Furacão Harris

Anthony James Harris tem três motivos para celebrar sua volta ao basquete brasileiro: campeão da Liga Ouro com Basket Osasco, MVP da competição e MVP das finais. O armador norte-americano faturou todos os títulos e ainda pode estar com o time osasquense em uma caminhada inédita se a equipe atender aos requisitos para disputar o NBB CAIXA 2025/26. E isso chegando na metade da competição, imagina se tivesse todos os jogos na conta!

Anthony Harris com os dois troféus de MVP da Liga Ouro. Foto: João Pedro/ FocoSport

“Não teria conseguido sem meus companheiros de equipe. Sabe, comecei o torneio devagar quando jogamos as duas primeiras partidas. A única coisa que eles ficavam me dizendo era: mantenha a cabeça erguida, continue, continue. Assistimos as partidas juntos, conversamos sobre isso e tudo o que eu tinha que fazer era ser agressivo para eles. Então, eu realmente tenho que agradecê-los pelo prêmio de MVP. Não fui só eu. Eles me ajudaram a ganhar o prêmio de MVP. Como eu disse, sinto que estamos no topo do mundo agora, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Porque chegamos ao prêmio de MVP, agora vai ser maior. Sou grato pelo que o Basket Osasco me deu de oportunidade e eu não queria decepcionar vocês, agradeço a todos. Eles são os verdadeiros MVP, não eu”, comemorou Harris.

Adaptação rápida

Foi justamente contra o Cruzeiro, adversário da final da Liga Ouro, que o armador camisa 3 do Basket Osasco, Anthony Harris fez sua estreia. Após o primeiro turno inteiro sem o norte-americano, a Coruja tinha quatro vitórias e uma derrota, que foi no Geodésico, para a Raposa por 83 a 81. Em sua estreia, o resultado foi semelhante, com vitória do Cabuloso por 79 a 77, mas Harris já tinha mostrado para que chegava no time da Grande São Paulo, deixando 22 pontos, seis rebotes e três assistências.

Daí por diante, o Basket Osasco só venceu seus jogos restantes na fase de classificação e se garantiu como uma das duas melhores campanhas, já avançando diretamente às semifinais. Harris, com cinco partidas, foi o cestinha da temporada, com média de 22,2 pontos, 6,8 rebotes e 1,8 assistência para uma eficiência de 18,2. Essa eficiência que o consagrou como MVP da temporada, já que o critério é ter disputado pelo menos metade das partidas e ter a maior eficiência, que é a conta para considerar todos os outros fundamentos estatísticos como pontos, rebotes, assistências, tocos, roubadas de bola, erros…

Decisivo nos playoffs

Nas semifinais, o Basket Osasco tratou de vencer duas partidas de forma direta contra o Minas Tênis Clube e varreu a série. Harris teve mais duas partidas de dígitos duplo na pontuação. Até que veio o primeiro jogo da final e uma nova derrota para o Cruzeiro, fora de casa. Harris fez seu pior jogo na Liga Ouro, anotando apenas quatro pontos. E ficou contra a parede com dois matchpoints contra, quando o Cabuloso abriu 2 a 0 na série.

 

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No entanto, Harris mudou a chave quando a série foi para Osasco, cresceu de produção e fez sua duas melhores atuações com a camisa do Basket Osasco, mostrando porque mereceu ser contratado no meio da temporada. Bateu seguidamente seu recorde de pontos, com 27 pontos e 10 rebotes no jogo 3, seu primeiro-duplo-duplo com a Coruja, e 29 pontos, sete rebotes e seis assistências no jogo 4 para a maior eficiência sua na temporada, 33.

Por fim, no jogo 5, não sentiu o peso de um Ginásio Poliesportivo de Itatiaiuçu lotado gritando contra. Foi o segundo cestinha do time com 16 pontos, atrás apenas de outro armador, Jeanzinho, com 19. Além disso, pegou cinco rebotes, quatro bolas recuperadas, dois tocos e quatro assistências, a última para a cesta que deu números finais com Tarek convertendo no 72 a 70 e que foi a do título osasquense.

A Liga Ouro é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com parceria oficial do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), chancela da Confederação Brasileira de Basketball, patrocínios da Caixa Econômica Federal e Penalty e apoio oficial Genius Sports.