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Seleção Brasileira

Primeira derrota

25-02-2025 | 12:51
Por Liga Nacional de Basquete

No caminho para Nicarágua, Brasil para no Canal do Panamá e perde a invencibilidade nas Eliminatórias da AmeriCup; mesmo no revés, Nathan Mariano tem grande noite com 24 pontos

Nesta segunda-feira (25/02), o Brasil perdeu a invencibilidade nas Eliminatórias da AmeriCup. No jogo que já não valia nada para as duas equipes e com elenco desfalcado das principais estrelas, o time verde e amarelo sucumbiu para o Panamá por 81 a 74, na casa do adversário. Mesmo com a derrota, o time mostrou que tem alternativas para fazer um banco forte nos momentos decisivos da fase final, em agosto. Nathan Mariano pediu passagem, no dia que Márcio e Gabriel Jaú não foram tão bem dentro do garrafão.

Panamá mostrou grandes momentos de basquete contra o Brasil. Foto: FIBA

Para a última partida das Eliminatórias da AmeriCup, na Cidade do Panamá, o técnico Aleksandar Petrovic optou por começar o jogo com um time que mostrou boas impressões ao ser observado em quadra. Com Yago voltando para a Sérvia, Alexey, do Flamengo, e Kevin Crescenzi, do Paulistano/CORPe, ganharam oportunidades na armação e Nathan Mariano, do Sesi Franca, dentro do garrafão, compondo o quinteto inicial junto com Georginho e Gabriel Jaú.

E no primeiro quarto, esse time correspondeu. Nathan Mariano, mesmo sendo pivô, mostrou versatilidade para colocar o Brasil em vantagem, convertendo um arremesso dentro da zona pintada e outro de fora do perímetro. Foi o mesmo que converteu mais um arremesso de três para criar uma distância de cinco pontos no 12 a 7. Por mais que o Panamá chegasse próximo na contagem, o selecionado brasileiro contava com Márcio, Crescenzi e Georginho para manter algum respiro, terminando em 22 a 19 a parcial.

Muitos turnovers do lado brasileiro, alinhado com ataques ágeis panamenhos que causavam muitos miss matches de Iverson Molinar com Ernesto Oglivie, fizeram o time da casa virar o placar já nos primeiros minutos do segundo quarto. Reynan e Didi entraram, até tiveram algum momento de brilho e foi o ala do Sesi Franca que anotou os últimos pontos verde e amarelo no período, empatando em 35 a 35, isso ainda faltando pouco menos de quatro minutos. A dupla Molinar e Oglivie continuou a fazer estrago e impulsionou uma corrida de doze pontos para determinar a maior vantagem da partida na saída para o intervalo, com 47 a 35. Márcio e Nathan, que tinham começado bem, estacionaram com 11 e oito pontos, respectivamente, como cestinhas do Brasil, contra 12 e 13 da dupla adversária.

+ Confira as estatísticas da partida entre Panamá e Brasil

A noite parecia não ser do time brasileiro. No começo do terceiro quarto, Gabriel Jaú veio para uma enterrada, mas sofreu toco de Eric Romero. Na sequência, três pontos de Jhivvan Jackson, para ampliar a distância. Didi tentou também um arremesso que terminou em outro toco panamenho. E mais um lance de efeito, com a segunda ponte aérea da equipe da América Central, convertida por Ricardo Lindo, no contra ataque, mostrava que o Panamá estava confortável no confronto. Em determinado momento, o placar indicava 13 a 0 para os donos da casa no quesito pontos de contra ataque. Trevor Gaskins, panamenho da Unifacisa, também deixou sua bola de três no período. O Brasil estava com 7/25 (28%) de bolas de três e o pivô Nathan Mariano era quem liderava, com três conversões. 65 a 53 era o placar, que teve 18 pontos para cada lado.

Uma cravada de Márcio e duas bolas de três do “ala” Nathan Mariano deram um novo ânimo ao Brasil, descontando oito pontos e obrigando o técnico panamenho a tentar estancar o prejuízo com 65 a 61. Nathan Mariano foi o grande responsável pela nova virada brasileira no placar, anotando pontos no lance livre, em cravada de contra ataque e dando toco em seus adversários, o Brasil chegou a 69 a 67. Então, foi a vez do Panamá se reestabelecer com Molinar e Jackson que correram para nove pontos e deixaram em 78 a 71, com a falta técnica do técnico Petrovic pela marcação equivocada da arbitragem no lance anterior. O 28 a 13 no segundo quarto fez a diferença, já que o último quarto foi vencido pelo Brasil por 21 a 16, descontando cinco dos doze de diferença.

Iverson Molinar terminou como cestinha da partida, com 25 pontos anotados para o Panamá. Em um Brasil desfalcado de seus nomes mais importantes hoje no cenário internacional, o time viu uma grande atuação de Nathan Mariano, de 21 anos. Foi o cestinha da equipe brasileira, com 24 pontos, teve sete rebotes, dois roubos e dois tocos para 27 de eficiência. Apesar da perda da invencibilidade, o Brasil termina as eliminatórias com cinco vitórias e uma derrota e vai para Nicarágua, para a fase final, que ocorre em agosto. Assim como o Panamá, que alcançou sua terceira vitória, só tinha batido o Paraguai duas vezes.