HOJE
Casca grossa
Por Marcel Pedroza
“Preparado” por outras decisões na temporada e vários personagens importantes: Mogi tem grande desempenho no Jogo 2 e vence na Arena Carioca 1 com propriedade
A vitória no Jogo 1 já deu mostras de que o Mogi das Cruzes/Helbor estava preparado para a série contra o Flamengo. Mas, nesta sexta-feira, a equipe paulista mostrou de vez que está pronta para jogos decisivos. Com o domínio do placar do início ao fim, o time venceu com propriedade fora de casa e abriu vantagem de 2 a 0 no confronto que definirá um dos finalistas do NBB CAIXA.
Para dominar o time rubro-negro mais uma vez e vencer de maneira incontestável, Mogi teve um fator preponderante: o mental. Sem se abalar com a pressão da torcida ou por bons momentos dos rivais, a equipe jogou de maneira serena e concisa na Arena Carioca 1. Em nenhum segundo sequer, os mogianos perderam o controle emocional.
Com um elenco experiente e que joga junto há pelo menos dois anos – apenas Fabrício e Wesley Sena chegaram nesta temporada –, o Mogi passou por muitas decisões recentemente, principalmente em torneios internacionais. Campeão da Liga Sul-Americana em 2016, o time do Alto do Tietê ainda chegou duas vezes ao Final Four da Liga das Américas, a última delas menos de dois meses atrás quando perdeu do San Lorenzo na grande decisão.
“Foi um bom jogo. A gente conseguiu manter a nossa defesa e o nosso ataque foi bem, com 63% de aproveitamento no primeiro tempo. Mas demos oito bolas de ataque, tivemos sete bolas perdidas e deixamos eles no jogo. Abrimos uma vantagem. Estamos preparados para isso. Jogamos Liga das Américas fora de casa, contra o San Lorenzo, na Argentina, e isso nos deixou preparado para um adversário assim”, disse Shamell, cestinha do jogo com 21 pontos.
2 ✖ 0
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Os jogos decisivos disputados nos últimos anos certamente deixaram Mogi mais “cascudo” para enfrentar o Flamengo pela terceira vez nas semifinais do NBB CAIXA. Nas outras oportunidades, a equipe acabou eliminada, mas agora o cenário parece ser outro para os comandados de Guerrinha.
“A gente teve uma campanha na Liga das Américas muito difícil, com dois quadrangulares na Argentina. Isso com certeza nos preparou muito para jogos como esse, contra o Flamengo no Rio de Janeiro”, disse o técnico Guerrinha.
“Obviamente que o time aprendeu muito nas edições passadas do NBB CAIXA e nesta também. O nível técnico do basquete brasileiro está muito alto e as equipes estão tendo que se estudar e se esforçar ainda mais para vencer”, completou o treinador, que tenta chegar pela segunda vez às Finais do NBB CAIXA.
Todo mundo junto
Assim como no Jogo 1, o Mogi contou com ótima produção de todos os seus titulares. Se Shamell foi o cestinha, Jimmy e Larry Taylor vieram logo atrás, com 16. Os dois, aliás, foram brilhantes. O camisa 18 marcou dez pontos no último quarto, enquanto que o Alienígena teve uma daquelas atuações que nos fazem entender o porquê foi naturalizado para jogar pela Seleção Brasileira.
Cestinha da primeira partida, Tyrone marcou apenas oito pontos, mas seus nove rebotes, quatro assistências e a “entrega” em todas as bolas o fizeram um personagem especial mais uma vez. Quem também teve alta parcela de contribuição foi Caio Torres. De volta ao time titular e fazendo sua segunda partida após voltar de lesão, o pivô somou 13 pontos e ainda “deu trabalho” para os rivais JP Batista e Anderson Varejão.
“Foi um bom jogo, mas nada acabou. Precisamos ganhar três jogos para disputar a final. A gente veio focado. Em cada momento, alguém apareceu no jogo. Não fui só eu. Foi Caio, que voltou de lesão e estava parado por um mês e ajudou a gente demais, o Jimmy crescendo, Tyrone sendo Tyrone, Larry controlando o jogo. Não fui só eu. Foi a equipe. Parabéns para a comissão técnica, que montou uma estratégia muito boa. Estamos felizes por essa vitória, mas ainda não estamos satisfeitos”, disse Shamell, que ainda distribuiu sete assistências e pegou cinco rebotes.
.@mogibasqueteof imparável amigos!!! 🔥🔥🔥🔥🔥 pic.twitter.com/lRqF333UtU
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Mesmo com uma rotação reduzida, Mogi também teve momentos importantes de seus reservas no jogo. Fabrício foi o que mais jogou, com 17 minutos, e manteve sua boa fase, com sete pontos e três assistências. Em muitos momentos, o jogador foi responsável por marcar os “homens grandes” do Flaamengo.
Mais acionado no primeiro tempo, Vithinho converteu importante bola de 3 na arrancada da equipe no segundo quarto e controlou o jogo quando esteve em quadra. Já Filipin marcou quatro pontos, mas não foram “quaisquer” quatro pontos. No último período, o camisa 11 converteu bola de 3 seguida de falta e colocou 18 pontos de diferença no placar (62 a 44).
“É muito ver nossos jogadores subindo de produção nesse momento, não só os titulares mas o revezamento também. O Fabrício, o Gui (Filipin) e o Vithinho vêm entrando muito bem. Todo mundo sabe bem sua função e um está entendendo o outro. Mas a gente sabe que playoff é playoff e estamos diante de um time vencedor, com jogadores vencedores. Não vão ser duas derrotas que vão abatê-los, e nem duas vitórias que vão nos tirar a cabeça do lugar”, concluiu Guerrinha.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.