HOJE
Talento e sorte
Por Marcius Azevedo
Maior pontuador da primeira etapa do NBB Trio, Rafael Frias, do campeão São José, é chamado carinhosamente de "Ceguinho"
Campeão da primeira etapa do NBB Trio com São José, Rafael Frias foi o destaque dos dois dias de intensa disputa no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, neste sábado (24/08) e domingo (25/08). O jogador terminou como o maior pontuador com 46 pontos, com diversos arremessos do perímetro, o que é uma tarefa ainda mais complicada para alguém que é conhecido carinhosamente pelo apelido de “Ceguinho”.
“Não enxergo direito, tenho um grau alto de astigmatismo. Aí o pessoal me apelidou de Ceguinho lá com uns 12 anos, quando eu era molequinho e ficou”, explicou Rafael Frias, hoje aos 30, que prefere não usar lente de contato para jogar. “Uso óculos quando não estou em quadra. O pessoal fala para eu colocar lente, mas eu sou teimoso”, contou. E qual o segredo para enxergar o aro e anotar tantos pontos? “É um pouco de sorte”, brincou.
O desempenho na pontuação surpreendeu o próprio Rafael Frias. “Consegui ter um desempenho muito bom. Tive até um desempenho acima do que eu estava acostumado. Acho que o ambiente contribuiu. A etapa sendo em dois dias, conseguimos descansar, recuperar, e tive sorte de os arremessos caírem na semifinal e na final”, afirmou.
Rafael Frias mostrou uma química perfeita ao lado de Guilherme Rojas e Luiz Felipe Soriani para conquistar o título da primeira etapa do NBB Trio. Eles atuam pelo Instituto de Rosis/Fupes, de Santos, e foram escolhidos para representar o São José no torneio de basquete de rua com 16 times do NBB CAIXA.
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“Sabíamos que essa primeira etapa seria determinante para garantir vaga na etapa final (em 5 de outubro) e conseguimos desempenhar da melhor maneira possível. Fizemos um grande campeonato, um grande jogo na final”, afirmou o jogador, que, apesar de estar muito tempo no 3×3, tem no currículo uma participação na Liga de Desenvolvimento de Basquete em 2015, pelo Internacional de Santos.
A experiência na modalidade é um dos segredos da equipe de São José. “Jogo 3×3 desde 2016. Joguei alguns campeonatos fora, ainda estamos buscando o título da Super Liga (da ANB3x3), que não temos. Tenho evoluindo bastante nos últimos anos, jogando pela equipe de Santos, agora pude ter um bom desempenho pelo São José. Espero que possamos conquistar o título do NBB Trio lá na última etapa”, finalizou.