HOJE
Emoção à vista
Por Liga Nacional de Basquete
Final do NBB voltará a ser realizada em "melhor de cinco" e disputas eletrizantes pelo título estão à vista; veja mais sobre as decisões neste modelo na competição
Na última terça-feira, em Assembleia Geral da Liga Nacional de Basquete (LNB), os clubes filiados à entidade optaram por retomar o modelo “melhor de cinco” na Final do NBB, assim como aconteceu nas três primeiras temporadas da competição. A mudança foi comemorada por todos os amantes do basquete nacional, e não é pra pouco, já que os dados históricos deste formato em decisões mostram que emoção não vai faltar.
As disputas pelo troféu das três edições iniciais do NBB foram realizadas em uma melhor de cinco jogos, todas elas vencidas pelo time que teve o mando de quadra, ou seja, o de melhor campanha na fase de classificação. Nas duas primeiras, a definição do campeão saiu somente no Jogo 5, ambos com Flamengo e UniCEUB/BRB/Brasília envolvido, a primeira com vitória rubro-negra e a outra com triunfo candango.
“Acho que foi um passo importante para a LNB voltar a melhor de cinco na decisão, pois assim o time que for mais regular dentro da série final será consagrado campeão. Por um período maior você fica envolvido em uma final e isso faz bem para a equipe, para a cidade e para os patrocinadores também. Extremamente importante essa mudança”, declarou Guilherme Giovannoni, que participou de duas Finais em melhor de cinco.
Já na temporada 2010/2011, o time brasiliense chegou à Final novamente, desta vez com o Franca Basquete, e o resultado não foi diferente. Vitória na série melhor de cinco, por 3 a 1, e mais um troféu de campeão foi para a Capital Federal. Nesta edição, o ala/pivô Guilherme Giovannoni, do Brasília, faturou o prêmio de MVP da Final e se tornou o primeiro atleta a faturar o prêmio não só deste modelo, mas também de todas as Finais do NBB.
“Naquela Final eu estava em um momento muito bom e consegui ajudar a equipe de Brasília a conquistar o bicampeonato do NBB, mesmo sem ter a vantagem da quadra”, que registrou 16, 34, 22 e 17 pontos nas respectivas quatro partidas da decisão do NBB 2010/2011 (média de 22,2 por partida) e faturou o primeiro prêmio de MVP da Final da competição.
E por falar em vantagem de quadra, o fator casa é algo preponderante nas Finais de NBB disputadas em melhor de cinco. Das três séries, duas foram vencidas pela equipe que tinha o mando. E, dos 14 jogos de decisão realizados neste modelo, 11 terminaram com triunfo da equipe que atuou diante de sua torcida (78,5% de aproveitamento).
Os maiores cestinhas da história das decisões em melhor de cinco são Marcelinho Machado, capitão do Flamengo, com média de 22,8 pontos nas dez partidas que disputou, Alex Garcia, que disputou três Finais neste modelo com o Brasília e hoje é atleta do Paschoalotto/Bauru, com 230 tentos no total – o jogador que mais fez pontos na história do formato – e média de 16,4 pontos, além de Guilherme Giovannoni, que anotou 177 pontos nas duas Finais com o Brasília no formato, média de 19,6 pontos.
Logo após a edição 2010/2011, a LNB adotou o sistema de Final em jogo único, que vigorou durante três temporadas. Em 2011/2012, o Brasília superou o São José/Unimed, fora de casa, no Ginásio Hugo Ramos, por 77 a 62. No ano seguinte, o Flamengo voltou a ser campeão ao bater o Unitri/Uberlândia na HSBC Arena, por 77 a 70. Os rubro-negros conquistaram o bicampeonato nacional na sexta edição na decisão contra o Paulistano/Unimed, vencida por 78 a 73.
Para a temporada 2014/2015, a entidade que organiza o NBB implantou o formato de melhor de três para a decisão. Na oportunidade, o Flamengo novamente sagrou-se ao vencer o Paschoalotto/Bauru, então líder da fase de classificação, por 2 a 0 – ganhou o primeiro jogo, na HSBC Arena, por 91 a 69, e o segundo, por 77 a 67, no Ginásio Neusa Galetti, em Marília (SP). Agora, o campeão do maior campeonato do país será conhecido em uma série melhor de cinco e, certamente, emoção não vai faltar.