Feliz 2011!

A chegada de 2011 marca a conclusão do segundo ano de existência do NBB, campeonato organizado pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a Rede Globo e patrocínio da Eletrobras, Caixa e Penalty. Nesses dois últimos anos, o NBB entrou para a história do esporte brasileiro, principalmente, pela mudança na gestão dos clubes e na organização do campeonato nacional de basquete.

Desde o dia 28 de janeiro de 2009, data do primeiro jogo do NBB, o Brasil pôde acompanhar a evolução desse campeonato, que antes era visto como a esperança do basquete nacional e hoje está consolidado como uma das principais competições esportivas do mundo.

O ano de 2010, em especial, foi o grande marco para essa consolidação. Além do encerramento da segunda edição do NBB e o início da terceira temporada, uma série de outras ações foram realizadas pela Liga Nacional de Basquete durante esses 12 meses que passaram.

Logo no início do ano, a LNB organizou o segundo Jogo das Estrelas. Nos dias 20 e 21 de fevereiro, a cidade de Uberlândia (MG) recebeu o evento, que contou com os Torneios de Enterrada e de 3 Pontos e uma exibição de um combinado de ex-jogadores da Seleção Brasileira, no sábado, e a partida entre os melhores jogadores do NBB, no domingo.

No dia 12 de março de 2010, os dirigentes da LNB e da Asociación de Clubes de Basquetbol (AdC), da Argentina, se reuniram em São Paulo e oficializaram a disputa do Torneio Interligas Brasil/Argentina. Os quatro melhores times da fase de classificação do NBB, Brasília, Flamengo, Franca e Minas, mais os quatro primeiros da Liga Argentina, Peñarol, Atenas, Libertad Sunchales e Juventud Sionista, disputaram a primeira edição do torneio. No dia 15 de abril, em Mar Del Plata, o Peñarol sagrou-se o primeiro campeão da competição ao vencer o Brasília na final, por 90 a 78.

Nesse mesmo período, os playoffs do NBB eram disputados aqui no Brasil com uma novidade. Diferente do que foi feito na primeira temporada, o campeonato teve um novo sistema de disputa, que permitiu o avanço de 12 clubes para os playoffs, aumentando demais a competitividade. As oitavas de final foram disputadas pelas equipes que ficaram entre a 5ª e a 12ª colocação na fase de classificação. Os vencedores passaram para as quartas de final cruzando, assim, com os quatro primeiros, que disputaram o Interligas, dando sequência às fases semifinal e final.

A decisão da segunda edição do NBB foi muito emocionante. Brasília e Flamengo reeditaram a final da primeira temporada e o time da capital federal, dessa vez, foi quem conquistou o título, após cinco jogos muito disputados. O último deles foi definido nos segundos finais, com dois lances livres convertidos pelo ala Alex.

Além dos campeonatos, muita coisa também foi feita fora de quadra em 2010. A LNB introduziu no NBB 2009/2010 um novo e moderno sistema de estatística. Além de um escaute completo que pode ser acompanhado em tempo real durante todas as partidas da competição, foi incluída também uma série de novidades nas estatísticas do campeonato.

A 3ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), designada à LNB, também teve papel importante durante o NBB, com uma contínua preocupação de seus membros julgadores na aplicação do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportivo). Em 2010, foram avaliados 19 processos e um aumento de 20% no número de denunciados (indiciados nas ocorrências disciplinares, penalizados ou absolvidos).

A LNB, em parceria com a CBB, realizou neste ano 42 exames antidoping envolvendo todos os clubes que disputaram o NBB. Foram feitas 26 coletas durante a fase de classificação e 16 nos playoffs. Os exames foram coletados pelos oficiais de controle antidoping assessorados pelo Doutor Eduardo De Rose, responsável pelo Programa Antidoping do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). As amostras foram enviadas para um laboratório em Montreal, no Canadá, credenciado pela Agência Mundial Antidoping (WADA).

\"A inclusão do antidoping no NBB é um marco não só para o basquete, mas para o esporte brasileiro. Hoje, temos um campeonato transparente, em que os atletas se diferenciam um do outro apenas pelo nível técnico e por dedicação ao treinamento\", disse o diretor técnico da LNB, Fernando Rossi.

As duas entidades também se uniram na preparação dos árbitros. A arbitragem do NBB teve a oportunidade de aprimorar tecnicamente nos seminários e clínicas realizadas durante todo o ano. Cerca de 50 árbitros passaram por avaliações físicas e treinamentos teóricos e práticos, na Unicamp, em Campinas (SP).

No final da segunda temporada, após a cerimônia de premiação do campeonato, todos os treinadores e os assistentes das equipes que disputaram o NBB se reuniram para a realização do I Congresso Técnico LNB para Treinadores de Alto Nível. O objetivo do evento foi de unir os principais comandantes do basquete brasileiro para que eles pudessem trocar experiências e conceitos trabalhados em suas respectivas equipes.

Falando em desenvolvimento técnico, em setembro, a LNB contratou o treinador Lula Ferreira, que acabara de ser campeão do NBB com o Brasília, para ser o novo gerente técnico da entidade. Lula, que teve passagens por grandes clubes do País e também pela Seleção Brasileira adulta masculina, passou a ser o responsável pelo desenvolvimento técnico das competições organizadas pela LNB e dos clubes associados em todos os aspectos.

No mesmo mês, a LNB conseguiu também a aprovação do projeto de Lei de Incentivo ao Esporte para a realização do Campeonato Sub-20. Para 2011, a entidade pretende que todas as equipes que disputam o NBB inscrevam seus respectivos times de base no novo campeonato.

“Esse foi um dos maiores ganhos para o basquete nacional e para a Liga. Em 2011, vamos dar início a esse projeto. A Liga não quer com o Sub-20 formar atletas, mas sim, dar direito a esses jovens talentos de terem um campeonato nacional de alto nível para que assim eles possam mostrar o seu valor e terem tempo de amadurecerem antes de chegarem à categoria adulta”, afirmou o presidente da LNB, Kouros Monadjemi.

E dessa maneira, no dia 29 de outubro de 2010, começou a terceira temporada do NBB com a participação de 15 clubes, de seis estados brasileiros, repleto de grandes jogadores do basquete brasileiro e, também, mundial.

Os clubes do NBB conseguiram repatriar cerca de 15 atletas para esta temporada, como os pivôs Hátila Passos (Uberlândia), Átila Santos (Flamengo) e Michel (Minas); e os alas Marquinhos (Pinheiros), Luciano Matão (Assis Basket), Gruber (Joinville) e Jordan (Paulistano). Além disso, as equipes se reforçaram com atletas estrangeiros. O campeonato possui, no momento, 22 jogadores de seis países diferentes: Estados Unidos, Argentina, Cuba, República Dominicana, Panamá e Sérvia.

Esse aumento no número de atletas internacionais foi tão marcante, que a LNB decidiu apimentar um pouco mais a disputa do terceiro Jogo das Estrelas. Nos dias 28 e 29 de janeiro, na cidade de Franca (SP), além dos tradicionais Torneios de Enterrada e 3 Pontos, o confronto será entre o NBB Brasil e o NBB Mundo, partida que unirá os melhores jogadores brasileiros contra os estrangeiros.

A terceira edição do NBB ganhou muito em qualidade e, principalmente, em competitividade. Diferente do que aconteceu nos campeonatos anteriores, diversos clubes entram no ano de 2011 com expectativa de vencer o título da temporada.

“Espero que o crescimento do NBB e do desenvolvimento técnico da competição continuem, para o bem do basquete. As rodadas iniciais no NBB 2010/2011 já mostraram que o grupo de clubes candidatos ao título é muito maior que nas temporadas anteriores. E os outros clubes, que não tem tantas condições de título assim, vêm provando nesta edição que são difíceis de serem batidos. Esse é o progresso do campeonato e espero que continue”, afirmou Lula Ferreira.

Outra marca importante alcançada no ano de 2010 foi a partida de número 500. No dia 05 de dezembro, o confronto entre Joinville e Pinheiros celebrou 500 jogos da competição.