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Seleção Brasileira

Momento especial

19-08-2025 | 12:55
Por Marcius Azevedo

Basquete brasileiro conquista vitórias em finais sobre os Estados Unidos com grande significado para o futuro da modalidade; projeto de renovação começa a dar resultados concretos

O basquete brasileiro atravessa um momento especial e de grande significado para o futuro da modalidade. Em um curto espaço de tempo, a seleção brasileira conseguiu dois feitos marcantes: derrotar os Estados Unidos em finais. A primeira conquista veio nos Jogos Mundiais Universitários na Alemanha, e a segunda, no Globl Jam, realizado no Canadá. Duas vitórias históricas que reforçam não apenas o talento dessa nova geração, mas também a força de um projeto de renovação que começa a dar resultados concretos.

Superar os americanos em finais é um feito raro no basquete mundial em qualquer circunstância, e o Brasil conseguiu alcançá-lo duas vezes consecutivas, em competições diferentes, com grupos jovens que demonstraram maturidade, intensidade e coragem. Esses atletas mostraram que não se intimidam diante da maior potência da modalidade, jogando de igual para igual e provando que a camisa verde e amarela continua carregando um espírito competitivo capaz de surpreender o mundo.

Seleção brasileira conquistou o título do Globl Jam pela segunda vez consecutiva. Foto: Globl Jam

Mais do que as medalhas conquistadas, o verdadeiro legado dessas vitórias é a confiança que se estabelece em torno da nova safra de jogadores. Elas são fruto de um trabalho sólido nas categorias de base, da preparação cuidadosa e de um investimento constante no desenvolvimento de talentos realizado pela Confederação Brasileira de Basketball.

O resultado é uma equipe com identidade, que alia disciplina, coletividade e ousadia, características que sempre marcaram os grandes momentos do basquete brasileiro.

Nos Jogos Mundiais Universitários, competição com atletas até 25 anos, que foi realizada na região de Reno-Ruhr, na Alemanha, o Brasil conquistou uma virada espetacular sobre o time americano, representado pela tradicional Universidade de Baylor, vencendo por 94 a 88, após estar perdendo por 26 pontos de diferença.

Em Toronto, no Canadá, na decisão do Globl Jam, em um jogo equilibrado, o time brasileiro foi frio e calculista para vencer os Estados Unidos, representados pela potente Universidade de Georgetown, por 77 a 73, e conquistar o segundo título consecutivo do torneio sub-23. A primeira vez havia sido em 2022.

 

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“Vencer a escola americana, quase imbatível, é sempre muito bom. Tivemos pela frente duas universidades tops da NCAA, com orçamentos milionários, em dólar, e jogadores que amanhã serão estrelas na NBA e mundo afora. É resultado de um trabalho de longo prazo da CBB, e de parceiros como CBC, LNB, e todo o ecossistema do basquete, com clubes, atletas, projetos. Uma vitória de todos”, afirmou o presidente da CBB, Marcelo Sousa.

Esses títulos projetam um futuro promissor. Se hoje já é possível vencer os Estados Unidos em finais, amanhã a expectativa é de manter o Brasil novamente entre as grandes forças globais. O basquete brasileiro voltou a sonhar alto, e essa geração com Pedro Pastre, Lucas Atauri, Gabriel Landeira, Wini Braga, Brunão, Nathan Mariano, Reynan Gabriel, Zu Jr., entre outros, tem tudo para transformar sonhos em novas páginas de glória no cenário internacional.