HOJE
Bronze dramático!
Por Liga Nacional de Basquete
Em jogo decidido apenas nos segundos finais, Espanha leva a melhor sobre a Austrália e garante terceiro lugar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro
A disputa pela medalha de bronze do torneio olímpico de basquete masculino foi um verdadeiro teste para cardíaco. Espanha e Austrália fizeram um jogo de altíssimo nível e com equilíbrio do início ao fim. A decisão veio apenas nos segundos finais e quem ficou com um lugar no pódio foi o selecionado europeu, que levou a melhor por 89 a 88, no duelo realizado na manhã deste domingo (21/08), na Arena Carioca 1.
Terceira seguida: Derrotada pelo selecionado dos Estados Unidos nas duas últimas decisões dos Jogos Olímpicos, a Espanha conquistou sua terceira medalha consecutiva no basquete masculino e a quarta na história. A outra foi a prata conquista em Los Angeles 1984. Agora são três pratas e um bronze para os espanhóis.
Sempre ele: O destaque espanhol no duelo deste domingo não poderia ser outro. Com um aproveitamento excepcional de 85% nas bolas de dois pontos – 11 acertos em 13 tentativas –, o pivô Pau Gasol foi o cestinha do jogo, com 31 pontos, e ainda completou seu duplo-duplo ao apanhar 11 rebotes.
Fala aí: “Nosso time foi muito guerreiro, não só hoje, mas todo o torneio. Nossos dois primeiros jogos aqui no Rio não foram muito bons, mas em nenhum momento abaixamos a cabeça. Mudamos nossa postura e agora fomos coroados com a medalha de bronze, algo que representa muito para nós”, disse Gasol, em entrevista ao canal SporTV logo após a partida.
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Jogou muito: Outro grande destaque do torneio de basquete masculino, o ala/armador Patty Mills teve mais uma atuação notória e foi o cara da Austrália neste domingo. O jogador do San Antonio Spurs marcou 30 pontos e encerrou sua participação nos Jogos do Rio com um total de 149 pontos marcados (21,3 por jogo).
Fala aí: “Estou muito desapontado. Queríamos muito essa primeira medalha da Austrália no basquete masculino e fizemos um grande torneio. Infelizmente o bronze não veio por um ponto e isso nos deixa muito triste. No entanto, temos que levantar a cabeça e ter orgulho da grande campanha que fizemos”, afirmou Mills, também em entrevista ao SporTV depois do jogo.
Espanha na frente: Mais regular ofensivamente, o time espanhol liderou o placar de ponta a ponta no primeiro quarto, fechando com vantagem de seis pontos (23 a 14). Para isso, a equipe contou com grande desempenho de seus homens de garrafão Mirotic e Gasol, que juntos marcaram 14 pontos no período.
Abriu, mas teve reação: No início da segunda parcial, a Espanha seguiu no controle do jogo e chegou a estender sua liderança para 12 pontos (40 a 28). No entanto, a Austrália melhorou sua defesa na reta final do quarto e, com destaque para David Andersen, emplacou uma sequência de 10 a 0 para cortar a diferença para apenas dois pontos (40 a 38) antes da pausa para o intervalo.
Equilíbrio demais: Na volta dos vestiários, o duelo ficou parelho e em alguns momentos a Austrália chegou a virar o jogo. Só que a Espanha manteve sua alta produção ofensiva e rapidamente recuperou a liderança. Após um ótimo terceiro quarto dos dois times, o confronto chegou para seus dez minutos finais com as equipes separadas por apenas três pontos (67 a 64).
Teste para cardíaco: O jogo seguiu equilibrado no último quarto e os minutos finais foram dramáticos. Restando pouco mais de cinco minutos para o fim, a Austrália ficou em vantagem (75 a 73) e a partir de então as equipes passaram a se revezar na ponta do placar. Ao todo foram 13 vezes em que a liderança mudou de lado na parcial decisiva.
Lances livres decisivos: Após cesta de Baynes no garrafão, os australianos assumiram a liderança (88 a 87) restando nove segundos para o fim. No ataque seguinte, Sergio Rodriguez infiltrou e sofreu falta. Sem sentir a pressão, o armador converteu os dois lances livres e colocou a Espanha na frente (89 a 88). Os representantes da Oceania ainda tiveram a chance de virar o jogo, mas não conseguiram finalizar a última posse de bola da partida e a festa foi mesmo dos espanhóis.