HOJE
Clássico é clássico
Por Liga Nacional de Basquete
Com muita história e seis títulos envolvidos, Flamengo e Brasília fazem choque dos únicos campeões do NBB na história, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro (RJ)
Dois times, seis títulos do NBB, 22 confrontos, duas Finais, 11 vitórias para cada lado e garantia de um grande jogo. Estes são os ingredientes do tradicional clássico entre Flamengo e UniCEUB/BRB/Brasília, que terá mais um capítulo escrito nesta terça-feira (16/12), no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro (RJ), às 19h30 (de Brasília), em duelo válido pela 11ª rodada do NBB 7.
Rubro-negros e candangos são os únicos campeões da história do NBB, com três títulos para cada lado. O clube do Rio de Janeiro faturou os títulos da primeira – em cima do Brasília – e também das duas últimas edições da competição nacional (NBB5 e NBB6), enquanto o esquadrão do Distrito Federal foi campeão da segunda – em cima do Flamengo – terceira e quarta temporadas do NBB.
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“O jogo contra o Brasília é sempre um clássico. São duas equipes com muita tradição e vencedoras. A gente sabe que eles vêm de algumas derrotas, o que não é normal para uma equipe desse nível, então com toda certeza eles jogarão com uma motivação extra para vencer o Flamengo. Porém, atuaremos dentro de casa e devemos manter a cabeça na evolução que estamos tendo, visando uma grande partida para nós jogadores, para o público e para conquistarmos mais uma vitória”, falou o ala/armador Vitor Benite, do Flamengo.
“Estamos com elenco reduzido, mas espero que o time evolua e entre para fazer o melhor jogo possível. Sabemos que o Flamengo é o favorito, porém, é um clássico. Acredito que podemos fazer um bom jogo. Em outras temporadas, o Brasília era líder e já perdeu para o 12º colocado, por exemplo. Sabemos que o Flamengo é uma grande equipe, é favorito e por isso tem nosso respeito, mas vamos fazer nosso melhor e buscar a vitória a qualquer custo”, declarou o técnico do Brasília, José Vidal.
Assim como no placar geral de títulos do NBB, o atual bicampeão Flamengo também está embalado no confronto contra o Brasília, pois ganhou os dois últimos confrontos, ambos na temporada passada do nacional. As duas partidas, no entanto, tiveram um protagonista em comum: o armador argentino Nicolás Laprovittola, que registrou 22 e 33 pontos, respectivamente, nas duas vitórias rubro-negras sobre o Brasília, ambas por dois pontos de diferença – 84 a 82 e 81 a 79.
“Do time que jogou a temporada passada só ficaram quatro jogadores. Mas com certeza vamos tentar defender o Laprovittola, tentar tirar o volume de jogo dele. O Flamengo está taticamente e tecnicamente à nossa frente, mas tentaremos usar algumas armas para tentar vencê-los. O Laprovittola é um grande jogador, que precisa de uma atenção especial. Precisamos marcar melhor. Se não fizermos isso não vamos ganhar”, contou José Vidal.
Apesar de toda história que envolve o maior clássico do basquete brasileiro atual, as duas equipes vivem situações completamente opostas na tabela de classificação do NBB 7. O Flamengo chega para o dérbi embalado, vindo de três vitórias seguidas, sobre Palmeiras, Mogi, São José, enquanto o Brasília não sabe o que é vencer há três partidas no campeonato e foi derrotado por Minas, Limeira e Rio Claro.
Os comandados do técnico José Neto ocupam a terceira colocação na tabela da sétima edição do NBB, com campanha de seis vitórias em oito jogos (75% de aproveitamento), mesmo rendimento do vice-líder Paschoalotto/Bauru, que fica na frente por ter um maior saldo de cestas – 67 contra 42 – critério este que vigorará enquanto as equipes ainda não se enfrentam no confronto direto.
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Como o Bauru só entrará em quadra na quarta-feira (17/12), uma vitória sobre o Brasília colocará o Flamengo provisoriamente na vice-liderança do NBB 7, o que faz com que os bauruenses entrem em quadra “pressionados” para o duelo contra o Pinheiros/SKY, que por sua vez será transmitido ao vivo para todo o Brasil através dos canais SporTV, às 19 horas (de Brasília).
Do outro lado, os candangos atravessam um momento difícil no NBB e ocupam somente a 14ª – antepenúltima – colocação, contabilizando apenas duas vitórias em nove jogos (22,2% de aproveitamento), campanha igual a do Macaé Basquete, que possui um saldo de cesta superior ao dos candangos (-44 contra -53) e por isso fica na 13ª posição. Lembrando que este critério será levado em conta até as equipes se enfrentarem em confronto direto.
“Nosso grande problema foram as lesões. Não fizemos nenhum jogo completo nesta temporada. Jogamos os últimos jogos sem três titulares, então fica difícil. O único jogo que fizemos completos neste NBB foi contra o Bauru, na primeira rodada, que ganhamos fora de casa. Nossa preocupação é em recuperar a equipe e conseguir duas ou três vitórias antes da parada do final de ano”, disse o treinador do Brasília, que no clássico terá o desfalque do ala Arthur, que se recupera de uma lesão muscular.
Para sair desta incômoda situação, a agremiação da capital federal está de olho na sequência que terá antes da pausa para as festas de fim de ano. Após o clássico contra o Flamengo, a equipe do técnico José Carlos Vidal enfrentará Macaé Basquete, também fora de casa, na quinta-feira (18/12), e Basquete Cearense, na outra terça-feira (22/12).
“Nosso time ainda está em busca de uma sequência de vitórias, principalmente nestas três últimas partidas do ano, para que a gente consiga uma reação e suba na classificação. E nada melhor que um jogo contra o Flamengo, que é um grande rival do Brasília, com um elenco muito bom, muitos talentos, e está brigando mais uma vez pelo título, para conseguirmos isso”, comentou o pivô Cipolini, do Brasília, dono da média de 17,8 pontos por jogo.