TÊNIS É VIDA!

Estilo e performance! Seja no Brasil ou nas competições do exterior, os tênis que vimos nos pés dos jogadores costumam ser um show à parte para muitos. Os sneakers são, além de um artifício necessário para a prática do basquete, uma forma de expressão onde os atletas podem se diferenciar e inovar, mostrando estilo e atitude.

Entretanto, os calçados específicos para o basquete tem funções ainda mais importantes que influenciam diretamente no desempenho dos atletas no jogo. Escolher bem um tênis, além de proporcionar mais conforto – e consequentemente melhorar a performance -, ainda pode evitar lesões. Esse tipo de calçado é desenvolvido para alavancar o impulso nos saltos, enquanto protege os tornozelos, uma área muito exigida durante o jogo. 

Ao longo das décadas, o tênis específico para basquete foi ganhando – assim como o próprio esporte – espaço entre o público que assistia seus jogadores favoritos atuando com calçados de diferentes cores, tamanhos e formatos. O primeiro tênis a roubar a cena no cenário do basquete surgiu em 1984, quando Michael Jordan se juntou à Nike que desenvolveu um dos maiores clássicos das quadras que teria um impacto estrondoso sobre o marketing esportivo. No ano de lançamento do Nike Air Jordan, as lojas esportivas do mundo todo foram tomadas pelos fãs de MJ e do basquete, formando a parceria mais lucrativa entre marca e atleta da história. Até os dias de hoje, o Air Jordan ainda segue fazendo um grande sucesso ao redor do mundo e é consolidado como um fenômeno cultural que, para se ter uma noção, rendeu aos cofres da Nike, entre 2018 e 2019, 3,14 bilhões de dólares. 🤑💰

Ao adquirir um sneaker é necessário estar atento a algumas especificações que influenciam na escolha do modelo e uma delas é a posição em que o atleta atua em quadra.  

– Armadores: esses jogadores que se movimentam por toda a quadra, armam contra-ataques e cumprem diferentes atribuições na partida, podem optar pelo calçado de cano curto. Esse tipo de tênis proporciona mais flexibilidade durante o jogo, dando mais mobilidade e amortecimento. 

– Alas: encarar a marcação e infiltrar em direção a cesta não é um trabalho fácil, por isso, os alas costumam priorizar mais a proteção dos tornozelos. Os jogadores que atuam nessa posição acertam quando escolhem modelos mais largos com cano médio ou alto. 

– Pivô: jogar dentro do garrafão é, sem dúvidas, a função que mais exige fisicamente dos atletas e, consequentemente, a que mais desgasta os tornozelos. Os pivôs podem optar por tênis de cano longo já que oferecem menor risco de torções, o que é um tipo de lesão bastante comum nesses atletas que saltam – tanto no ataque, quanto na defesa – durante todo jogo. 

Claro que essas especificações, a nível profissional, não são regras indispensáveis. Com o avanço da tecnologia e o preparo físico dos atletas, o tênis acaba sendo a opção em que o jogador se sente mais confortável. Outro fator é o das posições dos atletas em quadra, afinal, o jogo também evoluiu e é normal acompanharmos jogadores que atuam em diferentes posições – como um ala que atua como pivô ou armador e vice-versa. É o que diz o ex-atleta do NBB, Gustavinho Lima: “Cada atleta escolhe seus tênis por uma determinada razão. Nas antigas, falavam que o cano alto era mais apropriado para pivôs e o cano baixo para armadores, mas com a tecnologia que vem avançando a cada ano, agora vem de uma questão mais pessoal. Os atletas acabam escolhendo pela marca ou pelo estilo, esses são os atributos nos dias de hoje.”, afirmou o ex-armador com passagens por times como o Corinthians. 

É fato que os tênis de basquete são objeto de desejo de atletas amadores, crianças e até pessoas comuns, mas levar em conta essas especificações é muito importante para melhorar o seu jogo. É claro que o estilo não pode ser deixado de lado, então na hora de escolher um sneaker, o atleta não pode esquecer de deixar a criatividade e a ousadia falarem. 👟🔥