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Por Liga Nacional de Basquete
Entrando em sua sétima edição, NBB acumula 53 atletas que deixaram suas carreiras no exterior para voltar ao basquete brasileiro; confira a lista dos repatriados
Criado em 2008 pela Liga Nacional de Basquete (LNB), o Novo Basquete Brasil apareceu para forma de promover o crescimento da modalidade da bola laranja em solo brasileiro. Seis anos depois, a evolução do campeonato foi imensa em todos os sentidos, seja no nível de competitividade até na visibilidade.
Desta forma, a competição vai se tornando mais atrativa e interessante para espectadores, dirigentes, e principalmente jogadores, não só os que atuam por aqui, mas também os que estavam no exterior. Entrando em sua sétima temporada, o NBB já teve 53 atletas brasileiros que deixaram suas carreiras em clubes internacionais para retornarem ao basquete brasileiro.
Um dos repatriados é o ala/pivô Guilherme Giovannoni, do UniCEUB/BRB/Brasília. Depois de quase cinco anos na Itália, onde defendeu os clubes do Pallacanestro, Rimini e Virtus Bologna, e um na Ucrânia, no BC Kiev, o atleta de 34 anos decidiu deixar a Europa na temporada 2009/2010 para iniciar uma longa a bonita história no NBB, campeonato no qual foi três vezes campeão.
“Acho que este grande número de repatriados só demonstra o grande valor do nosso campeonato. Os investidores estão acreditando na marca cada vez mais, os jogadores estão vendo que o NBB é um bom campeonato para se disputar, acho que isso é fruto do ótimo trabalho em que a Liga Nacional de Basquete está realizando junto com os clubes e todo o movimento do basquete”, comentou Giovannoni.
Outro que também largou sua longa carreira na Europa para jogar o NBB é o pivô Caio Torres, hoje no São José/Unimed, que na temporada 2011/2012, foi contratado pelo Flamengo para a quarta edição do nacional e deixou para trás uma trajetória de cerca de nove anos na Espanha, onde atuou por CB Guadalajara, Estudiantes de Madrid, Rayet, Melilla e Vivemenorca.
“O que mais me chamou a atenção no Brasil foi a melhora que o basquete brasileiro teve nos últimos anos. A cada ano o NBB melhora mais. A situação também não estava muito legal lá na Espanha, muitos clubes em crise, e isso também pesou para eu voltar. Mas quando eu voltei já vim para uma equipe como Flamengo, que nem preciso falar nada, eles já estão mostrando o que são. Fico muito feliz por ter voltado ao meu país, jogar em times bons, sempre brigar por títulos. É isso que jogador busca na carreira”, falou Caio, campeão e MVP da Final do NBB5 pelo Flamengo.
Já o pivô Murilo Becker, atualmente no Paschoalotto/Bauru, atuou na Europa em 2007 e 2008, pelo PBK Academik EAD (BUL) e pelo tradicional Maccabi Tel-Aviv (ISR), respectivamente, foi contratado pelo Minas Tênis Clube para a primeira edição do NBB. Após duas temporadas de sucesso em Belo Horizonte, o gaúcho de Farroupilha se transferiu para o São José, onde ficou por três temporadas e foi vice-campeão e MVP da Final do NBB4.
“É visível que desde a primeira edição do NBB o campeonato cresce cada vez mais, sendo no ponto de vista técnico ou talvez mesmo na questão da visibilidade tendo cada vez mais transmissões na TV fechada e também em rede nacional, fazendo com que estes jogadores que jogam fora do Brasil enxerguem o nosso campeonato de uma forma diferente”, afirmou Murilo Becker.
“É muito bom também ver que os investidores estão cada vez mais investindo no nosso mercado, conseguindo trazer diversos atletas do exterior com alto nível técnico, coisa que não acontecia há seis, oito, dez anos. Gosto muito destes repatriamentos, pois só fortalece o campeonato em que jogamos”, completou o pivô do Bauru.
Para a sétima edição do NBB, quatro atletas foram repatriados, dentre eles, o principal foi o pivô Rafael Hettsheimeir, contratado pelo Paschoalotto/Bauru, que estava na Espanha desde 2005 e passou por diversos clubes, dentre eles o poderoso Real Madrid, o Zaragoza e o Unicaja Málaga, sua última equipe antes de pousar em solo brasileiro. O jogador, que disputou a Copa do Mundo 2014 pela Seleção Brasileira, foi lembrado pelo técnico Gustavo De Conti, do Paulistano, na coletiva de imprensa de lançamento do NBB7.
“Temos vários brasileiros repatriados desde a criação do NBB. Um grande exemplo é o Rafael Hettsheimeir, que é um atleta que estava atuando na elite da Europa, no auge de sua carreira, e retonou ao Brasil para atuar no Bauru. Tenho certeza que isso faz com que o nível técnico do NBB aumente a cada temporada que passe”, falou De Conti.
Confira a lista dos 53 repatriados, o clube do NBB que os trouxe de volta ao Brasil e suas ex-equipes:
Total: 53
– NBB1 (seis):
Tischer (Araraquara) – Hapoel Gilboa Galil Elyon (Israel)
Bábby (Flamengo) – Spartak (Rússia)*
Marquinhos (Pinheiros) – Memphis Grizzlies (NBA)
Murilo Becker (Minas) – Maccabi Tel Aviv (Israel)
Labbate (Lajeado) – Figueira da Foz (Portugal)
Jefferson William (Flamengo) – Univer (Hungria)
– NBB2 (seis):
Guilherme Giovannoni (Brasília) – Virtus Bologna (Itália)
Fúlvio (São José) – Granada (Espanha)
Wanderson (São José) – Quimsa (Argentina)*
Paulinho Boracini (Paulistano) – Fileni Jesi (Itália)
Jhonatan (Araraquara) – Rayet Guadalajara (Espanha)
Thyago Aleo (Londrina) – Mérida (Espanha)*
– NBB3 (nove):
Luis Gruber (Joinville) – La Palma (Espanha)
Douglas Nunes (Bauru) – El Leyma Básquet Coruña (Espanha)
Átila dos Santos (Flamengo) – Bakersfield Jam (D-League)
Jerônimo (Paulistano) – Zaragoza (Espanha) *
Cipolini (Uberlândia) – BYU Hawaii (EUA)
Jordan Burger (Paulistano) – Cajasol (Espanha)*
Hátila Passos (Uberlândia) – Marinos (Venezuela)*
Luciano Matão (Assis) – Universidade de Idaho (EUA)*
Fiorotto (Pinheiros) – Tenerife (ESP)
– NBB4 (cinco):
Leandrinho Barbosa (Flamengo) – Toronto Raptors (NBA)*
Caio Torres (Flamengo) – Vivemenorca (Espanha)
Léo Waszkiewicz (Uberlândia) – Valladolid (Espanha)
Dida (Uberlândia) – Málaga (Espanha)
Gegê (Flamengo) – Torrerón (Espanha)
– NBB5 (14):
Paulão Prestes (Brasília) – Gran Canária (Espanha)
Renan Leichtweis (Tijuca) – Palencia (Espanha)
Socas (Franca) – Real Madrid (Espanha)
Romário (Franca) – Lousiana Tech (EUA)*
Sidão (Bauru) – Clavijo (Espanha)*
Ricardo Zanini (Franca) – Our Lady of Lake University (EUA)
Ismar (Brasília) – Lindsey Wilson College (EUA)*
Vinicius Teló (Joinville) – Universidade de Oklahoma City (EUA)
Abner (Joinville) –Idaho State University (EUA)
Gustavo Scaglia (Palmeiras) – Arizona Western College (EUA)
Ricardo Andreotti (Paulistano) – South Dakota University (EUA) *
Éder Araujo (Vila Velha) – Hebraica (Uruguai)*
Lacerda (Liga Sorocabana) – Universidade Pacific (EUA)*
De Bem (Liga Sorocabana) – Hebraica (URU)
– NBB6 (nove):
Marcus Toledo (Mogi) – Ford Burgos (Espanha)
André Coimbra (Goiânia) – Oita Head Devils (Japão)
Lupa (Liga Sorocabana) – Slippery Rock University (EUA)
Rodrigo Silva (Palmeiras) – Texas Tech University (EUA)
Jonathan Tavernari (Pinheiros) – Scafati Basket (Itália)*
Ícaro Parisotto (São José) – Christian High School (EUA)
Thiaguinho (Liga Sorocabana) – Colorado Northwestern College (EUA)
João Phyllippe (Macaé) – SPC College (EUA)
Cícero Gonzaga (Espírito Santo) – Nuwanding Spectres (Austrália)*
– NBB7 (quatro):
Carlos Cobos (Franca) – CB Breogan (Espanha)
Rafael Hettsheimeir (Bauru) – Unicaja Málaga (ESP)
Gerson Santo (Mogi) – Colorado State (EUA)
Renan Lenz – Utah College (EUA)
*Não está mais no NBB