Cabeça erguida

O Universo/Vitória estreou na semifinal do NBB CAIXA 16/17 com derrota para o Paulistano/Corpore, dentro de casa, por 93 a 84. O mesmo ocorreu na fase quartas de final diante do Mogi das Cruzes/Helbor, quando o rubro-negro baiano perdeu o Jogo 1 mas conseguiu se recuperar na série, que terminou em 3 a 2. No time baiano, não restam dúvidas que é possível virar o confronto com outro time paulista e avançar até as Finais da competição.

Equipe rubro-negra teve bom desempenho ofensivo, mas saiu derrotada do Jogo 1 das semifinais (Raul Spinassé/LNB)

“É playoffs, para ganhar a série precisa vencer três jogos, então não acabou nada. Temos o Jogo 2 lá em São Paulo, então precisamos esquecer este jogo, ajustar a defesa, arrumar um pouco mais nossa tática e ganhar lá”, declarou Kenny Dawkins, armador do Vitória.

No Jogo 1 desta semifinal, o rubro-negro baiano teve uma boa contribuição coletiva no ataque. Os 84 pontos anotados são superiores as médias do time, tanto na fase de classificação (76,07) quanto nas duas primeiras fases dos playoffs (79,40). Além disso, foram dois dígitos de pontuação para cinco atletas diferentes, Arthur (14), Kurtz (13), André Góes (13), Keyron (12) e Dawkins (12), algo que nestes playoffs só havia ocorrido no Jogo 2 contra o Campo Mourão Basquete e nos Jogos 4 e 5 diante do Mogi.

O grande problema para o Vitória na derrota desta terça-feira (09/05) foi a defesa. Com média de 75,18 pontos sofridos na fase de classificação e 77,70 nas séries contra Campo Mourão e Mogi, os 93 tentos do Paulistano representaram a segunda maior marca sofrida pelo rubro-negro baiano nesta temporada. Apenas a derrota para o Flamengo no primeiro turno, por 98 a 87, foi superior.

“Eles mudaram a defesa no último quarto, marcaram individualmente o Dawkins e o Keyron, e isso dificultou nossas ações. A gente até teve uns bons arremessos, chegou a abrir vantagem, mas pecamos na defesa. Não foi o ataque. Lógico que isso tirou um pouco do nosso ritmo ofensivo, se tivéssemos feito 27 pontos como no terceiro quarto teríamos vencido, mas o principal foi a defesa. Tomando 93 pontos vai ser difícil de a gente conseguir vencer três jogos”, disse André Góes, dono de 13 pontos, cinco rebotes e cinco assistências no Jogo 1 da série.

Os 93 pontos sofridos foram a segunda pior marca do Vitória no NBB CAIXA 16/17 (Raul Spinassé/LNB)

Outro ponto crucial foram os rebotes, principalmente ofensivos, da equipe da capital paulista. Ao longo do jogo a diferença não foi tão grande, 38 para o Paulistano (com 14 ofensivos) contra 34 do Vitória. Porém, sete das 14 segundas chances dos comandados de Gustavo De Conti vieram no último quarto. Ao todo, foram 13 sobras para o alvirrubro contra apenas um do rubro-negro nos dez minutos finais da partida.

“No último quarto a gente pecou muito nos rebotes. É o forte deles, contra Franca, principalmente, eles pegaram muitos rebotes e tiveram muitas segundas chances. A gente já tinha essa preocupação, mas não conseguimos executar. Dar segundas chances para o Paulistano, que tem jogadores que estão atacando bem é crucial. Eles usaram bem isso e saíram vencedores”, afirmou Arthur Belchor, jogador mais experiente do elenco rubro-negro.

Agora os dois times vão para a capital paulista, palco das duas próximas partidas da série. O Jogo 2 é na sexta-feira (12/05), às 19h30 (de Brasília), enquanto o Jogo 3 acontece no domingo (14/05), às 11 horas (de Brasília), ambos com transmissão ao vivo dos canais SporTV.

“O vídeo de um jogo como o de hoje é muito importante. Cinco jogos contra Campo Mourão tem um jeito de jogar. Cinco jogos contra Mogi tem outro jeito de jogar. Agora começou uma série duríssima, com outra maneira de jogar. Outro adversário, outra defesa, outro ataque, são outras bolas que vão encaixar. Então a partir de hoje podemos analisar isso muito melhor, para fazer um trabalho muito mais tático, visualizar detalhes e se preparar através dos treinamentos de quarta e quinta para o jogo em São Paulo”, completou André.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, o patrocínio da SKY e os apoios do Ministério do Esporte e da Avianca.