Clássico decisivo

Depois de fazer história pela Argentina, Rubén Magnano pode marcar seu nome no basquete do Brasil(Gaspar Nóbrega/inovafoto)

Chegou o primeiro momento de decisão para a Seleção Brasileira masculina de basquete nas Olimpíadas de Londres. Depois dos cinco jogos da fase de classificação, o Brasil parte para o mata-mata, podendo voltar a uma semifinal olímpica após 44 anos. E o desafio não poderia ser mais clássico nas quartas de final: contra a Argentina, a partir das 16h00, horário de Brasília, com transmissão do SporTV.

Os rivais históricos tiveram campanhas parecidas na primeira fase das Olimpíadas. Os brasileiros, que voltaram aos Jogos Olímpicos após 16 anos de ausência, corresponderam às expectativas criadas por especialistas durante a preparação antes da disputa e ganhou quatro de suas cinco partidas, inclusive contra a favorita Espanha, perdendo apenas para a Rússia com uma bola de três dos russos. O Brasil terminou na segunda posição do grupo B.

Já os argentinos – que contam com a experiência de atletas que jogam na NBA como o armador Emanuel Ginobili, o ala/pivô Luis Scola, o ala Carlos Delfino, entre outros – venceram três vezes, sendo batidos pelos EUA e pela França. Com isso, fecharam a primeira etapa do torneio olímpico de basquete masculino na terceira colocação da chave A, cruzando com o Brasil nas quartas de final.

No banco do Brasil, estará o técnico Rubén Magnano, que entrou na história do basquete argentino ao ser o comandante do time da Argentina medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas-2004 e vice-campeã mundial, além de responsável pela primeira vitória sobre uma equipe dos EUA com jogadores da NBA.

Desde que Magnano assumiu como treinador da Seleção Brasileira masculina de basquete, já foram disputadas três partidas decisivas contra a Argentina. Em 2010, no Mundial da Turquia, uma derrota nos últimos minutos, nas oitavas de final. No ano seguinte, no Pré-Olímpico de Mar del Plata, com toda a torcida contra, um show de coletividade e de Rafael Hettsheimeir rendeu uma vitória fundamental, que embalou o time para a vaga nas Olimpíadas depois de 16 anos. Na final, já classificado, o Brasil perdeu, novamente de forma apertada.

Na preparação para as Olimpíadas de Londres, o Brasil enfrentou a Argentina duas vezes. No primeiro confronto, no lendário ginásio Luna Park, em Buenos Aires, vitória dos hermanos, por 80 a 76. Na revanche, em Foz do Iguaçu, um triunfo por 91 a 75, que valeu o título do Super 4 Eletrobras e encerrou a fase de treinos e jogos em solo brasileiro.