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Muita bagagem
Por Kauã Campos
Cestinha e destaque da Liga Ouro, Felipe Dalaqua carrega muitas histórias e experiências em sua carreira para impulsionar o Basket Osasco ao NBB CAIXA e voltar à elite do basquete
Basta uma rápida análise no currículo de Felipe Dalaqua para entender o motivo de o jogador ser o destaque do Basket Osasco na Liga Ouro. Apesar de jovem, o armador, que completa 25 anos no próximo mês, acumula uma bagagem importante, com passagens por equipes de tradição, como Palmeiras, Corinthians e CAIXA/Brasília Basquete. São cinco edições de NBB CAIXA na carreira, além de três participações na Liga de Desenvolvimento de Basquete.
Essa trajetória possibilitou ao jogador assumir o protagonismo do time comandado pelo técnico Enio Vecchi. A equipe osasquense está na segunda colocação, brigando com o Cruzeiro Basquete pela liderança. Com média de 18,4 pontos por jogo e um aproveitamento de 39,3% nas bolas de 3 pontos, Dalaqua é o cestinha da competição. O objetivo é levar o Basket Osasco ao NBB CAIXA e, com isso, voltar à elite do basquete nacional.

Felipe Dalaqua em ação pelo Basket Osasco na Liga Ouro. Foto: Hedgard Moraes/MTC
“Desde quando eu saí do Brasília, esse é um objetivo que eu coloquei na minha carreira, voltar a jogar a elite do basquete nacional e o Osasco sempre me abraçou para dar essas oportunidades. Nós, atletas e o clube, estamos bem alinhados para concluir esse objetivo de ser campeão e jogar o NBB CAIXA na próxima temporada, e isso está fazendo a diferença, todos na mesma página”, afirmou Felipe Dalaqua.
Apesar do bom rendimento, o armador tem os pés no chão, algo que aprendeu com o tempo. Ele garante aos torcedores que não faltará garra e vontade, independentemente de quem for o adversário, sempre jogando um basquete coletivo. “Não costumo ver estatísticas individuais e não sabia que era o cestinha do campeonato até ser informado pelo assessor. Posso ser o cestinha, mas para ocupar essa posição tem uma série de fatores fundamentais, quem faz o bloqueio, quem chama a jogada, a movimentação do coach e várias outras coisas.”
Basquete desde pequeno
O basquete entrou na vida de Felipe Dalaqua aos 10 anos, influenciado por seu irmão mais velho, e teve sua primeira oportunidade no São Caetano. Com muito esforço e apoio da sua família, o jovem se destacou no time do ABC Paulista e, cinco anos depois, foi atuar nas categorias de base do Palmeiras, disputando uma LDB, com médias de 11,7 pontos por jogo. Após três anos na equipe alviverde, ele continuou na capital paulista, mas defendendo o rival Corinthians. Foram mais duas edições de LDB e também sua primeira participação no NBB CAIXA em sua carreira, ganhando alguns minutos consideráveis na liga.
Jogar nesses dois times na carreira não é comum, imagina em sequência. Perguntado sobre essas duas experiências na carreira, Felipe Dalaqua afirma que foram positivas e importantes. “A experiência foi muito boa, porque querendo ou não, clube de futebol é outra torcida, né? Tem as torcidas organizadas e tudo mais. Eu vivenciei essa parte da torcida um pouco mais no Corinthians do que no Palmeiras, já que era o time adulto”. Vestindo a camisa 14 do alvinegro, o atleta teve mais oportunidades na temporada de 2021/22 do NBB CAIXA, disputando 31 partidas.

Felipe Dalaqua defendeu o Corinthians em quatro edições do NBB CAIXA. Foto: João Pires/LNB
Além de defender o Corinthians, o armador também atuou na elite do basquete nacional pelo CAIXA/Brasília Basquete, quando teve o seu melhor desempenho. Na temporada 2023/24, em 36 jogos, Felipe Dalaqua teve médias de 7,9 pontos e 2,4 assistências em 27,5 minutos. Depois disso, ele não teve oportunidade de jogar o NBB CAIXA novamente. Cenário que pode mudar justamente pelo desempenho do jogador na Liga Ouro.
Influência de Curry em seus arremessos
E podemos dizer que Stephen Curry tem uma pequena participação na evolução de Felipe Dalaqua. Foi em fevereiro de 2013, quando o astro do Golden State Warriors anotou impressionantes 54 pontos sobre o New York Knicks, no Madison Square Garden, que o armador do Basket Osasco passou a reparar na mecânica de arremesso do jogador da NBA. “A minha mecânica de arremesso é outra desde que eu comecei a vê-lo jogar. Quando eu tinha 13 anos, eu chegava no ginásio e posicionava a câmera para gravar de diferentes ângulos, para conseguir fazer o mesmo movimento do que ele.”
Outro fator de crescimento na carreira foi ter atuado no Pará, onde encarou situações de pressão. Ele teve duas oportunidades de jogar em Belém, uma pelo Paysandu, em 2022, e outra pelo Clube do Remo, em 2024, sendo bicampeão estadual. “É uma rivalidade muito grande e intensa, pode ser uma disputa de bolinha de gude e as torcidas organizadas vão estar presentes para apoiar seus representantes em todo momento. Fui um pouco receoso, mas a cidade me abraçou e me recebeu muito bem, foi uma das melhores experiências que eu já tive na carreira.”
A Liga Ouro é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com parceria oficial do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), patrocínios da Caixa Econômica Federal e Penalty e apoio oficial Genius Sports.