HOJE
Entrevista – Magic Paula
Por Liga Nacional de Basquete
Uma das maiores armadoras de todos os tempos, Magic Paula comenta sobre o bom momento do basquete e a expectativa para Londres 2012

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Campeã mundial, em 1994, e medalhista olímpica, em Atlanta 1996, Maria Paula Gonçalves da Silva marcou sua geração como uma armadora talentosa e uma líder exemplar dentro das quadras. Com esse espírito, “Magic Paula”, desde que encerrou a carreira, sempre esteve envolvida em projetos esportivos pelo Brasil e há oito anos desenvolve um trabalho na ONG Instituto Passe de Mágica, que apoia 110 jovens atletas, em cinco modalidades, visando a Olimpíada de 2016.
Uma das maiores jogadoras de todos os tempos do basquete mundial, Paula conversou com a equipe de comunicação da Liga Nacional de Basquete e comentou sobre o bom momento do basquete brasileiro e suas expectativas para os Jogos Olímpicos de Londres, em que será comentarista da TV Record.

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LNB: Depois de mais de 22 anos de carreira no basquete, como vem sendo esse período fora das quadras?
Paula: Uma delícia. Depois de 12 anos afastada das quadras é normal que eu esteja adaptada, e ter a chance de escolher o momento desta decisão foi importante. O fato de ter voltado a estudar, investir em novos desafios ao deixar as quadras, me fez conseguir manter minha motivação.
LNB: Desde que você encerrou a carreira, você sempre esteve envolvida em projetos referente ao esporte. Você consegue se ver longe do esporte?
Paula: Depois de 28 anos atuando como atleta, com toda experiência adquirida, seria um desperdício. Não consigo fazer nada sozinha. Meu trabalho, a vida toda, vai ser em equipe.
LNB: Desde 2004, você tem a ONG Instituto Passe de Mágica. Como tem sido esse projeto na sua vida? Você gostaria de ver mais atletas podendo contribuir dessa forma?
Paula: Uma experiência que começou com o desejo de retribuir ao basquete tudo o que ele me ofereceu, após 8 anos, vivenciar e trabalhar pelo Instituto é mais um desafio. Hoje é uma realidade, altamente profissional e que tem a ver com minha cara, minha filosofia. Através da atividade lúdica, pretendemos utilizar o esporte para ajudar a educar os jovens . Os valores que aprendi com o esporte transformaram minha vida. Ser medalhista olímpica, campeã mundial e tantos outros títulos é para poucos e o Instituto trabalha de maneira que todos tenham oportunidade para desfrutar o esporte e fortalecer os valores. Já em 2011, fomos convidados a fazer a gestão de um projeto visando as Olimpíadas de 2016, com patrocínio da Petrobras, de apoio a 110 atletas em 5 modalidades (remo, levantamento de peso, taekwondo, esgrima e boxe). A intenção é ampliar este trabalho desenvolvido no Instituto, criando novos negócios.

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LNB: Assim como a Hortência, que hoje é diretora da CBB, você gostaria de voltar a trabalhar mais diretamente com o basquete?
Paula: Assim como o basquete foi uma oportunidade na minha vida, acredito que o que faço atualmente também é. Não descarto um dia trabalhar com o basquete, desde que tenha o perfil do que acredito.
LNB: Nossas duas seleções estão nos Jogos Olímpicos de Londres, mas qual delas você está mais confiante na conquista de uma medalha? A masculina ou a feminina?
Paula: As Olimpíadas exigem capacidade e um pouco de sorte. Difícil dizer que todos estarão bem durante os jogos olímpicos, mas o objetivo é chegar lá. Subir ao pódium. As meninas irão encontrar dificuldades, mas nada é impossivel. Em relação ao masculino, levam uma vantagem por ter uma equipe homogênia e de muito talento. Depois da campanha do masculino no pré-olímpico, estou confiante . Não podemos esquecer que serão jogos duros e que devem ser digeridos rapidamente. Tanto a vitória, quanto a derrota. Em Olimpíada, a cabeça faz a diferença.
LNB: Você sempre foi uma das defensoras de que os campeonatos nacionais adultos fossem organizados pelos próprios clubes. Qual é a sua avaliação em relação à Liga Nacional de Basquete e dessas quatro edições do NBB?
Paula: Fico feliz com todo sucesso do NBB. Uma semente plantada lá atrás e que hoje mostra que a nossa luta tem dado frutos. Principalmente, por ser da maneira que os clubes desejam.

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LNB: Tenho certeza que a “Magic Paula” deve acompanhar mais de perto o desempenho dos armadores do que qualquer outra posição no basquete. No NBB deste ano, Fúlvio, Larry Taylor, Nezinho, Vitor Benite, Valtinho e muitos outros se destacaram bastante. Quais são os armadores brasileiros que mais te agradam atualmente?
Paula: Cada um com seu estilo e contribuindo com suas características individuais. Valtinho alia experiência com capacidade. Larry Taylor carrega toda a bagagem de fundamentos que está na base dos americanos. Vitor Benite me lembra muito o pai, que foi meu primeiro ídolo, visão de jogo, talentoso, mas precisa adquirir experiência. Já o Fúlvio é voluntarioso e mescla a função de armar a equipe, ele, também tem vocação para pontuador. Entre todos não enxergo aquele que joga com a mão na bola e o olho no time. Sinto falta de armadores estrategistas, mas o próprio basquete moderno exige esta correria.
LNB: Com as ligas fortalecidas e as seleções na disputa das Olimpíadas, o basquete brasileiro está voltando a ter espaço na mídia e atraindo cada vez mais fãs. Creio que ainda falta muita coisa para que a modalidade continue se desenvolvendo. Quais evoluções você ainda gostaria de ver?
Paula: Acho que é preciso repatriar mais jogadores e jogadoras, popularizar a modalidade, criar mecanismos para que as equipes desenvolvam o trabalho de base, a seleção jogando com mais frequência no Brasil e ter mais grandes eventos de basquete por aqui.
LNB: Você sente saudade das quadras? Você bate-bola de vez em quando, acompanha os jogos nos ginásios?
Paula: Não tenho saudades, enquanto estive envolvida foi intenso e com muita paixão. Não posso bater bola, meu joelho não deixa, por isso, dificilmente estou nos ginásios.
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