Na noite da quarta-feira (28/05), o Bauru Basket se despediu da temporada 2024/25 do NBB CAIXA. Em meio a muitas dificuldades, o Dragão mostrou poder de evolução e superação com um trabalho consistente dentro de suas possibilidades e fechou sua participação com a quarta colocação no campeonato, acima de outros 14 concorrentes. É a segunda vez seguida que o time do interior paulista se coloca entre os quatro melhores da competição, algo que não ocorria desde as temporadas 2016/17 (que foi campeão) e 2017/18, na qual parou na semifinal.

Alex Garcia, no jogo contra o KTO Minas que marcou sua atuação de número 585 na história do NBB CAIXA, como jogador com mais partidas. Foto: Hedgard Moraes/ MTC

No começo da temporada 2023/24, Paulo Cesar Jaú assumia o lugar de treinador principal do Bauru Basket logo após a indicação de seu antecessor Guerrinha. Jaú já era um treinador experiente, mas se tratava do maior time que teria a chance de treinar entre os profissionais. Então, haveria uma certa dúvida justificável de como seria o desempenho do Dragão. Depois da temporada 2017/18, na qual terminou a primeira fase do NBB CAIXA na sexta colocação e só não defendeu o título da temporada anterior porque parou na semifinal para quem seria o novo campeão, Paulistano/CORPe, o time bauruense não tinha mais retornado às semifinais, acumulando quatro eliminações nas quartas.

Jaú tratou de tirar essa dúvida inicial, extraindo o melhor de Alex, Larry Taylor, Dontrell Brite e restante do elenco do Bauru Basket. Na ocasião, se classificaram para a Copa Super 8, na oitava colocação ao final do primeiro turno, e evoluíram para quinto lugar ao término do returno. Passou por Pato Basquete e R10 Score Vasco da Gama nos playoffs e retornou às semifinais do NBB CAIXA, sendo derrotado pelo Flamengo.

Nessa temporada, outra dúvida surgia: poderia o Bauru Basket manter o trabalho realizado? Larry Taylor, uma referência do time tinha se mudado para Caxias do Sul, Alex um ano mais velho, já com 44 para 45 anos, ajustes para um jogo em torno daquilo que Dontrell Brite poderia apresentar. Mais uma vez, Jaú mostrou que suas convicções poderiam levar o Dragão longe mais uma vez. No final do primeiro turno, terminou com a nona colocação e não foi à Copa Super 8. Porém, teve uma crescente no segundo turno, terminando novamente em quinto lugar. Teve uma duríssima série de oitavas contra o Paulistano/CORPe, vencendo por 3 a 2, e impôs uma varrida de 3 a 0 sobre o São Paulo, nas quartas, para chegar à sétima semifinal de NBB CAIXA, a segunda seguida.

Mesmo com uma lesão de Alex no jogo 1, o Bauru Basket fez jogos extremamente competitivos contra o líder KTO Minas, contudo acabou eliminado com 3 a 0. O Dragão foi o único time fora do G4 da fase de classificação a entrar entre os semifinalistas da competição, colocando como o quarto melhor time da temporada, com feitos individuais importantes. Dontrell Brite é um forte candidato a MVP da temporada. Alex se tornou terceiro atleta a converter mais de mil bolas de três e segundo com mais assistências na história do NBB CAIXA. No jogo da eliminação, alcançou 585 jogos e se tornou o atleta com maior número de partidas da competição, número que será igualado na noite dessa quinta-feira por Jhonatan Luz. O ala/pivô Lucas Brandão foi campeão do Torneio de Enterradas do Jogo das Estrelas 2025 e Andrezão se tornou um dos principais pivôs do cenário nacional.

Paulo Jaú, técnico do Bauru Basket, que ergue a cabeça para mostrar orgulho de mais uma temporada entre as quatro melhores equipes do NBB CAIXA. Foto: Hedgard Moraes/ MTC

“Encerramos nossa temporada, um playoff de 3 a 0, mas com uma condição muito melhor do que a temporada passada, chegamos a mais uma semifinal, em um embate duro com o Minas, com três jogos abertos. Quero parabenizar toda nossa equipe, nosso staff, nossa diretoria e nosso torcedor pelo apoio incondicional que teve conosco. Parabenizo nossos atletas pela luta, depois de todas as dificuldades que passamos, e conseguimos chegar a mais uma semifinal. Ficaram 14 times para trás, de uma temporada dura, uma temporada longa, superamos alguns problemas, nos ajustamos com a competição em andamento. Não era o que o torcedor esperava, mas foi o que estava a nosso alcance, pode se sentir representado por uma equipe que luta, briga e deixa tudo dentro de quadra. Um grande abraço ao nosso torcedor”, avaliou Paulo Jaú.

Se serve de aprendizado, seu adversário da semifinal, o KTO Minas, precisou de quatro eliminações na semifinal antes de alcançar sua primeira final na história do NBB CAIXA. Um trabalho de consistência e paciência, ano após ano, que vem dando frutos na temporada 2024/25. A diretoria do Bauru Basket já começa a trabalhar olhando para a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), que começa depois do NBB CAIXA, para avaliar novos talentos que podem compor o time na temporada 2025/26 e torná-lo ainda mais forte e competitivo.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica e Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), chancela da Confederação Brasileira de Basketball e patrocínios oficiais Penalty, Universidades Cruzeiro do Sul, UMP, Whirlpool e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.