HOJE
Arthur eterno
Por Liga Nacional de Basquete
Agora no Universo/Vitória, Arthur Belchor é eternizado pelo Brasília e inaugura Hall da Fama da equipe; confira entrevista exclusiva com o jogador
As histórias de Arthur Belchor e do UniCEUB/Cartão BRB/Brasília chegam a se confundir. Natural da própria capital federal, o jogador atuou por dez temporadas no time de sua cidade natal e esteve presente em grande parte das principais conquistas do clube. Agora, o ala de 33 anos decidiu seguir novos rumos e se transferiu para o Universo/Vitória para a nona edição do NBB CAIXA.
Mas antes de iniciar oficialmente a temporada pela equipe baiana, Arthur foi convidado a participar do evento de lançamento de sua ex-equipe para a temporada 2016/2017, quando os candangos apresentaram seu elenco, uniformes, nova logo marca e outras novidades, dentre elas o hall da fama do clube, estreado pelo antigo dono da camisa 4 do time.
+Clique aqui e veja a matéria sobre a apresentação do Brasília para a temporada 2016/2017
“Foram dez anos de uma história muito legal, positiva e vitoriosa. Eu sou de Brasília e isso agrega ainda mais valor. Agora vou seguir novos rumos, mas a história nunca acaba. O time segue a história dele, eu sigo a minha, e espero que a minha seja vencedora no Vitória também”, comentou Arthur Belchor.
Com a camisa do Brasília, o jogador conquistou três títulos do NBB CAIXA (2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012), um título do Campeonato Brasileiro da CBB (2006/2007); uma Liga das Américas (2008/2009), o tricampeonato da Liga Sul-americana de Clubes (2010/2011, 2013 e 2016).
Um dos reforços do Vitória para 2016/2017, Arthur Belchor se junta aos norte-americanos Kenny Dawkins (ex-Paulistano/Corpore) e Chris Hayes (ex-Limeira), e aos pivôs André Coimbra, que atuou com Arthur no próprio Brasília, além de Douglas Kurtz (ex-Franca), na composição do elenco comandado pelo técnico Régis Marrelli na nona edição do NBB CAIXA.
Confira na íntegra a entrevista exclusiva de Arthur Belchor, novo reforço do Vitória:
LNB: Qual é sua expectativa por jogar em clube com uma torcida tão grande, que vai além até do próprio basquete, como o Universo/Vitória?
Arthur Belchor: Apesar de ser o segundo ano do Novo Basquete Brasil (NBB CAIXA) em Salvador (BA), o ginásio sempre esteve lotado e com uma torcida bem vibrante. O Vitória é o clube de futebol mais tradicional da cidade e isso ajudou muito na chegada de novos fãs.
LNB: Além de você, o Vitória já apresentou mais quatro novos nomes e renovou contrato com Edu Mariano. Qual você acreditar ser a ambição do time para a temporada 2016/2017 do basquete?
Arthur Belchor: Creio que será um time bem competitivo esse ano, temos metas altas, desafiadoras e alcançáveis. O elenco é totalmente novo, porém com uma mescla de jogadores jovens e experientes, que juntos podem formar um grande time.
LNB: Você nasceu em Brasília e defendeu o time da cidade nos últimos dez anos. Qual é o sentimento ao traçar uma nova rota na carreira?
AB: Meu sentimento é o melhor possível, estou supermotivado com meu novo time, espero fazer uma excelente temporada e colocar o Universo/Vitória entre os melhores do Brasil, o mais rápido possível.
LNB: Como foi para você jogar todos estes anos na sua “casa”, ao lado da sua família?
AB: Foram ótimos e vitoriosos anos em Brasília (DF). Fico feliz e orgulhoso de defender um time da cidade onde nasci por todo esse tempo, jogar em um time competitivo. Já é bom esse time, sendo da sua cidade é melhor ainda!
LNB: Nestes dez anos, foram três títulos de NBB CAIXA, uma Liga das Américas, três Campeonatos Sul-Americanos. Quais as melhores memórias que você guarda desta passagem vitoriosa com o Brasília?
AB: As melhores memórias foram os processos para tornar um time multicampeão como foi o Brasília; os treinos, a amizade e a entrega de cada jogador por um único objetivo. Isso, para mim, é a maior magia de um time vitorioso.
LNB: Cada vez mais é difícil um atleta permanecer em um só time por um longo período. Quais foram os principais motivos que ligaram você e o Brasília por tanto tempo?
AB: Realmente, hoje em dia é muito difícil o atleta permanecer muito tempo em um único time e eu joguei apenas no COC/Ribeirão Preto (05 anos) e Brasília (10 anos). Sei, no entanto, que a realidade dos outros jogadores não é essa, mas o motivo é o atleta ser útil para o time e, ao mesmo tempo, ter o interesse de permanecer na equipe.
LNB: Como será para você voltar ao Ginásio ASCEB, agora com outro uniforme?
AB: Com certeza, será um jogo diferente dos demais, pois será a primeira vez que jogarei contra um ex-clube, no lugar onde passei horas e horas da minha vida. Para onde eu olhar para arquibancada vou conhecer alguém, mas creio que depois que a bola subir, eu vou defender meu time da melhor forma possível e eles o deles, tornado o jogo mais natural.
LNB: Mesmo com as lesões, você esteve em quadra ao longo de toda fase de playoffs do NBB CAIXA. Após três temporadas de ausência, o Brasília voltou as semifinais. Você sai da equipe com o sentimento de dever cumprido?
AB: Infelizmente, nas últimas temporadas tive problemas com lesões e isso me atrapalhou muito nos jogos e na temporada, mas saio com o dever cumprido e com a certeza de que dei minha contribuição para que a cidade respire basquete como ocorre hoje em dia. Várias crianças começaram a jogar devido ao sucesso do time e os atletas de categorias de base não tem apenas a opção única de sair de Brasília para jogar em um time profissional como era na minha época. Isso é o mais importante.
LNB: Você esteve em todas as temporadas do NBB CAIXA. Qual é a evolução da competição ao longo deste tempo, em sua opinião?
AB: O NBB CAIXA é um campeonato novo, mas com base sólida, administrado por pessoas que são competentes nas determinadas áreas e que tornou o basquete um ótimo produto. Creio que a evolução a cada ano pode tornar o campeonato ainda melhor e mais poderoso.