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BCLA

Reação insuficiente

13-12-2025 | 11:06
Por Marcius Azevedo

Flamengo reage no último período, reduz diferença para apenas dois pontos, mas perde para o Nacional, do Uruguai, na estreia pelo Grupo B da BCLA

Mesmo com uma reação no último período, o Flamengo não conseguiu alcançar uma virada e foi derrotado pelo Nacional, do Uruguai, por 75 a 63, neste sábado (13/12), no Ginásio 8 de Junio, em Paysandu, em sua estreia pelo Grupo B da Basketball Champions League Americas 2025/26. Atual campeão da BCLA, o Rubro-Negro chegou a ameaçar o triunfo dos uruguaios, que contaram com uma torcida fervorosa em casa, com uma defesa agressiva e muita entrega, mas o time do técnico Sergio Hernández pagou caro pela queda de rendimento no terceiro quarto e saiu de quadra com um revés.

Individualmente, Alex Negrete foi o principal nome do Flamengo na partida, fechando o jogo com 19 pontos e cinco rebotes. Ao seu lado, Shaq Johnson também teve bom rendimento ofensivo, com 18 pontos, sendo que apenas a dupla superou a marca dos 10 pontos pelo Rubro-Negro. Pelo Nacional, o destaque absoluto foi o americano Connor Zinaich, protagonista direto da vitória uruguaia ao registrar um duplo-duplo de 21 pontos e 10 rebotes, alcançando 29 de eficiência.

Alex Negrete foi o cestinha do Flamengo com 19 pontos na derrota para o Nacional. Foto: BCLA

O primeiro período foi marcado pelo equilíbrio e pela força defensiva dos dois lados, com linhas bem compactas e pouca fluidez ofensiva. O Flamengo chegou a passar parte da parcial atrás do Nacional no placar, mas cresceu no fim ao encaixar uma corrida de 7 a 0, assumindo o controle do jogo e fechando o quarto inicial com vantagem de dois pontos: 16 a 14. O destaque positivo ficou pela estreia do argentino Franco Baralle, que entrou com 3 minutos e 24 segundos para o fim da parcial e fez sua primeira aparição pelo Rubro-Negro após quatro meses de recuperação de uma fratura no tornozelo direito, ocorrida ao sofrer um atropelamento em agosto.

+ Confira as estatísticas do jogo entre Nacional (URU) e Flamengo

No início do segundo período, quem assumiu o protagonismo foi o outro argentino do Flamengo, Alex Negrete, responsável por anotar seis pontos consecutivos que deram ritmo ao ataque. O Nacional, porém, respondeu explorando muito bem o jogo interior, equilibrando novamente o confronto. Em mais um quarto de pontuação baixa, com as defesas com domínio sobre os ataques, o Rubro-Negro acabou superado por 16 a 13 na parcial e foi para o intervalo em desvantagem mínima: 30 a 29.

O terceiro período foi o mais complicado do Flamengo na partida. Com um ataque estático, erros de execução e dificuldades até para concluir as posses, o Rubro-Negro ficou muito abaixo do seu padrão. Do outro lado, o Nacional aproveitou o momento e impôs uma corrida de 17 a 0 no auge do domínio na parcial, chegando a abrir 18 pontos de vantagem. A reação brasileira veio apenas na reta final do quarto, quando o time mostrou mais agressividade. Franco Baralle converteu uma bola tripla, marcou seus primeiros pontos e ajudou a reduzir a diferença para 13 pontos (53 a 40) antes dos 10 minutos derradeiros.

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No último período, o Flamengo apostou tudo em uma defesa extremamente agressiva como alternativa final para mudar o cenário da partida. A estratégia do técnico Sergio Hernández surtiu efeito: o novo comportamento defensivo acelerou o ritmo, impulsionou o ataque e fez o Rubro-Negro reduzir a desvantagem para apenas dois pontos, levando o jogo a um clima de forte dramaticidade. No entanto, o Nacional conseguiu conter o ímpeto rubro-negro, administrou os momentos de tensão e confirmou o triunfo.