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Seleção Brasileira

Estreia Convincente

27-11-2025 | 09:50
Por Marcius Azevedo

Com defesa intensa, ataque equilibrado e forte presença coletiva, o Brasil controla ações em Valdivia, supera o Chile e abre Eliminatórias da Copa do Mundo FIBA Catar 2027 com vitória

A seleção brasileira deu um recado claro logo na estreia das Eliminatórias da Copa do Mundo FIBA Catar 2027: é um time preparado, competitivo e capaz de controlar o jogo. No Coliseo Antonio Azurmendi, em Valdivia, diante de um Chile que tentou impor intensidade e contou com o apoio da torcida, o Brasil mostrou maturidade para superar um início oscilante, cresceu defensivamente, encontrou seu melhor ritmo ofensivo com excelente variação tática e protagonismo distribuído para construir uma vitória sólida por 82 a 66, pelo Grupo C.

De volta à seleção após se recuperar de uma lesão, Léo Meindl foi um dos principais destaques da equipe, registrando um duplo-duplo de 12 pontos e 10 rebotes para 17 de eficiência. Lucas Dias e Georginho demonstraram o mesmo entrosamento do Sesi Franca e combinaram para 32 pontos, com 16 para cada um deles. O armador Alexey Borges, do Flamengo, também teve uma atuação sólida, fechando o jogo com 11 pontos, seis rebotes e cinco assistências. Pelo Chile, Felipe Haase foi o cestinha com 17 pontos.

Léo Meindl registrou um duplo-duplo na vitória do Brasil sobre o Chile. Foto: FIBA Américas

O próximo jogo do Brasil será neste domingo (30/11), às 19h10, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo, novamente contra o Chile. Os ingressos para o confronto estão à venda na plataforma Tickzi.

O Brasil iniciou o jogo demonstrando certa ansiedade, acelerando decisões e desperdiçando algumas posses que impediram uma construção ofensiva mais fluida. O Chile soube capitalizar esse momento, explorando Felipe Haase no jogo interior. Com o passar dos minutos, porém, a seleção encontrou seu ritmo, especialmente defensivo, aumentou a pressão na bola e controlou melhor o rebote. O resultado foi uma sequência de quase cinco minutos sem permitir pontuação chilena, o que destravou o ataque e deu confiança ao grupo. A combinação de intensidade e execução permitiu à equipe brasileira fechar o primeiro quarto com sete pontos de vantagem: 17 a 10.

+ Confira as estatísticas do jogo entre Chile e Brasil

O segundo período marcou a reação chilena. Mais confiante e ajustado ofensivamente, o Chile encontrou ritmo nas execuções e apresentou um aproveitamento de 60% nos arremessos (6/10) do perímetro, embalando minicorridas que reduziram a diferença no placar. A seleção sentiu o momento, e Aleksandar Petrovic precisou parar o jogo para reorganizar a equipe. A resposta veio com impacto imediato. Brunão trouxe energia nas duas pontas da quadra e Alexey Borges, no estouro do cronômetro, converteu uma importante bola de três pontos, garantindo uma vantagem de quatro pontos (38 a 34), apesar da derrota do Brasil na parcial por 24 a 21.

Alexey Borges iniciou o terceiro período exatamente como havia encerrado o anterior: com uma tripla precisa que devolveu ritmo e confiança ao ataque brasileiro. A seleção voltou para a quadra com intensidade renovada, imprimindo uma defesa agressiva na linha de passe e encontrando soluções eficientes no perímetro. O Chile até tentou responder, aproveitando alguns espaços em transição, mas rapidamente esbarrou na variação ofensiva do Brasil, que alternou bem entre infiltrações, bolas de três e ações no pick and roll. A consistência brasileira se traduziu no placar: vitória por 25 a 18 no quarto e uma vantagem ampliada para 11 pontos rumo aos dez minutos derradeiros.

No período final, a seleção manteve o controle emocional e executou com muita inteligência no ataque. A movimentação sem a bola continuou fluindo, os bloqueios foram bem aproveitados e o passe extra apareceu com frequência, sempre encontrando o jogador mais bem posicionado para arremessar. A construção paciente e eficiente das jogadas permitiu ao Brasil abrir 18 pontos de vantagem. O Chile tentou acelerar o ritmo e apostar na transição para encurtar a diferença, mas não conseguiu ameaçar em nenhum momento a superioridade brasileira.