Noite da lenda

Antes do início da série contra o Bauru Basket, pela semifinal do NBB CAIXA, o técnico Gustavo de Conti afirmou que ter Olivinha no elenco era fundamental. Segundo ele, o ala-pivô de 41 anos, que está em sua última temporada na carreira, é aquele jogador que pode mudar um jogo. E ele provou que o treinador estava certo nesta terça-feira (21/05), no Panela de Pressão, em Bauru.

Olivinha foi o cestinha da partida. Foto: Célio Messias/LNB

No jogo número 600 da história dos Playoffs do NBB CAIXA, Olivinha foi o responsável por mudar um cenário de equilíbrio do primeiro quarto, anotar 10 pontos apenas na segunda parcial e ajudar o Flamengo no importante triunfo sobre o o Bauru Basket por 88 a 65. A equipe rubro-negra abriu 2 a 0 e agora pode garantir vaga na final na quinta-feira (23/05), quando acontece o jogo 3.

Olivinha entrou quando o Flamengo ganhava por dois pontos: 19 a 17. Com ele em quadra, o Rubro-negro foi para o intervalo com 11 pontos de vantagem (45 a 34). A atuação foi tão destacada que Gustavinho voltou com o ala-pivô como titular para o terceiro período.

A vantagem no placar permitiu ao time visitante manter o ritmo da maneira que desejava, acelerando quando necessário no contra-ataque, mas dando ênfase ao jogo de meia-quadra para colocar o Bauru Basket contra o relógio. A estratégia deu certo.

Olivinha terminou como o grande destaque da partida. Foram 21 pontos, com 100% nos arremessos de três (3/3) e 83,3% nas bolas de 2 pontos (5/6), além de 2/2 no lance livre. Ele pegou ainda cinco rebotes e teve 25 de eficiência.

“O Gustavo tem total confiança em mim e, quando aparece uma oportunidade, eu preciso agarrar com unhas e dentes. Sei o meu papel dentro do time. Estou jogando poucos minutos, não importa. Quando eu estiver dentro da quadra, eu vou dar o meu máximo sempre. Foi assim que aconteceu hoje. Dei o meu máximo e pude ajudar o Flamengo”, afirmou Olivinha.

Gustavinho reconheceu que sua afirmação sobre Olivinha se confirmou. “Aconteceu exatamente o que falamos. A gente estava com dificuldade para atacar. A primeira bola ela já pegou o rebote e fez a cesta. Depois meteu uma bola de três. Conseguiu rolar bem perto da cesta, fez lance livre. Ele foi esse fator que é importante no playoff, que o adversário às vezes não está esperando que ela faça esse tipo de coisa, tantos pontos assim, e ele vem e faz. A função dele foi muito importante hoje.”

Pelo lado do Bauru Basket, o técnico Paulo Jaú mais uma vez não contou com o armador Dontrell Brite, mas pôde colocar o pivô Anderson Rodrigues em quadra no decorrer do jogo, recuperado de um problema no dedo do pé. Ele teve um desempenho razoável, com 11 pontos e três rebotes. Alex Garcia foi o cestinha do time ao anotar 18 pontos, além de oito assistências e seis rebotes.

Para Paulo Jaú, o aproveitamento foi o principal problema  no Bauru Basket no jogo, ainda mais contra uma equipe como o Flamengo. A equipe converteu apenas 5 de 25 arremessos tentados de 3 pontos (20%), por exemplo. “Começamos bem o primeiro quarto. Depois, no segundo quarto, tivemos boas escolhas nos arremessos, mas não tivemos aproveitamento. Cometemos alguns erros, onde demos volume para o Flamengo correr a quadra, explorar as vantagens. Começamos mal o terceiro quarto e o último foi mais equilibrado”, analisou Paulo Jaú.

“O Flamengo tem uma rotação muito forte e nós não tivemos uma noite muito inspirada no aproveitamento. Defensivamente conseguimos melhorar, sabemos da dificuldade, mas não acabou. Temos jogo quinta-feira, vamos corrigir, recuperar e buscar uma vitória.”

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.