7 curiosidades:Cor x Mog

Corinthians e Mogi das Cruzes, duas equipes extremamente tradicionais do basquete nacional, irão se enfrentar neste sábado (28/11), às 16h. A partida, além de já ser um duelo quente, terá um bônus a mais de ser o primeiro jogo do NBB transmitido na TV Cultura, nova parceira de transmissão oficial da competição – partida também terá transmissão ao vivo no Facebook oficial do NBB.

Na tabela de classificação, o confronto entre os dois paulistas é extremamente importante para ambas equipes subirem na tabela. Enquanto o Corinthians ocupa a 7ª colocação, com três vitórias em cinco jogos (60% de aproveitamento), o Mogi está na 11ª colocação, com uma vitória em quatro (25% de aproveitamento).

+ Tabela de classificação completa do NBB 2020/2021

Mas além da disputa para subir na tabela de classificação, Corinthians e Mogi trarão outros fatores para o confronto, sejam eles históricos ou recentes. Confira sete curiosidades que listamos!

O Corinthians já foi Mogi e o Mogi já foi Corinthians

Sim, é isso mesmo que você leu no título: Corinthians e Mogi já foram uma única equipe e isso aconteceu em 2003, oito anos após a fundação do Mogi das Cruzes em 1995.  A parceria durou pouco tempo e perdurou até 2005 sem nenhum título conquistado no período.

Na época, a filosofia do time era investir em uma mescla de jogadores jovens e experientes. Entre os bons nomes que vestiram as cores do Corinthians/Mogi neste período estão: os armadores Fúlvio (hoje no time mogiano) e Paulinho Boracini, o ala Marquinhos (Flamengo), o pivô Murilo, Felipe Ribeiro (Fortaleza Basquete Cearense), Dedé Barbosa (hoje treinador do Pato Basquete), Demétrius Ferracciú (treinador do Corinthians), além dos ex-jogadores Alírio, Josuel, Farofa, entre outros.

 

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Dentro de quadra, como comentamos acima, a equipe não levantou nenhum troféu, mas teve boas campanhas em competições estaduais e nacionais. No Paulista de 2003, por exemplo, a equipe foi finalista da competição, mas caiu diante do COC/Ribeirão Preto, potência da época.

Em 2004, o Corinthians/Mogi montou outro timaço, contou com as presenças de Demétrius, hoje técnico do Timão, e Marquinhos, um dos maiores jogadores da história do NBB, atualmente no Flamengo. Mesmo assim, o time bateu na trave e caiu nas semifinais para o Uberlândia, que mais tarde se sagrou campeão da competição.

Em 2005 a parceria chegou ao fim e, infelizmente, a cidade de Mogi ficou sem a equipe de basquete até 2011, quando surgiu a equipe que conhecêssemos hoje. O Corinthians, por sua vez, retomou as atividades na modalidade em 2017, quando se consagrou campeão da Liga Ouro e logrou uma vaga no NBB 2018/2019.

Duelo de coachs

Outro ponto importante do duelo entre Corinthians e Mogi das Cruzes é o duelo à parte entre os treinadores das equipes: Jorge Guerra, do time mogiano, e Demétrius Ferracciú, do Corinthians.

Com títulos na bagagem, os dois treinadores já se firmaram no cenário nacional como comandantes da prateleira de cima do basquete brasileiro. Pelo NBB, ao todo, já são nove temporadas com os dois treinadores se enfrentando na maior competição do basquete nacional.

Neste duelo à parte, a vantagem no confronto direto fica com o treinador do Mogi das Cruzes, Jorge Guerra. Ao todo, os dois treinadores já se enfrentaram pelo NBB em 17 oportunidades, com expressivas 14 vitórias para o treinador do Mogi em duelos diretos contra equipes comandadas por Demétrius no NBB – Limeira e Bauru.

Guerrinha tem ampla vantagem em confronto diretos contra Demétrius Ferracciú (Antônio Penedo/Mogi Basquete)

Enquanto esteve em Bauru, Guerrinha venceu o Limeira (2010 a 2014) e o Minas (2014/2015) de Demétrius oito vezes em dez oportunidades – aproveitamento de 80%. Já no comando do Mogi das Cruzes, Guerrinha venceu seis dos sete confrontos que teve contra o atual técnico do Corinthians quando ele ainda treinava o Bauru – aproveitamento de 85,7%.

Reencontros

Dentro de quadra, alguns reencontros acontecerão. Além de Fúlvio, que atuou pelo Corinthians/Mogi ainda no início dos anos 2000, junto de Demétrius, hoje treinador do Corinthians, outras duas peças da equipe mogiana já vestiram a camisa do Corinthians em seu retorno a elite do basquete nacional.

São eles: Wesley BH e Douglas Santos. O primeiro, ala/pivô de ofício, atuou na equipe do Parque São Jorge na última temporada, tendo feito parte do plantel que chegou nas finais do Campeonato Paulista e da Liga Sul-Americana.

No NBB 2019/2020, cancelado devido à pandemia causada pela Covid-19, Wesley anotou médias de 6,6 pontos e 3,6 rebotes, sendo uma peça importante na rotação da equipe.

Wesley atuou no Corinthians na última temporada do NBB (Beto Miller/Corinthians)

Já Douglas Santos, mais jovem, não teve tantos minutos no time alvinegro e agora sob o comando de Guerrinha tem tido mais oportunidade na minutagem de quadra.

Histórico de jogos

Pelo NBB, Corinthians e Mogi já se enfrentaram em quatro oportunidades desde a estreia do Timão no NBB 2018/2019. Após os quatro confrontos, o histórico é de empate, com duas vitórias para cada lado.

Do lado do Mogi, as vitórias foram de 102 a 96, no primeiro turno do NBB 2018/2019, e por 85 a 79 também no primeiro turno, mas do NBB 2019/2020. Já do lado do Corinthians, as vitórias vieram no primeiro turno do NBB 2018/2019 por 90 a 79 e por 78 a 70 no segundo turno do NBB 2019/2020.

+ Tabela de jogos e histórico completos do NBB

Lendas do NBB

Corinthians e Mogi também trazem para o duelo alguns nomes importantes e vencedores do basquete brasileiro, como os armadores Fúlvio, do Mogi, e Gegê, do Corinthians.

Do lado mogiano, a equipe conta com a presença de Magic Fúlvio no elenco, o maior garçom da história do NBB, com 2.122 assistências em 306 jogos disputados na história do NBB – jogador chega a 11ª temporada na elite do basquete nacional.

Na última temporada, já com 38 anos de idade, Fúlvio anotou médias de 13,1 pontos, 3,5 rebotes e 6,1 rebotes em 22 jogos. Já nesta temporada, após três jogos, o armador já acumula médias de 11,3 pontos, 4,7 rebotes e 10,3 assistências – média de duplo-duplo até aqui.

Em conquistas individuais, o jogador já apareceu no Quinteto Ideal do NBB em quatro temporadas (2009/2010, 2011/2012, 2012/2013 e 2016/2017), além de ser Líder em Assistências do NBB em cinco temporadas (2010/2011, 2011/2012, 2012/2013, 2015/2016 e 2016/2017).

Outro nome que também carrega uma história de peso e estará em quadra será o do armador pentacampeão do NBB George Frederico Torres Homem Chaia, o Gegê.

Hoje capitão do Corinthians, o jogador tem um histórico vitorioso. Foram cinco títulos do NBB de forma consecutiva, sendo quatro pelo Flamengo (2012 a 2016) e um pelo Bauru (2016/2017), este sob o comando de Demétrius Ferracciú, seu atual treinador no Corinthians.

Além das conquistas coletivas, o armador também é conhecido por méritos individuais. Entre ele, estão os dois postos de Líder em Assistências do NBB nas temporadas 2017/2018 e 2018/2019.

Os premiados

Nos elencos de Mogi e Corinthians, alguns jogadores carregam títulos e premiações individuais importantes na bagagem. Entre os nomes, temos o ala/pivô Wesley BH, vencedor do prêmio de Maior Evolução no NBB 2017/2018.

Outro que também detém alguns feitos individuais é o armador do Corinthians Ricardo Fischer, que já foi Destaque Jovem do NBB 2012/2013, Líder em assistências do NBB 2014/2015 e Quinteto Ideal do NBB na mesma temporada.

Ricardo Fischer já foi eleito Destaque Jovem do NBB (Beto Miller/Corinthians)

Além é claro, de Gegê e Fúlvio, como citamos acima, com temporadas de Líder em Assistências e títulos.

Duelos individuais:

Fuller x Coleman

Fuller e Coleman além de compartilharem da mesma posição na quadra também carregam o posto de serem um dos principais pontuadores de seus respectivos times. Prova disso são as atuações dos dois nos últimos jogos do NBB, além do histórico de ambos no basquete nacional.

Do lado do Corinthians, Fuller chegou ao Brasil ainda na temporada 2017/2018, quando foi campeão do NBB com a camisa do CAP – médias de 11,0 pontos, 2,0 rebotes e 1,5 assistências. Após isso, o jogador foi contratado pelo Corinthians, onde nesta temporada completa seu terceiro ano vestindo as cores do Timão.

Até aqui,  Fuller tem sido um dos principais gatilhos do time comandado por Demétrius Ferracciú, com médias de 19,0 pontos, 3,0 rebotes, 2,6 assistências e 13,6 de eficiência, se firmando como o principal pontuador do time alvinegro. Vale ainda destacar a atuação do jogador em sua estreia nesta temporada, quando anotou 32 pontos frente ao bom e forte time do Sesi Franca Basquete.

 

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Mas, do outro lado, Fuller encontrará um adversário de peso. Isso porque o jogador enfrentará ninguém mais ninguém menos que Dominique Coleman, que chegou ao Mogi nesta edição para ser o principal pontuador da equipe.

Com passagens por Minas, onde anotou médias de 15,7 pontos, 3,8 rebotes e 1,4 assistências, e Paulistano/Corpore, com médias de 11,0 pontos e 3,0 rebotes, o jogador tem se destacado até aqui com a camisa do Mogi das Cruzes.

Após quatro jogos, o ala norte-americano já anotou médias de 19,8 pontos, 3,0 rebotes e 16,0 de eficiência, se tornando o principal pontuador do reformulado Mogi sob o comando de Jorge Guerra. Vale destacar também a ótima atuação de Coleman contra o Franca, que mesmo com a derrota para o rival, jogou bem e anotou 25 pontos – com direito a uma cesta fantástica do meio da quadra.

 

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Fischer x Fúlvio

Outro duelo individual que promete é o de Fischer e Fúlvio, dois dos melhores armadores que temos hoje no cenário da elite do basquete brasileiro. De um lado a juventude e o talento de Fischer, do outro a experiência de um armador consagrado como Fúlvio.

Com Fischer, o Corinthians conta com um dos melhores armadores dos últimos anos do basquete brasileiro, que em um curto período de tempo já alcançou grandes feitos na carreir. Entre eles, estão as conquistas individuais que já teve, como de Destaque Jovem do NBB 2012/2013 e Líder em Assistências e Quinteto Ideal do NBB 2014/2015.

Nesta temporada, o armador vem com médias consistentes e, até aqui, anotou médias de 13,0 pontos, 3,2 rebotes, 3,8 assistências e 13,8 de eficiência, se firmando ainda mais como peça fundamental do elenco comandado por Demétrius Ferracciú.

Já do outro lado, Fúlvio chega para o duelo no auge de sua experiência nas quadras. Aos 39 anos esbanja vitalidade e, principalmente, qualidade. Seu currículo é extenso e conta com: Quinteto Ideal do NBB em quatro temporadas (2009/2010, 2011/2012, 2012/2013 e 2016/2017), Líder em assistências do NBB em cinco temporadas (2010/2011, 2011/2012, 2012/2013, 2015/2016 e 2016/2017), além de ser o jogador com mais assistências distribuídas na história do NBB, com 2.122 em 306 jogos.

Fúlvio é um dos principais nomes do elenco mogiano nesta temporada (Antônio Penedo/Mogi Basquete)

Nesta temporada o jogador continua bem e mostrando que ainda pode atuar em sua melhor forma. Suas médias são de 11,3 pontos, 4,7 rebotes, 10,3 de assistências e 19,3 de eficiência em três jogos.

Com todos estes fatores em jogo, uma coisa é certa: o duelo promete ser quente!

O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e em parceria com a NBA e o CBC, e conta com os patrocínios oficiais da Budweiser, Unisal, Nike, Penalty, Plastubos, EY, VivaGol, IMG Arena e Genius Sports.