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Chance de ouro
Por Liga Nacional de Basquete
Um dos destaques do título do Caxias na Liga Ouro, versátil ala Arthur faz história e recebe a chance de treinar com a Seleção Brasileira

Depois de se destacar na Liga Ouro, Arthur foi um dos três atletas convidados para os treinos da Seleção (Divulgação)
Quando o técnico Rubén Magnano divulgou a convocação da Seleção Brasileira para a disputa dos Jogos Pan-Americanos um nome pouco conhecido chamou a atenção. Como de costume, o treinador argentino incluiu alguns jovens convidados em sua lista e um deles atende por Arthur Henrique Stela Bernardi.
Um dos destaques do título do Caxias Basquete na Liga Ouro 2015, o versátil ala Arthur, de 25 anos, se tornou o primeiro atleta convocado para o selecionado nacional, mesmo que como convidado, depois de disputar a Divisão de Acesso ao NBB. Com a camisa da equipe gaúcha, o jogador somou sólidas médias de 12,8 pontos, 4,7 rebotes e acabou lembrado por Magnano para compor o período de treinos da Seleção.
“Foi uma surpresa mesmo, não esperava, mas já planejava defender a Seleção Brasileira. Já havia passado pelas categorias de base, mas agora está sendo diferente. Se trata de uma experiência muito boa e acredito que posso melhorar muito com essa oportunidade. Foram praticamente dez meses de trabalho no Caxias e acho que progredi bastante nessa temporada, subindo um degrau por dia, ajudando o Caxias e elevando meu basquete”, declarou Arthur.
“Tanto como convidado ou integrante, estou aqui e isso agrega muito para meu basquete, estou de ouvidos abertos aos conselhos do Rúben, Neto e Demétrius, filtrar informações e buscar levar isso, independente de onde for jogar e também contribuir de qualquer maneira, dar uma força, passar uma energia para conquistar a medalha do Pan”, completou o jogador, que no playoff final contra o Sport elevou suas médias para 15,7 pontos e 5,0 rebotes por partida.

Festa em dobro: campeão da Liga Ouro com o Caxias, Arthur chegou à Seleção (Guilherme Peixinho/LNB)
Nascido em Caxias, Arthur tem bastante experiência internacional em seu currículo, apesar de jovem. Antes de voltar ao Brasil para atuar pela equipe de sua cidade natal, o jogador atuou no basquete universitário norte-americano (New Mexico Junior College e Houston Baptist University) e ainda teve uma rápida passagem pela Espanha, com a camisa do Araberri Basket Club.
“Ele jogou a Liga Ouro em 2015 por uma circunstância. Ele poderia estar tranquilamente estar no plantel de uma equipe que disputou o último NBB. Não é segredo para ninguém que o Brasil está carente de alas de mais de 2 metros e acho que o Arthur é um jogador que pode ocupar esse posto no futuro. Além disso, ele também pode jogar como ala/pivô. Quis dar essa oportunidade a ele de treinar com atletas mais experientes e ele tem se saído muito bem”, analisou o técnico da Seleção Brasileira, Rubén Magnano.
Com 2,05m de altura, Arthur tem a flexibilidade como seu grande trunfo e pode exercer mais de uma função dentro de quadra. Com boa mobilidade para sua altura, o camisa 4 do Caxias alternou momentos como ala e outros como ala/pivô durante a disputa da Liga Ouro 2015.
“Posso ser um ‘coringa’ em quadra. Posso jogar de 3 (ala) ou de 4 (ala/pivô e, de repente, posso até me sacrificar para marcar um 5 (pivô). Posso ajudar na marcação dependendo da tática e acho meu ponto forte é a flexibilidade dentro da quadra. Tenho capacidade de também ajudar na condução de bola. Sou o Sr. Flexível (risos)”, analisou Arthur, que passou pelas categorias de base do Paulistano/Unimed quando garoto,

“Sr. Flexível”, Arthur pode atuar em mais de duas posições (Guilherme Peixinho/LNB)
Dono de características praticamente únicas para um atleta brasileiro, Arthur espera deixar uma boa impressão para comissão técnica da Seleção Brasileira. Ainda sem saber qual será seu futuro – o atleta ainda não acertou com nenhuma equipe –, o gaúcho espera preencher a lacuna de sua posição em futuras convocações.
“Não quero perder essa oportunidade e espero deixar uma boa impressão. Posso jogar de ala ou ala/pivô e acho que tenho boa habilidade, apesar de ter 2,05m de altura. Vejo que posso preencher um espaço vazio, visto que temos poucos atletas da posição 3 (ala) disponíveis, que consigam infiltrar e que tenham um bom arremesso. Então me vejo como alguém que pode suprir essa carência e vou continuar trabalhando duro para estar aqui na Seleção novamente”, concluiu Arthur.