HOJE
Organização de campeão
Por Juvenal Dias
LNB apresenta profissionais de Flamengo e Sesi Franca que ajudaram as equipes a chegarem na decisão de NBB CAIXA; agora são os mordomos Denílson Claudino e Wellington Pereira
Sesi Franca e Flamengo buscam o título do NBB CAIXA 2023/24 por causa de sua competência e talento nas quadras. Mas há outros fatores que os ajudam a obter um algo a mais. Além da estrutura para trabalhar, contam com profissionais nos bastidores que são fundamentais para o sucesso de cada equipe. São nutricionistas, fisioterapeutas, preparadores físicos, psicólogos, médicos e mordomos, cujo o trabalho é revertido em arrancadas, saltos, arremessos, enterradas e naquela bola capaz de decidir uma partida.
A Liga Nacional de Basquete falou com Denílson Claudino, mordomo do Flamengo, Wellington Pereira, mordomo do Sesi Franca, para entender como a organização de roupas, materiais esportivos, cuidados com os bens dos atletas e até a distribuição de água pode ajudar um time a ser campeão do NBB CAIXA.
Eles precisam ter a inteligência organizacional de um grande armador, muitas vezes fazem o trabalho pesado como um pivô no “Pick and Roll” e são líderes de assistências mais do que qualquer ala. Os mordomos fazem muitas funções para facilitar a vida dos atletas e treinadores, são personagens que vivem grandes histórias e se entregam pelo time para vê-lo campeão. Assim, Denílson e Wellington representam aqueles trabalhadores dos 19 clubes do NBB CAIXA que batalham diariamente alinhando uniformes, enchendo bolas de treinos e garrafas de água, fornecendo toalhas limpas.
“Eu chego cedo nos treinos. Seis horas da manhã já estou arrumando a quadra, ajeitando tudo que tenho que ajeitar. Pelo menos uma vez na semana limpo a quadra toda. Organizo as toalhas, pré e pós-treino. Quando o treino acaba, eu recolho tudo e já separo as coisas de cada um. As toalhas usadas separamos para a lavanderia. Dia de jogo é a mesma coisa. Chego no clube, confiro todas as roupas que já deixei organizadas/dobradas durante a semana. Separo as toalhas do adversário também, deixo tudo pronto”, explica Denílson.
“No dia a dia, o mordomo não cuida apenas do uniforme. Cuida de toda a estrutura para o treino acontecer, com bola, com água, com os materiais dos jogadores (toalha, uniforme de treino). Nos dias de jogo, temos que deixar tudo pronto, além da parte organizacional do jogo, é responsável com placas de publicidade, águas nos vestiários, deixar os uniformes dos jogadores nos devidos lugares. Em viagens, fica muita coisa sobre minha responsabilidade, rouparia, tem jogadores que deixam os pertences deles comigo. No meu caso, procuro ajudar nos treinos do técnico e assistente, devolvendo a bola para os jogadores”, comentou Wellington.
A vida de um mordomo está intimamente ligada às conquistas e frustrações do clube. Wellington já tem uma década de dedicação ao time francano. Já Denílson tem ainda mais tempo e revela uma história maravilhosa dos primeiros anos do NBB CAIXA. “Eu vou fazer 14 anos de clube, entrei em janeiro de 2011. Temos muitas histórias legais. Na época do Marcelinho Machado tínhamos muitas histórias. Ele ‘cobrava’ 50 reais de cada jogador que chegasse atrasado nos treinos durante o ano e, ao final da temporada, separava esse dinheiro e fazia um churrasco para os funcionários. O que sobrava, distribuía como ‘caixinha’ para nós. O Olivinha hoje em dia também me ajuda muito, sou muito grato a eles.”
Os mordomos convivem com times cheios de entrosamentos e outros que se reformulam e criam novos laços. “Na temporada passada, o time já estava formado. Na temporada 2023/24, o time foi montado no decorrer do campeonato do NBB CAIXA. O Sesi Franca sempre quer ganhar título, o nosso time cresceu no momento certo para esse objetivo”, comentou Wellington.
Mordomo também é um torcedor de luxo, que tem o privilégio de estar bem perto da quadra nos momentos decisivos e que fica apreensivo. “A expectativa é a melhor possível, chegamos a mais uma final, vamos para ganhar mais uma. Faz muito tempo que nossa comissão está junta, sempre um procurando ajudar ao outro, nosso grupo é muito fechado, para sempre deixar que os jogadores se preocupem em fazer a cesta”, falou Wellington.
“Eu fico muito ansioso. Quero que chegue logo a hora do jogo, que a gente ganhe. Em termos de trabalho não muda muito em comparação a temporada regular, mas fico muito feliz que a gente tenha chegado até aqui. Tenho o maior orgulho de trabalhar com essa galera. Passei por vários times diferentes aqui dentro, todos sempre muito agradáveis. Super profissionais. Espero que, nesta quinta-feira, nós saiamos vitoriosos, com aquela raça e vibração de sempre. Pelo Olivinha, que merece muito”, declarou o mordomo Denílson.
A Liga Nacional de Basquete acredita na importância dos mordomos e valoriza muito o trabalho desses profissionais. Denílson também entende seu valor e mostra que o amor no que faz é importante para o time ser um dos finalistas do NBB CAIXA. “É muito importante. Os jogadores adoram ter tudo arrumado, eu também organizo a bebida deles. Preparo um cafezinho, eles gostam muito. Sinto que meu trabalho é muito importante pra eles dentro de quadra. Faço com muito orgulho, muito prazer mesmo.”
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.