HOJE
Faltou pouco
Por Liga Nacional de Basquete
Contra Rússia, Brasil faz melhor partida nas Olimpíadas, definida apenas em uma bola de três restando poucos segundos para o fim
A Rússia era o primeiro grande desafio da Seleção Brasileira masculina de basquete nas Olimpíadas de Londres, e pode-se dizer que o Brasil foi aprovado no teste, nesta quinta-feira (02/08). Mostrando força na defesa e com uma grande atuação do armador Larry Taylor no último quarto, o time comandado pelo técnico Rubén Magnano chegou a estar perto do resultado positivo, liderando por um ponto faltando cerca de seis segundos para o fim, mas uma cesta de três do ala Vitaliy Fridzon, mesmo desequilibrado, deu a vitória para os russos por 75 a 74.
Saindo do banco, Larry comandou a virada brasileira no fim da partida. O armador, que atua no NBB pelo Paschoalotto/Bauru, marcou 12 pontos, sendo nove só no último quarto. Outro destaque foi o ala/armador Leandrinho, cestinha do Brasil com 16 pontos. Nenê, outro que veio do banco, ficou muito perto de um duplo-duplo, com 8 pontos e 10 rebotes. O ala/armador Alex, que jogou como um carrapato na marcação do ala russo Andrei Kirilenko, roubou três bolas durante o jogo.
Mesmo com Alex colado em suas jogadas, Kirilenko deixou a quadra como o cestinha da partida, com 19 pontos, um a mais do que o pivô Timofey Mozgov. O ala Aleksey Shved liderou as jogadas ofensivas da Rússia e saiu com 17 pontos e seis assistências.

Larry Taylor entrou durante a partida e foi fundamental para a boa atuação do Brasil (Gaspar Nobrega/inovafoto)
Após a partida, o sentimento do grupo brasileiro era uma mistura de frustração pela derrota nos últimos segundos e satisfação pela atuação vista contra a Rússia. “É triste perder na última bola. O mérito foi total do Fridzon, acertou uma bola mesmo desequilibrado. Achávamos que iriam acionar o Kirilenko, mas a bola foi para ele. Acontece, fica a lição para isso não acontecer no mata-mata”, disse o ala Marquinhos em entrevista ao SporTV. “A gente sabia que seria um arremesso rápido. Acabou que a bola foi para a zona morta, e eles conseguiram acertar, não sei como. Foi um grande jogo, temos de aprender com os erros”, afirmou Alex.
“Ninguém fica satisfeito com a derrota, mas não podemos nos influenciar por isso. Não vamos ficar muito felizes com uma vitória, nem tristes demais com uma derrrota. O ponto positivo foi que recuperamos uma desvantagem de 11 pontos. Precisamos melhorar nossa parte final para fechar bem uma partida”, complementou o ala/pivô Guilherme Giovannoni.
Não há tempo para remoer o jogo contra a Rússia, já que o próximo compromisso em Londres-2012 será neste sábado (02/08), contra a China, às 12h45, pela quarta rodada do grupo B. Uma vitória garante a classificação para as quartas de final. “O jogo com a China é fundamental”, falou Giovannoni. “Se jogarmos como hoje, temos chance de vencer”, concluiu o pivô Anderson Varejão.
O jogo
O começo foi de forte marcação das defesas. Tanto que os três primeiros pontos da partida só saíram após dois minutos e meio, após bola de três de Alex. A partida passou a ficar muito equilibrada, sem que um time abrisse diferença no placar. Mais uma cesta de três, dessa vez com Leandrinho, colocou o Brasil na frente (10 a 7), com a vantagem aumentando para cinco pontos com uma assistência de Marcelinho Huertas para Tiago Splitter (12 a 7).
A marcação de Alex em Kirilenko foi o ponto forte da defesa brasileira, limitando as ações do principal jogador russo. Ao contrário do jogo contra a Grã-Bretanha, o aproveitamento de cestas de três do Brasil estava impecável. Com um arremesso de Marquinhos, os brasileiros voltaram a abrir cinco pontos de diferença (17 a 12) e manteve a vantagem até o fim do primeiro quarto (20 a 15).
No segundo quarto, Kirilenko aproveitou alguns momentos em que Alex estava no banco e ganhou mais confiança e apareceu na partida. Antes zerado, o jogador com passagem na NBA fez 15 dos 25 pontos da Rússia no período. Os russos viraram e abriram sete pontos de vantagem (23 a 30), mas o Brasil não se esmoreceu e buscou a reação, com mais uma bola de três (Guilherme Giovanonni) e uma cravada de Nenê (28 a 30).
Só que a Rússia voltou a crescer e terminou o primeiro tempo na frente, com oito pontos de vantagem (32 a 40).

Leandrinho foi o cestinha do Brasil na partida (Gaspar Nobrega/inovafoto)
Na volta do intervalo, os russos abriram a maior diferença de pontos do confronto, 11 (36 a 47). Porém, o Brasil veio com uma postura defensiva melhor e foi voltando ao jogo aos poucos. Larry entrou no lugar de Huertas e começou a demonstrar que faria diferença na partida, quando fez dois pontos e sofreu a falta para diminuir a desvantagem (45 a 49). A Rússia manteve a liderança do placar geral no restante do período, mas uma bola de três de Leandrinho, com assistência de Larry, deu a vitória no terceiro quarto por 21 a 19 para o Brasil (53 a 59 no jogo).
Os últimos dez minutos trouxeram um Brasil avassalador. Larry viveu seu melhor momento nas Olimpíadas, comandando a reação definitiva da seleção. O armador fez os dois primeiros pontos (55 a 59) e fez um lance de três pontos, com cesta e falta, para deixar os brasileiros mais do que vivos no duelo (61 a 63). Leandrinho, em jogada individual, empatou (63 a 63). A virada veio com lances livres de Nenê (66 a 65).
Larry e Leandrinho eram os principais jogadores da partida naquele momento e fizeram dois pontos cada um que botaram o Brasil em grande vantagem faltando pouco mais de dois minutos para o fim (70 a 65). O placar parcial do quarto era de 17 a 6 para os brasileiros, deixando claro que o momento era todo do Brasil.
Mas o time da Rússia não estava morto e não poderia ser menosprezado. Os russos batalharam e chegaram ao empate com uma cesta de três de Shved, com apenas 26 segundos no cronômetro (72 a 72). Pelo tempo restante, cada time teria a chance de um ataque. O Brasil não desperdiçou seu avanço, com uma infiltração de Huertas, que havia voltado à quadra no lugar de Larry (74 a 72).
A última bola seria da Rússia, faltando seis segundos. O técnico dos europeus pediu tempo e Rubén Magnano, após analisar a formação rival, parou novamente, causando mais apreensão para quem via o jogo. A expectativa era de que Kirilenko fosse acionado, mas a bola foi para Fridzon, marcado por Leandrinho. Mesmo da zona morta e desequilibrado, o russo fez uma cesta de três salvadora. Leandrinho ainda tentou reverter o quadro sem sucesso.
PROGRAMAÇÃO DE JOGOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA MASCULINA DE BASQUETE
Olimpíadas de Londres
GRUPO A: Argentina, França, Tunísia, EUA, Lituânia e Nigéria
GRUPO B: Austrália, BRASIL, China, Grã-Bretanha, Espanha e Rússia
29 de Julho – BRASIL 75 x 71 Austrália
31 de Julho – BRASIL 67 x 62 Grã-Bretanha
02 de Agosto – BRASIL 74 x 75 Rússia
04 de Agosto – BRASIL x China, às 12h45
06 de Agosto – BRASIL x Espanha, às 16h00
*horários de Brasília
Bauru Basket
Botafogo
CAIXA/Brasília Basquete
Caxias do Sul Basquete
Corinthians
Flamengo
Fortaleza B. C. / CFO
Sesi Franca
KTO Minas
Desk Manager Mogi Basquete
Pato Basquete
Paulistano/CORPe
Pinheiros
Farma Conde/São José Basketball
São Paulo
Ceisc/União Corinthians
UNIFACISA
R10 Score Vasco da Gama
Basket Osasco
Cruzeiro
E.C. Pinheiros (B)
Vitória (BA)
L. Sorocabana
Minas Tênis Clube (B)
ADRM
B.Cearense
Botafogo
Caixa Brasília Basquete
Campo Mourão
Caxias
IVV/CETAF
Flamengo
Minas
Paulistano
Pinheiros
São José Basketball
Thalia/PH.D Esportes
Vasco/Tijuca