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Didi tá de volta!

17-08-2023 | 10:49
Por Gustavo Marinheiro

"Eu quero voar alto com o Flamengo"; Confira a entrevista exclusiva com o ala/armador do Flamengo para o NBB 2023/2024

Jogar no maior campeão da história do NBB já é uma boa motivação para a maioria dos jogadores, mas poder defender o seu clube do coração tornou a escolha de Didi Louzada ainda mais fácil. Após quatro anos longe da elite do basquete brasileiro, a jovem estrela da seleção retorna ao Brasil e reforça o seu desejo de conquistar títulos e chegar longe com o Flamengo: “Quero voar alto”.

Didi foi o 17° brasileiro na história a jogar na NBA (Divulgação/NBA Brasil)

Ainda como Marcos Henrique, o jovem nasceu e cresceu em uma pacata cidade chamada Cachoeira do Itapemirim, um município que fica a 139km de Vitória, a capital do Espirito Santo. O apelido veio através da avó, que antes mesmo da mãe escolher o nome da futura estrela do basquete brasileiro, já o chamava de “Didizinho”. O basquete chegou em sua vida aos 8 anos, através da influência de primos e primas que já praticavam o esporte.

Aos 15 anos, após se destacar em diversos campeonatos de base e até mesmo ser convocado para jogar na seleção brasileira, foi chamado para fazer parte do elenco do Sesi Franca. Por lá se desenvolveu como jogador e se tornou uma das maiores promessas do basquete brasileiro, conquistando a atenção até mesmo da NBA. Após quatro anos no exterior atuando por equipes da G-League e pelo New Orleans Pelicans, retornou ao Brasil e vai jogar pelo Flamengo a décima sexta temporada do NBB. Confira um pouco das expectativas do ala rubro-negro:

Como você avalia a sua passagem pela NBA e G-League? Qual a diferença entre o basquete brasileiro e a elite do basquete internacional? 

“Tive poucas oportunidades na NBA por conta das minhas lesões, infelizmente. Na G-League, quando comecei a jogar bem e ter confiança em mim, voltei a sofrer lesões, retrocedi bastante. Mas no geral, acredito que a passagem foi boa, tive muito aprendizado, enfrentei e conversei com ótimos jogadores, falava com os técnicos, tentava de tudo para melhorar. Lá você tem que decidir muito mais rápido o que vai fazer em quadra, a velocidade é o grande diferencial, o que ajudou muito nas minhas tomadas de decisões, me deixou mais solto. Por aqui o espaço é um pouco menos e o jogo é muito mais físico, sei que vai ser difícil”

Qual foi a sua maior motivação para assinar com o Flamengo nessa temporada?

“A minha maior motivação foi o time. Me apresentaram um trabalho que me agradou muito, principalmente pela maneira que eu vou jogar e pela motivação da equipe ao longo do ano. Além disso, é claro que o fato de eu ser rubro-negro pesou muito. Sou flamenguista desde pequeno e poder representa-lo é algo grandioso pra mim”

Após quatro anos se desenvolvendo no exterior, acredito que você tenha evoluído muito enquanto jogador. Qual a maior diferença entre aquele jovem Didi e o atual Didi? 

“Minha postura mudou muito. Eu consigo lidar muito bem com meus sentimentos dentro e fora de quadra, estou cada vez mais experiente. Consegui adquirir muita experiência em todos os lugares que passei, me tornei um cara que consegue fazer de tudo para ajudar a sua equipe. Consigo ouvir e entender bem o que os mais velhos falam ao mesmo tempo que ajudo muito os mais novos. Me sinto um líder”

Você acredita que após esse tempo fora o basquete brasileiro tenha evoluído tanto na parte estrutural quanto no próprio jogo? 

“Tenho muitos companheiros de outros clubes e conversei muito sobre esse atual momento. Todos comentam que a estrutura tem melhorado muito, que cada vez mais está saindo do bom para se tornar ainda melhor. Desde minha saída mudou bastante, quero ver como estão os jogos, os ginásios, estou bem ansioso”

No Flamengo, você dividirá o vestiário com diversos jogadores (e até mesmo um treinador) que você já conhece por conta da seleção. Como isso pode te ajudar no entrosamento e relacionamento com o time? 

“Poder trabalhar com o Gustavinho, com jogadores que já joguei junto, que já enfrentei, vai me ajudar muito no entrosamento dentro e fora da quadra. Eu venho aprendendo muito com o Gustavinho na seleção, mas também tenho um contato muito grande com o Olivinha, Balbi, Gui Deodato, falo com todo mundo. Tanto o elenco quanto a comissão técnica está na mesma página, sei que faremos uma ótima temporada”

Didi fez parte da preparação do elenco que disputará a Copa do Mundo de 2023 (Divulgação/CBB)

Qual o sentimento de defender um time com uma história tão grandiosa como o Flamengo? 

“Defender o maior campeão do NBB e o time de maior torcida do Brasil será muito gratificante. É uma honra pra mim, vai ser um desafio muito grande, mas sei que valerá a pena. Sou Flamenguista, é o meu clube de infância, isso é importante pra mim. Gosto de desafios, vou me empenhar muito para conquistar títulos com o Flamengo”

Até onde o Didi e o Flamengo podem chegar na temporada 2023/2024? Quais são os objetivos? 

“Quero voar alto com o Flamengo. Queremos chegar longe, conseguir no mínimo participar de todas as finais que tivermos a oportunidade, esse é nosso objetivo. Vou me empenhar muito junto com o time para conquistar títulos e engrandecer ainda mais esse clube”

Didi estava na Austrália, com a comissão técnica da NBA, fazendo parte da preparação para a Copa do Mundo. Nesta quinta-feira, o ala anunciou que não continuará no processo por falta de tempo para seu preparamento físico e já está voltando ao Brasil. A estreia do jogador com a camisa rubro-negra está prevista para o NBB, que se inicia a partir do dia 21 de outubro.

Sobre o NBB

O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete, com parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais da Sportsbet.io, Penalty, EY, Whirlpool, UMP, Jamef e apoio da NBA, IMG Arena e Genius Sports.