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Brasil representado

22-12-2016 | 04:37
Por Liga Nacional de Basquete

Pré-selecionado ao Naismith Memorial Hall of Fame em 2017, Marquinhos Abdalla se diz orgulhoso e extremamente feliz; Amaury Pasos e Kanela também são indicados

O pivô Marquinhos Abdalla, de 64 anos, foi um dos três brasileiros pré-selecionados para integrar o Naismith Memorial Basketball Hall of Fame, uma das maiores honrarias do basquete mundial. O anúncio oficial da Classe de 2017 ocorreu na noite de quarta-feira (20/12), em Springfield (EUA), e incluiu mais dois brasileiros: o ex-jogador Amaury Pasos e o já falecido técnico Togo Renan Soares (Kanela). O anúncio dos selecionados será feito no dia 03 de abril de 2017 (segunda-feira), no Final Four da NCAA (campeonato universitário norte-americano), em Phoenix (EUA).

“Estou muito orgulhoso com esta pré-indicação, pois é uma honraria grandiosa demais e isso me deixa extremamente feliz. Um momento muito especial, estar entre os pré-selecionados já é uma grande honra, mas já que estou na lista, eu quero ganhar e ser um dos escolhidos para o Naismith Memorial Basketball Hall of Fame”, comentou Marquinhos.

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Figura presente nos eventos do basquetebol brasileiro, Marquinhos Abdalla esteve no NBB MKT (João Pires/LNB)

“Confesso que sempre sonhei com este momento. O basquete brasileiro é muito grande e tenho total convicção que uma mudança vai haver e ela começa com esses pequenos momentos, que você é lembrado no mundo e o mundo se lembra de você, despertando um sentimento patriota. Sentimento este que teremos que resgatar para colocar o Brasil lá em cima; sempre digo que para isso ocorrer, precisamos conquistar uma medalha olímpica e iremos buscar isso”, acrescentou o pivô.

O pivô, que iniciou carreira no Fluminense FC e a encerrou no EC Sírio, defendeu por muitos anos a Seleção Brasileira e com ela conquistou um vice-campeonato Mundial (1970) e um terceiro lugar na mesma competição (1978), além de títulos sul-americanos e pan-americanos e três participações olímpicas (1972, 1980 e 1984). Vestindo a camisa do EC Sírio, Abdalla conquistou o título Mundial Interclubes (1979) e foi três vezes campeão nacional, além de se sagrar duas vezes campeão Paulista.

“Esse momento não é meu, pertence ao Brasil e aos jogadores que fizeram esse esporte tão grande. São mais dois pré-selecionados: Amaury Pasos, que dispensa comentários, pois foi um cara fantástico em todos os aspectos, especialmente no caráter como homem, jogador de decisão e vencedor; o falecido Kanela, que me deu todas as oportunidades na vida para sero jogador que fui, pois sempre me incentivou, me levando a Seleção Brasileira com 17 anos para disputar um Mundial; até hoje guardo lindas lembranças dele e me sinto muito honrado em ter sido seu atleta”, completou Abdalla.

No basquete internacional, o Marquinhos atuou pela Pepperdine University (EUA), pelo Emerson Color e Virtus Bologna (ambos da Itália). Além disso, o pivô foi o primeiro brasileiro a ser recrutado por uma equipe da NBA, selecionado na décima rodada da classe de 1976, pelo Portland Trail Blazers.

“Tive muito orgulho quando fui escolhido como o primeiro brasileiro no draft. Mas, naquela época não podíamos defender o selecionado nacional do nosso país e ainda jogar pela NBA. Então, eu escolhi a Seleção Brasileira. Isso era muito maior para mim e estava em primeiro lugar”, finalizou Marquinhos.

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Multicampeão no Sírio, Marquinhos também atuou pela Pepperdine University, além de passagem pelo basquetebol italiano (Divulgação/Pepperdine)