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Seleção Brasileira

Virada épica

30-08-2025 | 07:27
Por Marcius Azevedo

Brasil dá aula de basquete, corta desvantagem de 20 pontos e ainda coloca 15 de diferença para vencer os Estados Unidos e chegar à decisão da AmeriCup 2025

O basquete brasileiro viveu um daqueles momentos que ficam guardados para sempre. Depois de ver os Estados Unidos abrirem 20 pontos de frente, o Brasil reagiu com raça e talento. Bruno Caboclo, Yago, Georginho, Lucas Dias e todo o coletivo se agigantaram, transformando pressão em confiança e confiança em espetáculo. Foi uma vitória épica, por 15 pontos de diferença, em uma das maiores viradas já vistas. O triunfo por 92 a 77, neste sábado (30/08), no Poliesportivo Alexis Argüello, em Manágua, capital da Nicarágua, colocou o time do técnico Aleksandar Petrovic na decisão da AmeriCup 2025. A final será neste domingo (31/08), às 21h10, com transmissão da ESPN, contra a Argentina, que derrotou o Canadá na outra semifinal.

Yago terminou o jogo como principal pontuador com 25 pontos, além de impressionantes 12 assistências e quatro rebotes para 23 de eficiência. Lucas Dias também alcançou um duplo-duplo, terminando com 18 pontos e 13 rebotes. Bruno Caboclo foi outro que flertou com os dois dígitos em dois fundamentos. Foram 20 pontos e nove rebotes para o pivô. Ainda vale citar o desempenho de Georginho, que fechou com 13 pontos, sete rebotes e três assistências.

Bruno Caboclo fez um último período fantástico, mesmo pendurado com quatro faltas. Foto: AmeriCUP

Brasil e Estados Unidos protagonizaram um duelo equilibrado e intenso no primeiro período, com aquele clima típico de semifinal. A defesa brasileira se impôs em momentos importantes, especialmente com Bruno Caboclo, que deu dois tocos consecutivos em Zachary Auguste. No ataque, o time comandado por Aleksandar Petrovic mostrou força coletiva, trabalhando bem a bola e explorando diferentes opções. Lucas Dias foi o nome mais efetivo, começando com jogadas próximas ao aro e logo depois castigando os americanos do perímetro. A seleção fechou três pontos atrás no quarto inicial: 23 a 20.

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A seleção brasileira começou bem no segundo período e virou o placar em uma roubada de bola de Alexey, que encontrou Reynan para anotar dois pontos e ainda sofrer falta. O problema é que, depois disso, Langston Galloway assumiu um protagonismo absurdo e tomou conta do jogo. Foram oito pontos seguidos e 20 apenas no quarto, com cinco bolas triplas. O Brasil fez escolhas ruins no ataque, ficou mais de três minutos sem pontuador na parcial, o que resultou em uma vantagem de 14 pontos para os Estados Unidos antes do intervalo: 52 a 38.

No terceiro período, o Brasil precisou lidar com um problema logo de início: Bruno Caboclo cometeu a quarta falta e teve que ir para o banco. Aproveitando o momento, os Estados Unidos abriram vantagem de 20 pontos e pareciam encaminhar o jogo. Mas a seleção brasileira não se entregou. Ajustou a defesa, encontrou melhores soluções no ataque e conseguiu equilibrar a disputa. Com espírito de reação, o time de Aleksandar Petrovic venceu a parcial por 20 a 16, diminuindo parte do prejuízo para 10 pontos (68 a 58) e mantendo vivas as esperanças para o último quarto.

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O Brasil deu uma verdadeira aula de basquete no período derradeiro. Mesmo pendurado em faltas, Bruno Caboclo voltou à quadra com imposição e foi dominante nos dois lados, liderando a reação. No perímetro, a seleção brasileira foi impecável, castigando a defesa adversária com arremessos precisos e bem trabalhados. Yago e Georginho tiveram atuações brilhantes, acelerando o jogo, distribuindo bem a bola e contribuindo com pontos importantes. Com intensidade, confiança e execução quase perfeita, o Brasil transformou o quarto em um show coletivo, mostrando força e personalidade, fez 34 a 9 diante dos Estados Unidos e se garantiu na final.