HOJE
Respeito máximo
Por Marcius Azevedo
Natural da capital federal e com passagem marcante pelo CAIXA/Brasília, Paulo Lourenço vive o melhor momento da carreira no Mogi e encara um reencontro carregado de memória e gratidão
O CAIXA/Brasília não é apenas o adversário da vez para Paulo Lourenço. É origem, ponto de partida e um capítulo determinante da sua trajetória no basquete. Natural da capital federal, o ala-pivô reencontra nesta terça-feira (16/12), pelo Mogi Basquete, o time onde iniciou sua carreira profissional no NBB CAIXA 2015/16 e viveu uma passagem marcante na temporada 2023/24, que representou uma virada importante em sua carreira.
Hoje, duas temporadas depois, com uma passagem pelo São Paulo no caminho, o jogador de 31 anos vive o melhor momento da carreira, consolidado como um dos líderes do elenco do Mogi Basquete, que faz uma campanha bastante positiva no NBB CAIXA 2025/26. Em quadra, os números confirmam o peso da importância de Paulo Lourenço para o técnico Fernando Penna. São 11,5 pontos, seis rebotes e 1,8 assistência para 15,6 de eficiência por jogo. Fora dela, o reencontro carrega um peso emocional que vai muito além da tabela e da disputa por uma vaga na Copa Super 8.

Paulo Lourenço vive o melhor momento na carreira pelo Mogi Basquete antes do reencontro com o CAIXA/Brasília. Foto: Willian Oliveira
“Eu tive dois períodos muito importantes no time do Brasília. O primeiro foi quando era o CEUB, que foi quando eu tive esse meu primeiro contato com um profissional que, para mim, também foi muito, muito marcante e foi ali que começou minha trajetória profissional”, relembrou. A história, porém, ganhou novos contornos anos depois. “O segundo momento também foi muito importante, que foi, para mim, um divisor de águas, trabalhar com Dedé (Barbosa). Eu tive uma experiência muito boa e me ajudou muito a evoluir tecnicamente e a aprimorar algumas coisas muito importantes.”
É esse passado que transforma o jogo desta terça-feira em algo especial. Paulo Lourenço carrega a convicção de que respeito se demonstra com entrega máxima. “Para mim, enfrentar o Brasília, estando em Mogi, é muito importante, me faz querer mais, porque foi um lugar que foi muito importante para mim e eu, como atleta, acredito que a melhor forma dentro do esporte de demonstrar o respeito por uma equipe, por uma instituição, é dando o seu melhor”, afirmou.
A motivação se renova a cada reencontro. “Toda vez que eu enfrento o Brasília, sempre entro com essa mentalidade de dar o meu melhor, de competir no mais alto nível possível”, comentou. “Para esse jogo vai ser a mesma coisa, o mesmo pensamento, sempre pensando em dar o meu melhor em respeito também por tudo que eu passei lá, por todo mundo que estava lá na minha época e continua, como o Fúlvio, e isso me motiva bastante.”
Foi justamente em Brasília que Paulo Lourenço passou por uma transformação decisiva em quadra, ao assumir uma nova função. “Foi lá que comecei a jogar em uma posição diferente também, jogar na posição quatro. Foi um trabalho muito bom para a minha carreira e que abriu portas para mim”, comentou. Uma bagagem que ele carrega até hoje. “Então, hoje esse trabalho que eu faço no Mogi tem um pouco disso também, dessa trajetória que eu carreguei do Brasília, do São Paulo. Sempre tem um pouco de cada lugar que passamos”, completou.

Paulo Lourenço em ação pelo CAIXA/Brasília na temporada 2023/24. Foto: Matheus Maranhão
Se a quadra ativa as memórias profissionais, o coração fala ainda mais alto quando o adversário é da cidade natal. “Brasília sempre vai ter esse componente a mais emocional”, admitiu. “Foi um lugar onde eu me sentia muito bem, eu estive muito bem para desenvolver meu basquete e sempre vou ter esse apreço pela cidade, que é onde meus filhos estão crescendo, onde a minha família está junto, é onde moramos, é para onde vou nas férias.”
Esse sentimento, no entanto, vira combustível. “Tem esse fator emocional que toda vez que eu jogo contra o Brasília traz, mas, no bom sentido, nesse sentido de competir mais, de ter mais vontade de jogar contra, isso para mim é muito bom”, explicou. “Eu vejo sempre os jogos contra o Brasília como um momento especial dentro do campeonato.”
Em Mogi, Paulo Lourenço encontrou o cenário ideal para transformar toda essa vivência em protagonismo. “É o melhor momento da minha carreira, porque estamos fazendo um campeonato muito bom e eu tenho um papel diferente do que eu tinha no São Paulo na temporada passada”, afirmou. A confiança, segundo ele, foi determinante. “Isso vem muito também da comissão técnica, da confiança que eles tiveram em mim desde o primeiro momento.”
O ambiente coletivo completa o cenário. “O grupo também é muito unido, sempre me passa essa liberdade para tomar as decisões em quadra. Está sendo muito importante também essa parte de liderar, de falar. Está sendo um grande momento, um momento especial estar aqui”, finalizou Paulo Lourenço.
Nesta terça-feira, quando a bola subir para Mogi Basquete e CAIXA/Brasília, o ala-pivô estará diante de muito mais do que um adversário. Será um reencontro com suas origens e a confirmação de que cada passo dado até aqui ajudou a construir o jogador que ele é hoje.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete, com patrocínio máster das Loterias, Caixa Econômica, Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), chancela da Confederação Brasileira de Basketball, bola oficial Molten, marca oficial Kappa, patrocínio Cruzeiro do Sul Virtual e parcerias oficiais IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.
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