HOJE
Doze heróis
Por Liga Nacional de Basquete
Na data de 30 anos do Pan-Americano de 87, conheça um pouco de cada um dos doze heróis brasileiros daquele título
São 12 nomes que marcaram a história do basquetebol brasileiro. Há 30 anos, a Seleção Brasileira conquistava uma virada incrível e chegava a uma das vitórias mais importantes de sua história. No dia 23 de agosto de 1987, o Brasil venceu os Estados Unidos, por 120 a 115, em Indianapolis, conquistando o título dos Jogos Pan-Americanos daquele ano e encerrando uma invencibilidade histórica dos norte-americanos dentro de casa.
André Ernesto Stoffel , Gerson Victalino, Israel Machado Campelo Andrade, João José Viana “Pipoka”, Jorge Guerra “Guerrinha”, Marcel Ramon Ponikwar de Souza, Maury Ponikwar de Souza, Oscar Daniel Bezerra Schmidt, Paulo Villas Boas de Almeida, Ricardo Guimarães “Cadum”, Rolando Ferreira, Sílvio Malvezi. Estes são os nomes dos 12 responsáveis por este resultado histórico. Cada um com a sua responsabilidade dentro daquele time e com uma trajetória diferente para estar lá no Market Square Arena representando a Seleção Brasileira.
Conheça um pouco da cada um dos 12 personagens daquele título histórico:
André
Pivô de 2,03m de altura, André fez parte da época áurea do Clube Atlético Monte Líbano durante a década de 80, que resultou em dois títulos sul-americanos, cinco brasileiros e três paulistas. Pela Seleção Brasileira, André já acumulava história quando chegou ao Pan de 87, aos 27 anos de idade, com sete anos de experiência com a camisa verde e amarela e participação nos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou, e Mundial de 1982, na Colômbia.
Gerson
Com experiência dos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, e já tendo disputado o Pan de 1983, em Caracas, Gerson foi um pivô extremamente atlético que naquele momento ainda estava dando seus primeiros passos na Seleção Brasileira. Na sequência, o camisa 6 daquela conquista histórica viria a disputar ainda mais dois Jogos Olímpicos com o Brasil, 1988, em Seul, e 1992, em Barcelona .
Israel
Outro pivô daquele grupo, Israel também fez parte do grande time do Monte Líbano anos antes do Pan de 87. Pela Seleção, o atleta de 2,06m de altura já tinha experiência dos títulos sul-americanos de 1983 e 1985 e da prata diante dos norte-americanos nos Jogos Pan-Americanos anterior, em Caracas.
Pipoka
O mais jovem daquele grupo, Pipoka era mais um daquele Monte Líbano. Aos 23 anos no Pan de 87, o ala/pivô buscava se afirmar como um dos grandes nomes do basquete nacional naquela ocasião. Mais certo impossível. Na sequência de sua carreira, Pipoka teve uma passagem pelo Dallas Mavericks da NBA, com uma atuação oficial, e permaneceu na Seleção Brasileira até 1998.
Guerrinha
Um dos mais famosos daquele time para o grande público, muito pela sua carreira como técnico, Guerrinha tinha 28 anos no Pan de 87 e também fez parte da prata em Caracas 83. Ao encerrar sua carreira como jogador, ele seguiu no basquete e é hoje um dos treinadores mais vencedores e respeitados do Brasil.
Marcel
Já com o histórico de herói do bronze brasileiro no Mundial de 1978, nas Filipinas. Marcel era um dos grandes nomes daquele grupo, seja pela sua qualidade ou por sua bagagem como jogador. Além do pódio no Mundial, o ala tinha em seu currículo os ouros no Sul-Americano de 77, 83 e 85 com a Seleção, e o título mundial de clubes de 79 com o Esporte Clube Sírio.
Maury
Irmão mais novo de Marcel, Maury era um dos mais jovens jogadores daquela Seleção, e diferentemente dele, era armador. Na época, ele ainda buscava se firmar, como seu irmão, entre os grandes nomes do basquete brasileiro. Na sequência de sua carreira, Maury participou de dois Jogos Olímpicos (1988 e 1992) e três Mundiais (1986, 1990 e 1994) com a camisa verde e amarela. No entanto, na grande decisão, estava doente e não atuou.
Oscar
Já uma unanimidade na época, Oscar dispensa apresentações. Em 1987, o ala já havia consolidado sua história no basquete nacional, principalmente nos anos de Sírio e pelas atuações com a Seleção, e internacional, atuando na Itália. Três anos antes, o eterno camisa 14 havia sido recrutado para a NBA e recusado a proposta. Após aquele Pan, Oscar ainda disputou mais um Mundial (1990) e três Jogos Olímpicos (1988, 1992 e 1996).
Paulinho Villas Boas
Peça fundamental dos grandes times do Sírio e do Monte Líbano, Paulinho chegou ao Pan de 87 já com o histórico de campeão do Pré-Olímpico de 1984 e do Sul-Americano de 1985, além da quarta colocação no Mundial de 1986. Após o título contra os norte-americanos, o ala veio a disputar dois Jogos Olímpicos (1988 e 1992) e um Mundial (1994) com o Brasil.
Cadum
Armador de 2,00m de altura, Cadum já havia disputado dois Jogos Olímpicos (1980 e 1984) e um Mundial (1982) com a Seleção. Peça fundamental naquele grupo, o camisa 9 ainda defendeu o uniforme verde e amarelo por mais cinco anos, participando das Olimpíadas de Seul (1988) e Barcelona (1992), e do Mundial da Argentina (1990). Com a ausência de Maury na grande final teve papel fundamental na vitória brasileira.
Rolando
O “gigante” daquela geração, Rolando vinha se afirmando na Seleção naquele momento, com passagens anteriores pelo Pré-Olímpico de 1984, o Sul-Americano de 1985 e o Mundial de 1986. Após àquele Pan, o pivô de 2,14m de altura se tornou o primeiro atleta brasileiro a jogar na NBA, ao disputar 12 partidas da temporada de 89/90 pelo Portland Trail Blazers.
Sílvio
Outro pivô daquele grupo, Silvio já tinha acumulado muita história com o uniforme verde e amarelo até ali. Vice-campeão mundial juvenil em 1979, bicampeão sul-americano em 1983 e 1985, e presente nos Jogos Olímpicos de 1984 e no Mundial de 1986, a conquista do título diante dos Estados Unidos no Pan de 1987 foi a última apresentação do jogador com a Seleção Brasileira.