HOJE
Fala aí, Gegê!
Por Liga Nacional de Basquete
Water polo? Futsal? Gegê conta sobre primeiros passos no basquete, família, Marcelinho Machado e Flamengo; confira a entrevista completa
A carreira de Gegê não é tão longa, mas já é extremamente vitoriosa. Com 27 anos, o armador do Minas Tênis Clube já coleciona uma vasta e invejável lista de títulos, além de possuir uma marca única: ser o único jogador pentacampeão consecutivo do NBB CAIXA.
Formado nas categorias de base do Tijuca Tênis Clube, Gegê teve grande passagem por outro clube carioca: o Flamengo, onde conquistou quatro títulos seguidos do NBB CAIXA (2012/2013, 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016), dois da LDB (2011 e 2013), uma Liga das Américas (2014) e uma Copa Intercontinental (2014), com direito a vitória sobre o Maccabi Tel-Aviv, de Israel.
O quinto e último título nacional do armador de 1,82m veio com o Bauru. Diversos fatores deixaram a conquista ainda mais especial: depois de dois vice-campeonatos, o Dragão enfim se sagrou campeão do NBB CAIXA. Além disso, horas antes do jogo decisivo contra o Paulistano, Sophia, a primeira filha de Gegê, nasceu. De quebra, o jogador igualou a marca de ninguém menos que Marcelinho Machado como jogador com mais títulos do NBB CAIXA na história.
Depois de ser campeão pelo Bauru, Gegê se transferiu para o Minas Tênis Clube. A primeira temporada do jogador por lá foi bem positiva e ele registrou suas melhores médias da carreira no NBB CAIXA: 7,4 pontos e 7,0 assistências (líder da competição no quesito). O bom rendimento foi reconhecido com a participação no Jogos das Estrelas de 2018 pelo NBB Brasil.
+Estatísticas completas da carreira de Gegê no NBB CAIXA
Em entrevista ao site do Minas Tênis Clube, Gegê falou sobre diversos assuntos, dentre eles seus primeiros passos no basquete, a prática de outros esportes na infância, como water polo, futebol e fustal, além de outros temas, como família e o futuro.
Confira a entrevista completa do armador Gegê ao site oficial do Minas Tênis Clube:
Gegê, como é sua família?
Minha família é muito grande (risos). Mas, na minha casa, sou eu, minha esposa (Paula), minha filha (Sophia) e minha futura filha. Somos quatro. Também tem um cachorrinho. No total, somos cinco.
Como são seus pais? Você tem irmãos?
Meu pai foi atleta a vida inteira, 20 anos de seleção brasileira de water polo (polo aquático). Hoje ele é técnico de water polo também, equipe profissional, categoria de base, enfim… minha mãe sempre cuidou muito de mim e da minha irmã. Trabalhava também no comércio, durante muito tempo foi gerente de loja. Hoje, ele tem uma empresa de doces. Minha irmã jogava vôlei de praia, só que agora está fazendo o curso de direito, já está perto de formar. Ela está estagiando também, então teve que deixar um pouco o esporte, mas é uma baita atleta também. Ela está sempre se cuidando, estudando bastante, é muito mais inteligente do que o irmão (risos). A família é muito grande. Minha família sempre esteve ao meu lado. Hoje, por conta da minha profissão, tive que me afastar um pouco, sair do Rio de Janeiro.
Quais são as suas primeiras recordações da infância no Rio de Janeiro?
Minhas primeiras recordações do Rio são do Tijuca Tênis Clube, que foi onde eu comecei a jogar basquete e passei grande parte da minha infância lá dentro, fazendo tudo. Treinava pra caramba, jogava bola, ficava na piscina, enfim… os grandes amigos que tenho na vida eu fiz lá também, são meus amigos de infância. Também lembro muito do Maracanã, meu pai sempre me levou, sempre incentivou. Então, o Maracanã é uma coisa que me marca muito. Não só o novo Maracanã, mas o antigo também, com a geral. Eu, quando era garoto, achava aquilo incrível, porque tinha um monte de figura fantasiada na geral e eu achava muito legal. Futebol é uma coisa que gosto muito de acompanhar, o Maracanã fica ao lado da casa dos meus pais. Então, sempre tive esse privilégio de ir e acompanhar os jogos. E também me lembro muito do carnaval, que é uma coisa que meu pai curtia muito. Aquilo me marcava, a gente assistia aos desfiles de escola de samba, já estive algumas vezes na Sapucaí. O carnaval é uma festa do brasileiro que todo mundo conhece. Depois que eu me tornei profissional, diminuiu bastante. A gente não tem tanto tempo livre assim, mas é uma coisa que eu gosto bastante de acompanhar. Ah, não dá para esquecer da praia, não tem como deixar de citar a praia.
Seu pai o influenciou muito no esporte?
Eu posso afirmar, sem dúvida nenhuma, que, se hoje eu sou um atleta, é porque eu acompanhei a carreira do meu pai. Não digo acompanhar de assistir e ver, falo de vivenciar mesmo. Quando ele viajava para treinar com a seleção, eu ia junto. Ia com ele no carro, ficava no hotel, acompanhava tudo bem de perto, as competições, todos os jogos. Eu via a dedicação que ele tinha, para viver de um esporte que não é tão valorizado no Brasil… ver o esforço dele para manter a família, a casa, tudo. Ele se dedicava, treinava sempre que dava. Hoje, eu posso afirmar que sou atleta por ter acompanhado o esforço e ver o orgulho que ele tem de ter exercido a profissão durante anos.
Você jogou water polo? Quando se interessou pelo basquete?
Eu joguei water polo durante uma parte da minha infância. Sempre achei um esporte bonito de acompanhar, mas nunca foi o meu forte. Eu brinco com o meu pai que é um esporte muito bruto (risos). Mas eu gosto de assistir, é um baita esporte, uma baita modalidade, mas nunca tive tanto tempo para praticar, jogar. Eu joguei futebol durante boa parte da minha infância, fui federado no futsal. Na época de ir para o campo, eu era muito novo, me disseram que eu não ia jogar. Foi quando meu avô falou: “vamos fazer um treino de basquete, você vai gostar”. E quando eu peguei a bola laranja, foi uma coisa que bateu, tive um sentimento de quem acha que perdeu tempo (risos). Mas gosto bastante de futebol, não trocaria nada que eu fiz na infância. Uma das características que eu tenho, que é a visão de jogo, se deve ao fato de eu ter jogado futebol durante muito tempo. Então, eu não mudaria nada da minha trajetória. Comecei no basquete com 11 anos, quando larguei o futsal. Desde então, o basquete se tornou prioridade. Quando eu fui para a Espanha, que eu assinei meu primeiro contrato profissional, ali foi o divisor de águas da minha carreira. Jogar na Espanha foi fundamental para o meu amadurecimento, aprendizado. Não só como atleta, mas como pessoa também. Meus pais sempre me apoiaram. Meu pai me disse que se eu quisesse ser atleta profissional eu tinha que ir, não poderia perder aquela oportunidade. Ele esteve perto dessa oportunidade, ia para os Estados Unidos, mas minha mãe estava grávida de mim, e ele não foi. Ele sabia da importância e me apoiou. Foi difícil sair de casa muito cedo. Outro país, outro continente, outra língua, outra história, outra cultura… mas foi fundamental para o meu crescimento e para o meu desenvolvimento como pessoa e atleta.
Você nunca escondeu que é torcedor do Flamengo. Como começou a relação com o clube?
Eu nunca escondi de ninguém que minha torcida sempre foi do Flamengo. É um clube que eu tenho um carinho imenso, por tudo que eu vivenciei como torcedor e como atleta também. Acho que as maiores conquistas que eu tive como atleta foram no Flamengo. Foram quatro brasileiros seguidos, porque o quinto foi em Bauru. Também ganhei lá uma Liga das Américas, um Mundial dentro da Arena HSBC, que estava lotada. Eu nunca escondi de ninguém, mas eu sou profissional. Sempre que eu vou enfrentar o Flamengo, eu procuro fazer o meu melhor, porque o maior respeito que eu posso ter pelo Flamengo é mostrar todas as minhas forças pelo time que me paga, que tem o comprometimento comigo. E quem tem esse comprometimento comigo hoje é o Minas, que me desafia a crescer como atleta, me oferecendo uma estrutura que é fundamental. Mas a minha relação com o Flamengo sempre foi de garoto, meu pai é um flamenguista apaixonado também. Eu vivi no Maracanã, cresci vendo o futebol do Flamengo, o water polo quando jogava na Gávea. Eu ainda gosto de acompanhar, porque eu sei qual o limite profissional. Eu sou um atleta profissional, que nunca vai faltar com respeito com qualquer time em que eu esteja atuando. Mas eu não vejo problema nenhum em deixar claro meu sentimento, porque nunca me atrapalhou dentro de quadra e na minha profissão.
Quando decidiu que queria ser jogador de basquete?
Eu acho que quando eu comecei a jogar basquete. Na verdade, quando eu comecei no esporte, a vontade era ser profissional, por ter visto e acompanhado meu pai. Eu achava que isso ia acontecer no futebol. Infelizmente, não foi. Aconteceram as coisas que tinham que acontecer. Acho que Deus escreve certo por linhas tortas. Acabei conhecendo o basquete por isso, me identifiquei e tive a certeza de que essa seria a modalidade que eu iria crescer. Mas eu acredito que o start para o profissionalismo foi a ida para a Espanha. Eu vi uma oportunidade, que a coisa estava crescendo e ficando séria. Ali, eu via a grande chance de tornar o meu sonho, o sonho do meu pai, da família inteira, realidade. Acho que a Espanha foi o start, de cair a ficha que a coisa tinha ficado séria. Até então, eu levava a sério, mas era mais por diversão, descontração. Eu ia para a quadra para me divertir. Lógico que tinha a responsabilidade de disputar os campeonatos pelo Tijuca, mas, quando você é garoto, o principal é você desfrutar da situação. Comigo não era diferente.
E como foi o seu período na Espanha?
Os dois anos e meio que eu passei lá foram fantásticos. Dias atrás, a página do Torrejon, que foi o time que eu joguei, citou o Minas em uma postagem que eles fizeram, falando que eu sou jogador do Minas. Sou muito grato a eles por terem aberto as portas para mim, por terem me ensinado muita coisa, acreditado no meu potencial. Eu acredito que muito do fato de eu não ter ficado lá foi o fato do passaporte (europeu), coisa que pesa bastante para quem não é europeu. Então foi uma coisa que complicou um pouco minha vivência lá. A época em que eu estava lá foi a época da maior crise da Espanha. Acho que abalou a maioria dos clubes, a estrutura. Aí, conversando com meus empresários e com o clube, a gente viu que a melhor situação era se eles me emprestassem para eu voltar para o Brasil. Foi assim que aconteceu, e eu não guardo mágoa nenhuma.
Você voltou direto para o Flamengo?
Eu volto da Espanha direto para o Flamengo. Foi uma coisa que mexeu bastante comigo. A crise começou na Espanha, eu não tinha o passaporte, o meu custo começou a ficar caro para o clube. Eles deixaram claro para mim que precisavam que um time de primeira divisão me contratasse, sabiam da dificuldade de eu não ter o passaporte… enfim, trabalhamos bastante para que as coisas dessem certo lá, mas quando vimos que as coisas não estavam dando certo por conta do passaporte europeu, que é muito importante para lá, apareceu a proposta do Flamengo, com a chance de voltar ao Brasil. Por tudo que envolvia, quando apareceu a oportunidade, eu não pensei duas vezes. E foi muito bom. Quando eu voltei para o Flamengo, não estava sendo muito utilizado no elenco profissional, uma coisa que eu imaginava que ia acontecer. Mas apareceu a LDO (Liga de Desenvolvimento Olímpico), na época uma competição Sub-22, que, para mim, foi importantíssima. Ali, eu dei um salto e as portas do NBB se abriram para mim.
O Marcelinho Machado sempre foi seu ídolo? Como foi sua relação com ele?
Eu acredito que o Marcelinho sempre foi um ídolo, uma pessoa que eu admirava muito. Desde a época em que ele jogava no Botafogo, as partidas eram no Tijuca… enfim, acompanhei a trajetória do Marcelo. É um cara que eu sempre admirei muito. Depois que eu tive a oportunidade de jogar ao lado dele, a admiração passou a um nível muito maior. Hoje, ele e a família dele fazem da minha família, por tudo que a gente viveu junto. O carinho é imenso. É um cara que se aposentou agora do basquete, mas sempre que eu precisar ou ele precisar, um vai estar ali para ajudar o outro. Foi uma parceria, uma irmandade muito legal que construímos. Eu já vi líderes, mas ele é impressionante.
Faltou alguma coisa no Flamengo?
Uma coisa que eu costumo dizer é que eu, sempre que entro na quadra, quero ganhar tudo, independentemente do adversário, do momento que está sendo vivido. A minha vontade é sempre de conquistar tudo. No Flamengo, a gente conquistou muitas coisas, mas não conquistamos tudo. Acho que perdemos duas Sul-americanas, duas Ligas das Américas. Para ser perfeito, você tem que ganhar tudo. Minha passagem no Flamengo foi muito vitoriosa, mas seria perfeita se nós conquistássemos todos os títulos disputados. Se não estou enganado, foram 12 títulos em 16 disputados. É um marco, um baita currículo, mas hoje o meu foco é aqui no Minas. Eu quero fazer história aqui, conquistar tudo o que eu posso com a camisa do Minas. Eu tenho muita coisa pela frente, mas o meu pensamento é ter uma sucessão de conquistas no Minas.
Qual foi a emoção de conquistar o quinto NBB no mesmo dia em que foi pai?
Eu fui para Rio Claro, fiz grandes amigos lá. Por mais que tenha sido curta, a passagem por lá foi importantíssima. Infelizmente, o projeto acabou. Mas eu acho que o bem acontecesse para quem procura as coisas boas. Da época de Rio Claro, eu carrego grandes amigos que fiz por lá. São pessoas que, quando eu preciso, eu ligo para desabafar. Pode ser a hora que for, elas me atendem. Não preciso citar nomes, porque as pessoas sabem quem são (risos). Na sequência, fui para Bauru, onde tive mais uma conquista de NBB, que acabou sendo a primeira da equipe no NBB. É um marco importantíssimo. Horas antes da final, a Sophia nasceu. É um dia que está marcado na minha pele, o dia do nascimento dela e do meu quinto título seguido do NBB. Acho que ainda vai demorar para alguém conseguir cinco títulos nacionais, ainda mais na sequência. Eu tenho muito orgulho das minhas conquistas, mas hoje o que me dá mais orgulho é ver minha família crescer. Vejo minha filha crescendo, hoje ela está com um ano e dois meses, a Paula está grávida de novo, vem mais uma princesa para alegrar nossa casa e a nossa vida. Hoje, o que importa para mim é vê-las felizes, a alegria delas. É ver a Sophia chegar depois do treino aqui e entrar na quadra amarradona para brincar, ela perturbando todo mundo (risos). É isso o que me alegra e me motiva a estar firme, crescendo, melhorando, desempenhando um bom trabalho. Minha família me ajuda muito, está sempre ao meu lado. A Paula também passa por umas boas comigo… então, eu tenho que agradecer muito, porque ela está ao meu lado sempre.
Como avalia a sua primeira temporada no Minas?
Eu fiquei muito feliz quando apareceu a oportunidade de vestir a camisa do Minas. Todos os amigos e conhecidos que passaram por aqui sempre falaram muito bem. Então, eu estava bem ansioso para conhecer o Clube. Se não for a melhor, com certeza está entre as melhores estruturas do Brasil. O que o Minas proporciona para os atletas é algo incrível. Então, isso tem que se dito e enaltecido. Fazer esporte no Brasil é difícil, complicado. Mas o Minas não mede esforços para isso. Por mais que seja difícil, o Clube se empenha. Eu até aproveito para agradecer ao Clube e aos patrocinadores que acompanham a gente. Eles sabem da dificuldade que é e mesmo assim estão juntos com a gente, investindo. Para nós, é muito importante. Estou muito feliz, porque ajudei a colocar o Minas em uma competição internacional, é importante você levar a marca do Clube para fora do país. Colocamos o Minas nas quartas de final do NBB, saímos na prorrogação do terceiro jogo, em uma série bem disputada contra o Flamengo. Nas oitavas, passamos pelo Vitória depois de três prorrogações no quinto jogo. São coisas que marcam, eu fico muito feliz, mas espero que nesta temporada tenhamos voos maiores. Eu nunca fico satisfeito com o ano que passa, sempre penso que o próximo ano tem que ser melhor. Individualmente, só tenho a agradecer aos meus companheiros, comissão técnica, com o Espiga, Nanando, Bruninho, Paulinho, Silvanio… eles estão sempre com a gente, dando suporte. Eu fui líder de assistências, mas não consegui isso sozinho. Todo o elenco tem participação nisso, que me dá a liberdade e a condição de exercer um bom papel. Sem eles, nada disso teria acontecido. Minha participação no Jogo das Estrelas foi graças a eles também, agradeço muito por isso. É uma coisa que eu vou carregar com muito carinho. Espero conquistas individuais, mas o coletivo é mais importante para mim e para o Minas.
E quando parar de jogar, já sabe o que pretende fazer?
Nossa, agora pesou pesado. Acho que eu ainda tenho muito tempo dentro de quadra, mas a carreira de atleta é sempre curta, temos que pensar em muitas opções. Acredito que já estou trilhando o meu caminho, começo a ver algumas coisas de investimentos, negócios. As coisas estão acontecendo fora de quadra, mas ainda não é o momento de me preocupar com isso. Eu tenho que estar focado em exercer um grande trabalho dentro de quadra. Mais para frente, quando estiver chegando a hora de pendurar os tênis, eu penso no que pode ser feito.
Como enxerga o basquete brasileiro dentro de 20 anos?
Eu acredito muito que o Brasil vai mudar. Para isso acontecer, temos que, desde ontem, começar a pensar mais no próximo. Temos que parar de olhar apenas para o próprio umbigo. Eu acredito que a mentalidade dos atletas está mudando, da Liga, dos clubes. Então, tem tudo para continuar crescendo. Quem ganha com isso são os jogadores, o público, o país, as crianças que acompanham. Em 20 anos, eu vejo um basquete brasileiro muito mais forte, com times investindo, patrocinadores apoiando. Espero que isso aconteça e não fique apenas como um sonho, como uma vontade minha.
Para terminar, como que o Gegê define o Gegê?
O Gegê é um cara fantástico, brincadeira (risos). Eu me vejo como um cara muito alegre, extrovertido. Tenho uma personalidade forte, quero agradar todo mundo, vendo todo mundo sempre bem, junto. Gosto muito da resenha, de alegrar o ambiente. Eu sou um cara que sempre vai fazer o máximo para que todos ao meu lado estejam felizes. Eu defino o Gegê como uma cara do bem, sempre disposto a ajudar o próximo.