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Seleção Brasileira

De igual para igual

17-07-2012 | 09:22
Por Liga Nacional de Basquete

Brasil não se intimida com as estrelas da NBA e faz uma partida extremamente equilibrada com os EUA na preparação para as Olimpíadas

Nenê enterra bola sobre o olhar de LeBron James (Colin Foster/Divulgação)

A Seleção Brasileira Adulta masculina deixou uma boa imagem no seu desafio mais difícil até agora na preparação para as Olimpíadas de Londres, na noite desta segunda-feira (16/07). O Brasil jogou contra os EUA, time recheado de estrelas da NBA, e os encarou de igual para igual no Verizon Center, em Washington. A equipe verde e amarela chegou a terminar o primeiro quarto com dez pontos de vantagem sobre os norte-americanos — que puderam conhecer a força daquele que promete ser um dos principais adversários na briga por medalhas –, mas por causa de um segundo quarto complicado, foi superada pelos donos da casa por 80 a 69. Foi apenas a segunda derrota em oito amistosos já disputados desde junho.

O cestinha do confronto foi LeBron James, com 30 pontos, mas quem roubou a cena foi Marcelinho Huertas. O armador brasileiro superou os americanos Chris Paul e Deron Williams em todos os fundamentos, terminando a partida com 11 pontos, 13 assistências, cinco rebotes e muitos olhares de surpresa da torcida no Verizon Center. Já conhecido pelos americanos, Anderson Varejão também brilhou, com 12 pontos e 13 rebotes. Alex fez 14.

“O jogo foi muito físico, talvez até mais do que será permitido nas Olimpíadas. A arbitragem tolerou muitas faltas, mas sabíamos que seria assim. Foi bom o jogo num geral, com exceção do segundo quarto, em que perdemos muitas bolas, ficamos ansiosos e entramos na correria deles”, analisou Huertas.

Agora,  a delegação viaja nesta terça-feira (17/07) para Estrasburgo, na França. Lá, o Brasil disputa, nos dias 21 e 22, um triangular contra os donos de casa e a Austrália, adversário de estreia no grupo B das Olimpíadas, dia 29 de julho.

O jogo

Mesmo repleto de astros da NBA e com quase 21 mil pessoas nas arquibancadas, o time dos EUA não intimidou o Brasil em nenhum instante. A verdade é que, no começo do jogo, foram os jogadores treinados por Rubén Magnano, comandados por um implacável marcador e letal finalizador Alex, que abriram vantagem. O primeiro quarto terminou com dez pontos de vantagem brasuca (17 a 27), após cesta de Anderson Varejão.

O segundo quarto, no entanto, foi mais para NBA do que para o basquete que será jogado nas Olimpíadas. A arbitragem permitiu o contato físico mais forte, que privilegiou os norte-americanos, e a vantagem que o Brasil havia construído caiu. O EUA fez 20 a 5, principalmente em contra-ataques finalizados por LeBron James, Kevin Durant e Kobe Bryant, e virou o placar no intervalo, para 37 a 32.

A partir do terceiro quarto, o jogo voltou a ficar equilibrado, apesar de um início melhor dos EUA. Nenê conseguiu superar a duríssima marcação dobrada quando pegava a bola, e as trocas de cestas se mantiveram frequentes, mas a vantagem ainda subiu mais três pontos (59 a 51).

Nos dez minutos finais, a defesa brasileira voltou muito agressiva, a atuação de Huertas ganhou ainda mais brilhantismo, Leandrinho fechou contra-ataques importantes e a vantagem caiu para quatro pontos. O técnico Mike Kryzewski não hesitou em parar o jogo e ter sua força máxima em quadra. Sete pontos seguidos de LeBron James fecharam o placar em 80 a 69.