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Time dirigido pelo técnico Zanon bateu o Japão e garantiu vaga nas oitavas do Mundial (FIBA/Divulgação)

O Brasil conquistou sua primeira vitória no Mundial de Basquete Feminino na manhã desta quarta-feira (30/09). E não poderia ter vindo em melhor hora. A Seleção Brasileira entrou em quadra para um confronto de vida ou morte diante do Japão e o final foi feliz para as comandadas do técnico Zanon. Em Ankara, na Turquia, o time verde-amarelo triunfou por 79 a 56, ficou com o terceiro lugar do Grupo A e conquistou uma vaga nas oitavas de final.

Depois de amargar duas derrotas, para a República Tcheca e para a Espanha, o Brasil precisava vencer o Japão a fim de se manter vivo no campeonato mundial. Tanto a seleção nacional quanto a japonesa brigavam pela última vaga do grupo, com a mesma campanha até o compromisso de hoje.

Para garantir a vitória, o Brasil fez o mesmo que os seus adversários anteriores, mas a seu favor: administrou uma larga vantagem no placar. Com uma incrível atuação da jovem Patrícia, de apenas 24 anos, cestinha da partida, com 27 pontos, a Seleção tomou conta do jogo. Os outros destaques do Brasil foram a pivô Érika, com 12 tentos e 11 rebotes, e Clarissa , que chegou perto de igualar o duplo-duplo de sua companheira de garrafão, com 13 pontos e 8 rebotes.

“A vitória foi construída com nosso jogo coletivo e todas as jogadoras se ajudaram do início ao fim. Cada detalhe foi importante para conseguirmos esse resultado positivo. Entrei para ajudar o grupo, a defesa encaixou bem e com isso o ataque fluiu normalmente. Fico feliz por ter contribuído com 27 pontos, mas divido esse momento com toda a equipe”, comentou a cestinha Patrícia.

Agora, a Seleção Brasileira terá pela frente a França, que assegurou o segundo lugar do Grupo B ao derrotar o Canadá por 63 a 59 nesta tarde. O jogo das oitavas de final terá transmissão ao vivo do SporTV 2.

Patrícia teve atuação brilhante e comandou o importante triunfo brasileiro (FIBA/Divulgação)

Os primeiros minutos do jogo esboçaram um certo equilíbrio, com o Japão abrindo o placar e o Brasil empatando as duas primeiras cestas da equipe oriental (4 a 4). Mas o cenário mudou logo em seguida. Através de jogadas de Adrianinha, Patrícia, Clarissa e Érika, a seleção fez uma corrida de 11 pontos seguidos, não permitindo que o adversário avançasse no placar até os 5 minutos do quarto inicial (15-6). Com um arremesso de três pontos, a japonesa Miyamoto tentou diminuir a vantagem, mas a experiente camisa 4 brasileira fez o mesmo do outro lado garantindo que o período terminasse com a larga diferença de 22 a 11.

Clarissa e Érika dominaram as ações no garrafão e tiveram boas atuações na vitória brasileira (FIBA/Divulgação)

No começo do segundo quarto, o Brasil manteve o seu ritmo e fez nove pontos seguidos (31-11), mas o Japão reagiu, e com eficiência de suas jogadoras Kudeken e Mamyia, conseguiu balancear as diferenças. Mesmo com um período em que as equipes fizeram uma parcial próxima, com vitória das orientais, a seleção brasileira ainda entrou no intervalo com uma boa vantagem: 41 a 31.

De volta do vestiário, o Japão assustou e esboçou uma possível virada no placar. Logo nos primeiros minutos, aplacou oito pontos seguidos para diminuir o placar para apenas quatro pontos de diferença (46 a 42). Mas o Brasil estava inspirado e, começando com uma bola de dois pontos de Clarissa dos Santos e a mão calibrada de Adrianinha e Patrícia Teixeira, que fez sete pontos seguidos em pouco mais de um minuto, reassumiu a boa folga para entrar no período final: 60 a 45.

O quarto derradeiro foi dominado pelo Brasil, principalmente por Patrícia Teixeira, que foi responsável por nove, dos 19 pontos marcados pela seleção nos últimos 10 minutos do jogo. Apesar dos esforços do Japão, o selecionado nacional se manteve absoluto em quadra e fechou o placar com vitória por 79 a 56, garantindo a vaga nas oitavas de final.

O time de Luiz Augusto Zanon fechou sua participação na fase de classificação com uma campanha de uma vitória e duas derrotas. As pivôs Érika de Souza e Clarissa dos Santos foram as maiores pontuadoras, com médias iguais de 10,7 pontos por jogo. Érika ainda foi a reboteira da Seleção, com 9,3 rebotes por partida. Adrianha foi a “garçonete”, com 3,3 assistências a cada compromisso.