Crescendo

A segunda edição da Liga de Desenvolvimento de Basquete teve seu campeão definido no último domingo. Mesmo após cinco dias do Paschoalotto/Bauru ter levantado o troféu de campeão da competição nacional para jogadores até 22 anos, a Liga Nacional de Basquete já começou a pensar na próxima temporada do campeonato.

Nesta sexta-feira, o Departamento Técnico da LNB, coordenado por Paulo Bassul, iniciou o planejamento da LDB 2013. A reunião contou com a ilustre presença do técnico da Seleção Brasileira, Rubén Magnano, e do treinador do Vivo/Franca, Lula Ferreira, um dos idealizadores do projeto. Além da dupla, também estiveram presentes André Germano, técnico dos selecionados verde-amarelo de base, Flávio Davis, membro do conselho técnico da LNB e coordenador das categorias de base do Minas Tênis Clube, e o professor Dante De Rose.

“Para a edição de 2013 temos a possibilidade de planejar a LDB com mais antecedência. Teremos um campeonato mais longo, com uma maior carga de jogos e estamos tomando todos os cuidados, avaliando tudo, para escolhermos os melhores caminhos. E a vinda do Magnano foi crucial para isso. A intenção da LDB é justamente amadurecer esses jovens jogadores para que eles possam chegar à Seleção Brasileira e é muito importante a opinião dele (Magnano) nesse processo”, explicou Bassul, gerente técnico da Liga Nacional de Basquete.

Magnano participou ativamente da reunião realizada na sede da LNB, em São Paulo (Divulgação)

A principal novidade para a edição de 2013 é o aumento no número de jogos. Caso o limite estipulado pela LNB de 20 equipes inscritas seja atingido, cada time participante jogará no mínimo 28 partidas, em quadrangulares a serem disputados entre os meses de junho e novembro. Enquanto isso, os clubes que chegarem às finais, que ocorrerão entre os dias 27 e 29 de dezembro, disputarão 31 confrontos no total.

“Acho que quanto mais gente estiver envolvida neste tipo de planejamento é melhor para o basquete brasileiro. Me convidaram, em nome da CBB, para avaliar quais são os pontos fortes e quais são os pontos fracos para que a próxima edição da LDB seja melhor ainda. Agora, acho que a quantidade de jogos está adequada e a competição tem tudo para ser muito legal. Não tenho dúvidas de que com esses tipos de ações o basquete no Brasil irá crescer”, explicou Magnano, ao final da reunião.

Depois de acompanhar de perto as finais da edição passada do torneio, Magnano gostou do que viu em quadra. O treinador já manifestou o interesse em convocar uma Seleção de jovens até 24 anos para dar maior experiência a esses jogadores. E o comandante do selecional nacional confessou que alguns atletas que atuaram na última LDB.

“Temos um número de atletas que jogaram a LDB passada que certamente estarão nesta lista. Agora, de cabeça, não sei ao certo o número. Eles serão chamados, mas não posso afirmar que ficarão no grupo. Porém, o mais importante é que eles irão treinar e terão essa experiência de vivenciar o ambiente de uma Seleção Brasileira, completou o treinador argentino, que está à frente do time verde-amarelo desde 2010.

A presença de Magnano foi exaltada por todos presentes no encontro. Porém, para um deles foi uma sensação de dever cumprido. Ex-gerente técnico da LNB, Lula Ferreira foi o grande idealizador da competição e agora, mesmo no comando do Franca, ainda participa ativamente do planejamento do campeonato sub-22, já que faz parte do conselho técnico da entidade.

“A LDB é um patrimônio que a Liga Nacional de Basquete criou, mas que na verdade é de todo o basquete brasileiro. É muito legal e gratificante ter o técnico da seleção brasileira, com a experiência do Magnano participando da idealização do campeonato, e sempre pensando sempre na formação de jogadores. Essa diversidade de ideias e de cabeças é muito positiva e o campeonato tem mais chances de dar certo. Apesar de algumas dificuldades nas duas primeiras edições, a LDB chegará para seu terceiro ano muito próximo do ideal”, concluiu Lula.