40 ANOSDO BRABO

Aniversariante do dia, Alex Garcia, do Minas Tênis Clube, foi o entrevistado desta semana no quadro “X1” do Podcast Território NBB CAIXA. Em conversa com Rodrigo Lazarini e Douglas Carraretto, o ala, que faz 40 anos nesta quarta-feira (04/03) fez uma retrospectiva sobre sua trajetória no basquete e pontos altos da sua carreira.

Conhecido como “o brabo”, Alex teve seus primeiros contatos com a bola laranja ainda na infância, quando compartilhava as vivências do basquete com o seu irmão em Orlândia (SP). Na época, a dupla dividia os seus dias entre ajudar a mãe nas colheitas e a vida nas quadras. Deixavam o ginásio mas carregavam a paixão: quando em casa, improvisavam uma tabela de madeira e aro de bicicleta para continuar a jogar.

“Quando a gente foi para a escola, nossa cabeça era ‘zero’ em relação ao estudo. Estava preocupado com o basquete. E a responsabilidade foi da nossa mãe mesmo, de aceitar a gente e nos deixar tomar conta do nosso caminho”, afirmou o jogador.

Aparecida (mãe), inclusive, vem à memória de Alex como o maior suporte encontrado em seu desenvolvimento enquanto atleta. Segundo o ala, algumas pessoas que dizem ter sempre torcido por ele são as mesmas que, no passado, viam nele um futuro de violência. O apoio materno, porém, sempre esteve presente.

“Ouvir minha mãe falar que a gente é orgulho dela – não só ela, mas os filhos e a esposa – não tem preço”, disse Alex.

Na categoria infanto e juvenil, o ala passou pelo Assis (SP), o São José do Rio Preto (SP), o Santa Rita do Passa Quatro (SP) e pelo COC/Ribeirão Preto. Defendeu a Seleção Brasileira em várias ocasiões, tendo sido convocado pela primeira vez em 2001, e também atuou internacionalmente tanto na NBA (San Antonio Spurs, em 2004, e no New Orleans Hornets, em 2005) como na Euroliga (Maccabi Tel Aviv, de Israel, em 2008).

“Joguei os dois maiores campeonatos do mundo, que são a NBA e a Euroliga. Isso aí está guardado no meu currículo e ninguém vai apagar. Joguei no melhor time do mundo, que era o San Antonio Spurs, e joguei uma final de Euroliga, que poucos jogadores conseguiram. Sou um cara privilegiado“, afirmou o ala.

Durante o Pré-Olímpico de 2003, Alex chamou a atenção do mundo inteiro pelo toco que deu em cima de Tim Duncan, considerado um dos melhores jogadores de basquete de todos os tempos. Humilde, ele diz que estava apenas exercendo o seu estilo de jogo, de muita defesa, apreciado pelo seu técnico no Spurs, Gregg Popovich.

Para Alex, trabalhar com o treinador americano foi uma experiência “de outro mundo”. “O jeito que ele lida com o jogador no dia a dia -não só dentro de quadra, mas fora – é o que o torna especial”, disse Alex.

Por falar em NBA, um episódio marcante na carreira de Alex aconteceu no meio do ano passado. No Mundial de Basquete de 2019, disputado na China, o Brabo foi essencial na vitória do Brasil contra a Grécia por 79 a 78, tendo grande êxito marcando Giannis Antetokounmpo, que havia acabado de ser eleito o MVP da NBA atuando pelo Milwaukee Bucks.

Alex defendeu a Seleção na última Copa do Mundo, realizada na China (Divulgação/FIBA)

“Eu li e escutei muita gente dizendo que o Alex não iria aguentar, que ele iria me atropelar. Passar por mim ele não vai. O Giannis é mais alto, mas não mais forte que eu. Sendo mais baixo, eu iria travar na linha da cintura. A regra da FIBA nos ajuda em relação aos jogadores da NBA porque somos mais acostumados. Eu falei que iria tentar marcar na frente longe da cesta, porque se se fosse perto ele iria pontuar. Deixamos ele longe e ele não passou de mim (risos)”, relembrou.

Quer saber mais sobre o papo, escute este e outros episódios do Território NBB CAIXA. Toda semana temos um entrevistado especial, que falará sobre sua trajetória e grandes histórias.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), em parceria com a NBA, e conta com os patrocínios oficiais da CAIXA, Budweiser, Unisal, Nike, Penalty, Plastubos e VivaGol e o apoio da Pátria Amada Brasil – Governo Federal.