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FELIZ DIA DAS MÃES!

11-05-2025 | 11:08
Por Gabriel Rocha

Massoterapeuta, batalhadora e mãe de uma das maiores promessas do basquete brasileiro: um dia com Gisele, mãe de Brunão, do Paulistano/CORPe, acompanhando o filho nos Playoffs

Bruno Henrique Pedro Cardoso, o Brunão, figura como um dos pivôs mais promissores do basquete. Aos 22 anos, ele já ostenta no currículo conquistas relevantes, como o bicampeonato da Liga de Desenvolvimento de Basquete, sendo MVP da Final de um desses títulos. Com o esporte presente na vida desde pequeno, o pivô começou a ter passadas mais largas no basquete quando disputou a LDB 2018 pelo Palmeiras ainda adolescente e chamou a atenção do Paulistano, clube do NBB CAIXA que se destaca como pioneiro na formação de jovens jogadores.

Vestindo camisa do Tigre, Brunão evoluiu ano após ano e o destaque não apareceu apenas nas competições de base: o jovem é o recordista de rebotes em uma única partida das duas últimas edições do NBB CAIXA (2023/24 e 2024/25), com 17 e 20 rebotes, respectivamente, além de liderar a equipe de Demétrius Ferracciú em rebotes (7,7) e eficiência (15) e ser o vice-líder em pontuação (11,4) na atual temporada, sendo parte essencial do elenco que conseguiu chegar às oitavas de final dos Playoffs depois de figurar na 12ª colocação da Fase de Classificação. Mas o sucesso profissional recebeu um fator extremamente importante para que seu desempenho, não só no esporte, mas também em outros âmbitos da vida humana, fosse desenvolvido da melhor maneira: o apoio materno de Gisele, sua mãe.

Gisele compareceu ao Ginásio Antônio Prado Jr. para o Jogo 4 das oitavas de final do NBB CAIXA com direito à camisa personalizada do filho.

”Quer ser o Jordan, quer ser o Kobe, quer ser não sei quem. A cabeça dele virava uma máquina. Ele falava assim: ‘mãe, vai dar certo. você acredita que vai dar certo?’ e eu falava: ‘vai dar sim’. Você acredita que vai dar certo? Então vai dar certo!’. O Brunão na faixa dos três anos, ganhou uma tabela, o pai dele pendurava ele e ele ia enterrar”, contou a mãe de Brunão.

Desde uma gravidez de risco, que fez com que o apego com o filho aumentasse ainda mais na infância, até o lanche pré-jogo, preparado com o carinho do amor de mãe até os dias de hoje, a homenagem da Liga Nacional de Basquete para o Dia das Mães conta um pouco da linha história de Gisele, a mãe de Bruno Henrique Cardoso Filho, massoterapeuta formada e fã número 1 de uma das maiores promessas brasileiras.

”Tive uma gravidez muito delicada. Passei mal a gravidez inteira e para largar o Brunão demorou um pouco. Fiquei dois anos com ele e depois comecei a procurar emprego e tinha que trabalhar. Foi uma época em que ‘largar a cria’ foi um pouco mais difícil. Na rodoviária, onde trabalhei por três anos, saía cedo e chegava tarde. Perdi um pouco do tempo com o meu filho. Isso durou um tempo, às vezes eu chegava e o Bruno estava me esperando na escada com um desenhinho que fez na escola para mostrar… Foram desafios que eu tive, mas tinha que trabalhar e deu certo”.

 

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Após anos batalhadores, Gisele começou a sentir um incômodo em seu coração: ela havia se cansado da variação de locais de trabalho e também das multitarefas que vinha exercendo e tinha o desejo de se formar em alguma profissão. Com o apoio da mãe, surgiu uma nova paixão, que demandou extrema dedicação e estudo: a massoterapia.

”Aqueles acontecimentos, né? Um padrinho meu veio em casa, tinha feito esse curso de massoterapia e me explicou. Acendeu uma luzinha na cabeça, fiz alguns cursos extras de drenagem e reflexologia, depois entrei para a massoterapia. Foi um intensivão, porque eu já estava há alguns anos sem estudar. Um curso puxado, três anos de ‘paulera’. Encontrei amigas maravilhosas que me incentivavam a estudar. E não era para tirar 7, era para tirar 10. Marcávamos para estudar, íamos na casa uma da outra. Hoje eu sei o que eu faço, minha profissão, gosto do que eu faço, um sonho realizado”.

Enquanto Brunão tentava vingar no basquete, Gisele cursava massoterapia. Mãe e filho evoluindo e buscando a realização de sonhos juntos, como parceiros e verdadeiros companheiros de equipe. A mãe de Brunão abdicou do lazer e praticamente não saía de casa devido ao foco nos estudos, mas se o filho tivesse treino ou jogo, lá estava ela para apoiá-lo. Durante três anos, a apostila da faculdade esteve presente até nas arquibancadas dos ginásios.

”Eu não saía. Tanto que, quando eu ia assistir ao Bruno, treino, jogo e eu com a apostila na mão porque tinha prova no outro dia. E eu tinha que saber fazer a prova direitinho. Agora já fazem mais de 10 anos que eu trabalho com isso. Foi assim que eu ingressei para formar em uma profissão: eu sou massoterapeuta”. Não era somente um curso, eu precisava entender todos os detalhes. Estudei pra valer”.

Pela manhã, os dois saíam juntos de casa – Brunão para a escola, Gisele para o curso. À tarde, os dois voltavam a se encontrar, dessa vez para ir ao clube onde Brunão treinava basquete e a mãe aproveitava para estudar. Um dos pontos mais rígidos de Gisele para com seu filho era o cuidado com os horários, fator importante para um garoto que gostaria de seguir a carreira de atleta, fora a preocupação com alimentação, tempo necessário para dormir e suplementação.

”Foi assim até eu ir ensinando-o a vir sozinho. E o medo de ele vir sozinho? Na rua, atleta, negro, já era de noite, era novinho, não tinha a malícia de andar na rua. Eu sempre falava para ele só pegar o celular em lugares seguros para me avisar onde estava. Se atrasava um pouquinho, ligava, ligava, ligava, ele não atendia e já ficava preocupada. Eu o esperava no ponto de ônibus”, relembrou Gisele.

O sentimento de preocupação com o desenvolvimento de um jovem adolescente já se tornou orgulho. Uma mãe que vê a veia batalhadora que existe nela refletindo no próprio filho com a sensação de dever cumprido. Na pandemia, em 2020, com Brunão já no Paulistano, Gisele relata que fez ajustes na sala de casa e na garagem para que o Brunão conseguisse treinar durante o lockdown.

”Eu tenho muito orgulho, sabe? Um menino que batalhou bastante. Ele é muito sério para a idade dele, se ele quer algo, ele vai em cima e trabalha em cima daquilo. É muito orgulho. Estou satisfeita com o Bruno, ele é o cara. Fico emocionada porque ele batalhou muito. Se o treinador passou algo, ele fazia sempre mais. Mãe é apoio, tem que estar ali para apoiar, ensinar, puxar a orelha quando tem que puxar. Ensinar a respeitar, olho no olho de quem está falando com você – nunca tive problema algum com o Brunão”, vislumbrou Gisele.

Em uma ação especial para o Dia das Mães, a LNB em conjunto com a Whirlpool Corporation, detentora das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, acompanhou passo a passo o dia de Gisele no jogo 4 da série entre Paulistano/CORPe x Bauru Basket, válido pelas oitavas de final do NBB CAIXA 2024/25. Desde o início do dia com uma entrevista especial com a massoterapeuta, até a passagem pela agência onde Gisele atende pacientes, passando pelo encontro pré-jogo com Brunão no apartamento do filho, finalizando com os momentos de tensão onde a família de Brunão assistiu à partida decisiva no Ginásio Antônio Prado Jr. Gisele receberá uma cervejeira, oferecida pela Whirlpool, como presente pela data especial.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica e Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Penalty, Universidades Cruzeiro do Sul, UMP, Whirlpool e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.