tumor no testículo e precisou ficar longe das quatro linhas durante grande parte da temporada.

Atuando em terras cariocas, o jogador não teve vida fácil. A missão?  Concorrer à vaga de titular com ninguém menos que o ala/pivô argentino Federico Kammerichs, um dos principais jogadores da quarta edição do NBB e segundo reboteiro do campeonato, com média de 8,95 sobras por jogo. Desta maneira, Hayes não conseguiu ganhar ritmo de jogo e se adaptar aos moldes flamenguistas. Com isso, acabou não tendo muito espaço no time.

Em 24 partidas disputadas pelo clube da Gávea na competição nacional, o gringo fechou sua participação no maior campeonato de basquete do país com discretas médias de 5,7 pontos e 2,08 rebotes, em apenas 11 minutos por duelo, fato que não agradou a diretoria rubro-negra, que decidiu dispensar o atleta.

Após o fim da temporada para o clube da Gávea, o norte-americano, de 2,07m, fez suas malas e se transferiu para o Uruguai, onde passou a atuar pelo Atlético Aguada. Pelo jeito, o atleta renovou suas energias em terras celestes e fez bonito no campeonato do país sul-americanos. Em 26 partidas disputadas, o ala/pivô, de 26 anos, somou médias de 16,3 pontos e 9,0 rebotes por confronto e foi um dos destaques de seu time.

Tal desempenho chamou a atenção do Vivo/Franca, que precisava de alguém justamente para suprir a ausência do mesmo Guilherme Teichmann, ex-jogador francano,  que se transferiu para o Winner/Kabum/Limeira. Com este cenário, a equipe de Lula Ferreira não titubeou e contratou Hayes para a posição. Na mosca! A aposta da diretoria no jogador norte-americano deu certo e o atleta vem sendo o principal destaque da equipe no Campeonato Paulista.

“O primeiro fato a se destacar foi que a contratação dele foi por indicação do próprio Guilherme Teichmann, que jogou com ele no Flamengo e indicou ele antes mesmo de pensar em sair de Franca. Do que eu tinha visto ele (Hayes) jogar no Flamengo, eu tinha gostado e, depois de uma indicação do Teichmann, que é uma pessoa que tem a nossa confiança, não tivemos dúvidas em trazê-lo”, declarou o treinador da equipe francana, Lula Ferreira.

Bem diferente de sua temporada no Flamengo, Chris Hayes é o cestinha não só do Franca, mas de todo o Estadual, com média de 20,08 pontos por partida, além de ser o reboteiro do time no campeonato, com 6,3 apanhados por duelo, e o jogador que mais fica em quadra da equipe, com média de 35:05 minutos por confronto, o segundo do ranking da competição paulista.

“Minha temporada com o Flamengo foi muito difícil. Lá tinham muitos jogadores experientes e de qualidade na minha posição. Agora, em Franca, faço parte de um time bastante jovem. Então, tenho a chance de usar minha experiência por ser um dos jogadores mais velhos do time”, declarou Hayes.

As boas atuações de Hayes arrancaram elogios do técnico Lula Ferreira (Newton Nogueira/Divulgação)

Apesar de ser um atleta de muito volume, finalizador, pontuador nato, Chris Hayes costuma chamar a responsabilidade nas partidas, mas não é só pontuando que o ala/pivô se mostra eficiente. Este fato é comprovado pelo número de assistências que o jogador dá por partida no Paulista: 2,46 passes perfeitos por duelo, a segunda maior média do time, cenário que agrada, e muito, o técnico Lula Ferreira.

“Ele se encaixou muito bem na equipe. Tem um poder ofensivo muito bom. É um jogador de boa finalização, tanto nas bolas de 2, quanto nas de 3 pontos. Distribui muito bem a bola, tanto que é o segundo colocado em assistências no nosso time. Se a gente perdeu um pouquinho no aspecto defensivo (com a saída do Teichmann), certamente encaixamos uma importante peça no ofensivo. Além, é claro, dele ser uma ótima pessoa e bastante entrosado com a equipe e interessado no jogo coletivo, mesmo sendo um jogador de bastante volume”, destacou Lula.

Já conhecedor de terras brasileiras, o ala/pivô norte-americano ainda está se adaptando ao oxigênio basqueteiro de Franca, cidade que literalmente respira basquete e é conhecida como a capital da modalidade no país.

“Eu vim para Franca para jogar basquete. Com certeza tenho que me adaptar à cidade, claro que existem muitas diferenças entre Franca e o Rio de Janeiro. Franca possui uma história muito grande no basquete e é uma cidade que ama basquete. Os torcedores são muito apaixonados e isso me empolga ainda mais para jogar”, comentou o gringo.

Apesar de poucas atuações expressivas com a camisa do Flamengo, Hayes conseguiu ter uma noção do ritmo forte que tem o NBB. Agora, defendendo as cores do Franca, o norte-americano espera guiar sua equipe em busca de outra boa temporada no maior campeonato do país, como a última, em que os francanos terminaram na 5ª posição.

“Minhas expectativas são de tentar ajudar o time a fazer algo parecido com o que ocorreu na última temporada. Eles não tinham nenhum norte-americano na equipe e conseguiram fazer uma ótima campanha. Franca é um time que ama defender e teve a melhor defesa do último NBB. Então, espero que o time consiga manter o mesmo nível da última temporada e chegue bem aos playoffs”, finalizou Chris Hayes.