#JOGAJUNTO

BCLA / Champions Américas

Adversários pela América

13-12-2024 | 08:44
Por Liga Nacional de Basquete

Sesi Franca, Flamengo e KTO Minas iniciam nesta semana a busca pelo título da BCLA 2024/25; conheça os rivais que os brasileiros terão pela frente

Nesta quinta-feira (12/12), começou a sexta edição da Basketball Champions League Américas, a BCLA. É o campeonato regional que envolve times das Américas do Sul e Central mais importante organizado pela FIBA Américas e que dá ao campeão a vaga para o Copa Intercontinental. Para a edição 2024/25 terá os três brasileiros que terminaram o NBB CAIXA nas três primeiras colocações: Flamengo (campeão da Copa Super 8 e 2º no NBB CAIXA), Sesi Franca (atual tricampeão do NBB CAIXA) e KTO Minas (3º colocado no NBB CAIXA). Os times carioca e do interior paulista já venceram o campeonato regional uma vez cada, o mineiro busca sua primeira conquista. Com as chaves da primeira fase definidas, conheça um pouco mais sobre os adversários que os times brasileiros enfrentarão no estágio inicial da competição.

Grupo B

O Flamengo será o último brasileiro a estrear na edição 2024/25 e o único que fará a primeira janela em seus domínios, no Tijuca, Rio de Janeiro. Está no grupo com Boca Juniors (ARG) e Toros de Chiriquí (PAN) e a janela ocorre nos dias 15 a 17 (domingo à terça-feira).

Santi Scala, do Boca Juniors. Foto: Instagram/ @basquetbocajrs

O Club Atlético Boca Juniors é tradicional no cenário sul-americano, muito por causa do futebol, mas também com um basquete competitivo. Será a terceira participação do time argentino na BCLA, já que na temporada 2021/22 parou nas quartas de final contra o Club Biguá (URU) e na temporada passada esteve no mesmo grupo C do Flamengo, mas ficou ainda na fase de grupos. No currículo, o Boca tem três títulos nacionais e três sul-americanos de clubes, precedentes da BCLA. Sua arena receberá as partidas em uma das duas próximas janelas e se chama Estadio Luis Conde, mas é mais conhecida por ‘La Bombonerita’, em referência à Bombonera, com capacidade para 2000 fanáticos xeneizes. Tem como um de seus destaques Santi Scala, o panda, que foi armador do Sesi Franca na última temporada.

Gregory Foster conduzindo a bola para o Toros. Foto: Instagram/ @torosdechiriquioficial

Vindo do Panamá, o Toros de Chiriquí fará sua estreia na BCLA. Será a segunda participação de um time panamenho, que já teve o Caballos de Coclé na edição de 2020/21. A província de Chiriquí está no oeste do país e faz fronteira com a Costa Rica, o que indica uma viagem longa. O local também é conhecido por suas corridas de touros, o que remete ao time de basquete. O time chegou à final do campeonato panamenho na primeira edição, em 2015. Seu ginásio, Gimnasio Escolar de David, fica na cidade de David, capital da província e tem capacidade também para 2000 pessoas, mas vai jogar na Arena Roberto Durán, na capital Cidade do Panamá. O time tem um armador norte-americano/nigeriano, George Williams, e outro norte-americano, Gregory Foster que é bom ter atenção para evitar surpresas.

O Flamengo estreia no Tijuca contra o Boca Juniors no domingo, às 19h40, folga na segunda por ser o mandante da janela e na terça-feira encara o Toros no mesmo horário, em busca de seu segundo título.

Grupo C

O KTO Minas estreia já nessa sexta-feira (13/12) e será o primeiro brasileiro a entrar em ação na edição 2024/25 e precisou viajar para Santiago Del Estero, na Argentina para a primeira janela, que começou na quinta-feira, com a vitória do Biguá (URU) sobre o atual campeão, o Quimsa (ARG), por 72 a 70. O grupo repete os times do Grupo B de 2022/23.

Agustín Peréz foi o cestinha do Quimsa na primeira partida contra o Biguá. Foto: BCLA

Das cinco edições anteriores, apenas um time conseguiu o feito de se sagrar campeão em duas oportunidades. Assim, a Asociación Atlética Quimsa venceu a edição inaugural, na temporada 2019/20, batendo o Flamengo na decisão e repetiu a dose, até com placares semelhantes (92 a 86 e 92 a 80), na última edição. Esteve nas cinco edições anteriores da BCLA. É o time que não permite uma hegemonia brasileira, pois os outros três títulos ficaram com times nacionais. É um clube de 35 anos de fundação, surgindo com a fusão de outras três agremiações da cidade de Santiago del Estero, tanto que o time é conhecido como ‘La Fusión’ e os torcedores são os ‘Santiagueños’. Sua arena é o Estadio Ciudad de Santiago del Estero, com capacidade para 4500 pessoas, que será a sede da primeira janela de partidas. Um de seus destaques é o ala-armador argentino Agustín Peréz.

Maique foi um dos destaques do Biguá, na vitória do primeiro jogo. Foto: BCLA

O Club Biguá de Villa Biarritz é um time de Montevideo que vai para a sua quarta edição de BCLA. Na edição inaugural, esteve no grupo A, mas ficou em terceiro e não avançou. Na temporada 2021/22, esteve no mesmo grupo C do KTO Minas e classificou-se em primeiro do grupo, passou por Boca nas quartas, Quimsá na semifinal e foi derrotado pelo São Paulo na decisão na Arena Carioca 1. Na temporada seguinte, esteve no mesmo grupo de Quimsa e KTO Minas e não repetiu a campanha anterior, parando na primeira fase. Fundado em 1931, portanto, com 93 anos, tem sete títulos nacionais e dois Sul-Americanos, além de ter o Biguá, uma ave migratória que circula pelas Américas do Sul e Central, aqui mais conhecida como Mergulhão. Vai jogar no Estadio 8 de Junio, em Paysandú, que comporta 6500 torcedores. E o destaque é o pivô brasileiro Maique, que esteve por 11 temporadas no NBB CAIXA, a última delas pelo Flamengo.

O KTO Minas joga nesta sexta-feira contra o Biguá, às 22h10, e já no sábado, por ser um dos visitantes, contra o Quimsa, às 22h40.

Grupo D

Por fim, o Sesi Franca, que será o segundo brasileiro a entrar em quadra na competição internacional. Também viajou para a Argentina nessa primeira janela para jogar em Córdoba. Seus adversários serão Instituto (ARG) e Leones de Quilpué (CHI), com sua jornada começando no sábado (14/12).

Nicola Pomoli, do Instittuto de Córdoba. Foto: Instagram/ @institutoacc

O Instituto Atlético Central Córdoba, que vem do futebol, é um clube de 106 anos, fundado em 1918. Participou de três edições de BCLA. A primeira foi logo no primeiro ano, esteve no grupo do Flamengo, avançou e passou das quartas, mas caiu para o Rubro-Negro na semi e fiou com o quarto lugar, sua melhor colocação. Na temporada seguinte, foi terceiro do grupo que tinha o mesmo Flamengo e KTO Minas e não seguiu. Ficou uma temporada fora e retornou em 2022/23 para ficar em terceiro no grupo que tinha o Flamengo novamente. Já venceu a Liga Nacional e a Liga Argentina de Basquete e o Sul-Americano uma vez. Sua arena, Angel Sandrin, cabe 2000 espectadores. E um dos destaques do time é o ala argentino Nicola Pomoli.

Gabriel Belardo, reforço do Leones para a BCLA. Foto: Instagram/ @cdclosleones

Pela primeira vez, o representante chileno não será o Deportivo Valdivia (que esteve na primeira edição), nem Universidad de Concepción (UdeC), que esteve nas demais. Mas o Club Deportivo Colegio Los Leones de Quilpué é quem fará a estreia e logo contra o Sesi Franca. Mas é o atual campeão chileno, desbancando a supremacia que a UdeC tinha. Foi o primeiro título nacional do clube fundado em 2009 e que tem por apelido “Los Felinos”, querendo mostrar que é um leão em quadra. Seu ginásio, El Cubil, não comportaria um jogo desse tamanho, já que tem capacidade para 800 pessoas. Assim, a BCLA determinou que o mando será em Casa Deportes Colectivos, em Santiago do Chile. O porto-riquenho Gabriel Belardo chegou para reforçar o time para a competição, com experiência de jogar na Argentina, Venezuela, Egito, México e seu país nativo.

O Sesi Franca começa a jornada em busca do bicampeonato contra o Instituto, no sábado, às 20h10, e encara o Los Leones, às 22h10 do domingo.