HOJE
Pela glória continental
Por Juvenal Dias
Sesi Franca, Flamengo e São Paulo iniciam nesta semana a busca pelo título da BCLA; conheça os rivais que os brasileiros terão pela frente
Nesta quarta-feira (13/12), começa a quinta edição da Basketball Champions League Américas, a BCLA. É o campeonato Sul-americano mais importante organizado pela FIBA Américas e que dá ao campeão a vaga para Mundial Interclubes. Curiosamente, a edição 2023/24 terá os três brasileiros que venceram as últimas edições da competição: Flamengo, São Paulo e o atual campeão, Sesi Franca. Com as chaves da primeira fase definidas, conheça um pouco mais sobre os adversários que os times brasileiros enfrentarão no estágio inicial da competição.
+ Confira as datas das partidas dos brasileiros na BCLA
Grupo B
O São Paulo está no Grupo B, que pode ser considerado o mais complicado de todos. Nele, só há equipes tricolores: além do time paulista, tem o Quimsa (ARG) e Nacional (URU), ambos com as cores vermelho, azul e branco.
O Asociación Atlética Quimsa foi o primeiro vencedor da BCLA, na temporada 2019/20, e único é o único campeão não brasileiro da competição. Será a quinta participação do clube argentino no torneio. Trata-se do atual campeão nacional, que bateu o Boca Juniors na série final por 4 a 1. Na temporada vigente, chega para a BCLA com a primeira colocação no campeonato argentino, com doze vitórias e uma derrota. É um clube de 34 anos de fundação, surgindo com a fusão de outras três agremiações da cidade de Santiago del Estero, tanto que o time é conhecido como ‘La Fusión’ e os torcedores são os ‘Santiagueños’. Sua arena é o Estadio Ciudad de Santiago del Estero, com capacidade para 4500 pessoas, que será a sede da primeira janela de partidas, entre sábado e segunda (16 e 18/12).
Já o time uruguaio Club Nacional de Montevidéu tem 90 anos de história. O basquete passou a ser parte do clube porque a equipe de futebol incorporou a estrutura do Club Springfield, que era afiliado à Federação Uruguaia de Basquete. Será a segunda participação na BCLA do Nacional, que não passou da primeira fase na temporada 2021/22. A equipe se classificou com o vice-campeonato uruguaio, perdendo a final para o Hebraica y Macabi por 4 a 2. No decorrer de sua existência, o Nacional foi campeão federal da primeira divisão na década de 1930. No entanto, já teve títulos de 4ª, 3ª e 2ª divisões. Caso a sede da segunda janela, em janeiro, aconteça em seu ginásio, será no acanhado Polideportivo Gran Parque Central, com capacidade entre 400 e 500 torcedores. Atualmente, a equipe ocupa a primeira colocação da Liga Uruguaia, com nove vitórias e uma derrota.
Grupo C
Pelo grupo C, o Flamengo inicia sua jornada na busca pelo bicampeonato jogando no Maracanãzinho, com os jogos entre a quarta e sexta-feira (13 e 15/12). Os cariocas recebem dois times que têm em comum as cores amarelo e azul em seus uniformes: o Hebraica y Macabi (URU) e o Boca Juniors (ARG).
A Asociación Hebraica y Macabi del Uruguay é uma instituição de 60 anos de existência e surgiu com a fusão do Club Deportivo Macabi Hacoaj Uruguay com a Asociación Hebraica del Uruguay. Será a estreia do atual campeão uruguaio na competição sul-americana. O time é tetracampeão nacional no decorrer de sua história. Até o momento, ocupa a terceira colocação na atual temporada, com seis vitórias e seis derrotas. Sua arena Camaucá ainda não foi definida como a sede da segunda janela, mas tem a característica de ser um ginásio pequeno e de muita pressão.
Já o Club Atlético Boca Juniors é mais tradicional no cenário sul-americano, muito por causa do futebol, mas também com um basquete competitivo. Será a segunda participação do time argentino na BCLA, já que na temporada 2021/22 parou nas quartas de final contra o Club Biguá (URU). Classificou-se para essa edição com o vice-campeonato da Liga Argentina, sendo derrotado pelo Quimsa na decisão. Está com a quarta colocação na temporada vigente, com oito vitórias e cinco derrotas. No currículo, o Boca tem três títulos nacionais e três sul-americanos de clubes, precedentes da BCLA. Sua arena receberá as partidas da janela de fevereiro se chama Estadio Luis Conde, mas é mais conhecida por ‘La Bombonerita’, em referência à Bombonera, com capacidade para 2000 fanáticos xeneizes.
Grupo D
Por fim, o grupo do Sesi Franca será a chave em que o atual campeão começará a defesa do seu título, jogando a primeira janela no Pedrocão. Curiosamente, no Grupo D, a equipe paulista terá exatamente os mesmo rivais da primeira fase da edição passada: UdeC (CHI) e Obras Sanitarias (ARG), o primeiro veste amarelo e azul e o segundo, amarelo e preto.
O Club Deportivo Universidad de Concepción, mais conhecido como UdeC, tem 44 anos de existência e será o único representante chileno na BCLA da temporada 2023/24. É a quarta participação seguida do time, tendo caído para o Flamengo nas quartas de final da edição passada. Nas outras duas, ficou na fase dos grupos. O time revela muitos atletas que servem à Seleção Chilena e é o atual tricampeão nacional, com vitória sobre o Colegio Los Leones de Quilpué na final, por 4 a 2. Está no quadrangular final da Copa do Chile e sua arena será sede da segunda janela em janeiro, a Casa del Deporte, que comporta 2000 pessoas.
O Club Atlético Obras Sanitarias de la Nación é o time mais antigo da competição entre os adversários brasileiros, com 106 anos de vida. Sua origem vem dos trabalhadores de obras sanitárias realizadas em Buenos Aires, no começo do século passado. A equipe argentina participou das últimas três edições da BCLA, mas nunca passou da fase de grupos. A janela de fevereiro ocorrerá no Estadio Obras Sanitarias, que também é conhecido por ser o Templo do Rock, e tem a capacidade para 3100 pessoas nas arquibancadas, mas passa de cinco mil quando recebe shows. É o atual oitavo na Liga Argentina, com oito vitórias e três derrotas. O time já foi campeão da Liga sul-americana e da Copa Intercontinental de 1983.