#JOGAJUNTO

Mundial de Clubes

Casa do basquete

26-09-2015 | 12:44
Por Liga Nacional de Basquete

Ginásio do Ibirapuera volta a receber Mundial de Clubes após 31 anos, e atmosfera basqueteira toma conta do local na emocionante vitória do Bauru sobre o Real Madrid

Ginásio do Ibirapuera voltou a receber um jogo de basquete após quase 10 anos e reencontro foi feito em grandíssimo estilo (Gaspar Nóbrega/FIBA Américas)

Ginásio do Ibirapuera voltou a receber um jogo de basquete após quase 10 anos e reencontro foi feito em grandíssimo estilo (Gaspar Nóbrega/FIBA Américas)

Nesta sexta-feira, o Ginásio do Ibirapuera voltou a ser a casa do basquete brasileiro. Depois de quase dez anos sem receber uma partida da modalidade da bola laranja, o local foi palco da decisão do Mundial de Clubes entre Paschoalotto/Bauru, atual campeão das Américas, e Real Madrid (ESP), dono do título da Euroliga. E o reencontro entre Ibira e basquete não poderia ser melhor.

Com bela atmosfera nas arquibancadas, mesmo se tratando de um duelo de uma equipe de fora da cidade de São Paulo, o ginásio paulistano viveu uma noite histórica com a emocionante da equipe bauruense, que chegou a estar com 17 pontos de desvantagem, reagiu e contou com bola de Ricardo Fischer para conquistar esse emocionante resultado positivo, pelo placar de 91 a 90.

+Clique aqui e confira maiores detalhes sobre a vitória do Bauru sobre o Real Madrid

Agora, o Ibirapuera promete estar completamente lotado no segundo e decisivo jogo que definirá o novo campeão do mundo, que será neste domingo (27/09), às 12 horas (de Brasília). Para isso, o ala/pivô Jefferson William, autor de dez importantes pontos na partida desta sexta-feira, espera contar com o apoio da torcida que deu um verdadeiro show nas arquibancadas.

“Eu já esperava essa atmosfera hoje. Apesar de sermos um time do interior, temos muitos  amigos aqui em São Paulo, que é uma cidade que respira basquete e é carente de momentos como esse que vivemos hoje. Conseguimos trazer um grande público ao Ibirapuera e pode ter certeza que domingo estará ainda mais cheio. O Ibirapuera vai ferver. Convido todos os amantes do basquete e torcedores a comparecerem para nos apoiar nessa partida tão importante”,  comentou Jefferson.

Ibirapuera recebeu bom público e viveu uma noite memorável com a vitória do Bauru, de Jefferson William (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Ibirapuera recebeu bom público e viveu uma noite memorável com a vitória do Bauru, de Jefferson William (Caio Casagrande/Bauru Basket)

A fatídica partida marcou a volta ao Mundial de Clubes após 31 anos de sua última aparição, realizado em 1984, quando o Ignis Varese (ITA) se sagrou campeão em cima do brasileiro EC Sírio. Antes, em 1979, o Ibirapuera também foi palco do histórico título mundial do Sírio, o primeiro de todo o basquete brasileiro, em cima do Bosna Sarajevo, da antiga Iugoslávia.

Além disso, o Ibirapuera também recebeu os Mundiais Interclubes de 1973, que também teve como representante brasileiro também o Sírio, vice-campeão, e foi vencido pelo Ignis Varese (ITA), e o de 1981, mais uma vez com o Sírio vice-campeão, este vencido pelo próprio Real Madrid (ESP), que não teve a mesma sorte em seu retorno à disputa do topo do planeta.

“Hoje o Ibirapuera tem uma cara diferente, o momento é outro, mas foi tudo muito lindo. Uma vitória como essa, da maneira que foi conquistada, tem uma importância enorme para o basquete brasileiro. Domingo a gente espera que o ginásio esteja ainda mais lotado para curtir mais um grande jogo contra a melhor equipe do mundo fora da NBA, e de igual pra igual”, contou o técnico Guerrinha, do Bauru, que já disputou três Mundiais de Clubes em sua carreira de jogador.