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Seleção Brasileira

No topo das Américas

31-08-2025 | 10:36
Por Marcius Azevedo

Seleção Brasileira tem atuação defensiva quase perfeita, derrota a Argentina e conquista o título da AmeriCup, o quinto de sua história, encerrando um jejum de 16 anos

A seleção brasileira voltou ao topo das Américas! Depois de 16 anos, o Brasil conquistou o título da AmeriCup, o quinto de sua história. Neste domingo (31/08), no Poliesportivo Alexis Argüello, em Manágua, capital da Nicarágua, o time do técnico Aleksandar Petrovic fez uma partida defensivamente quase perfeita para derrotar a Argentina por 55 a 47. Mais do que um troféu, a conquista representa a retomada da tradição vitoriosa do basquete brasileiro e enche de orgulho uma geração que voltou a subir no lugar mais alto do pódio, algo que não acontecia desde 2009. Foi também uma vingança pela derrota em 2022, nesta mesma competição, na final no Recife.

Georginho de Paula foi o grande nome do Brasil na decisão, com um desempenho defensivo espetacular. Foram cinco tocos e duas bolas roubadas, além de cinco pontos e sete rebotes para o armador do Sesi Franca. Yago Mateus terminou como o maior pontuador da seleção brasileira, com 14 pontos. Bruno Caboclo flertou com um duplo-duplo, fechando o jogo com 11 pontos e sete rebotes.

Georginho foi fundamental na defesa para o Brasil conquistar o título da AmeriCup 2025. Foto: AmeriCup

O Brasil teve sua melhor atuação em um primeiro período na AmeriCup. A defesa se impôs desde o começo, forçando a Argentina a arremessar quase sempre contestada e sem espaços para criar com tranquilidade. A forte marcação impulsionou o jogo em transição. Foram 11 pontos no contra-ataque. Gui Deodato foi o grande destaque da parcial, liderando a pontuação e dando o tom da intensidade ofensiva da equipe brasileira, que fez 16 a 15 no quarto inicial.

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O aro parece ter sido fechado para os dois times no começo do segundo período. Foram mais de quatro minutos sem uma cesta de quadra até Bruno Caboclo converter uma bola tripla. A partir daí, o Brasil seguiu com intensidade e energia na defesa e conseguiu se soltar um pouco mais no ataque. Com um melhor aproveitamento nos arremessos do perímetro e uma enterrada espetacular de Georginho, a seleção brasileira foi para o intervalo com sete de vantagem: 31 a 24.

No terceiro período, a defesa continuou sendo o principal atributo do Brasil. A consistência na marcação dificultou as ações argentinas e deu mais confiança para o time brasileiro acelerar do outro lado da quadra. Mesmo em um quarto de placar baixo (12 a 11 para a Argentina), a seleção manteve a dianteira. Os argentinos permaneceram competitivos graças aos rebotes ofensivos, que garantiram segundas chances e impediram que a vantagem brasileira fosse mais ampla antes do quarto derradeiro: 42 a 36.

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A Argentina colocou muita pressão no último período para voltar à partida e tirou um pouco da tranquilidade que o Brasil demonstrou ao longo dos três primeiros períodos. Foi necessária muita maturidade e sangue frio da equipe brasileira para sustentar o placar. A seleção soube sofrer, controlou o jogo nos minutos decisivos e confirmou uma vitória histórica. Depois de 16 anos, o grito de campeão voltou a ecoar. Foi um título conquistado com autoridade.