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Flamengo vence Universo e abre vantagem na final do NBB

14-06-2009 | 05:24
Por Liga Nacional de Basquete

Rubro-negro faz 2 a 1 na série melhor-de-cinco. Quarto jogo será dia 21, no ginásio Nílson Nélson, em Brasília (DF)

Divulgação/LNB

O Flamengo venceu o Universo/BRB/Financeira Brasília por 99 a 78, neste domingo, no Rio de Janeiro, com a HSBC Arena lotada por 13.417 pessoas, e recuperou a vantagem na série final do Novo Basquete Brasil (NBB). A equipe rubro-negra lidera a decisão por 2 a 1. Os dois times voltam a se enfrentar no dia 21, às 12 horas, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF), com transmissão do SporTV.

O ala Marcelinho foi o destaque no ataque e na defesa. Cestinha da competição, também foi o principal marcador da partida, com 35 pontos, além de ser o líder nos rebotes com 12 tentativas bem-sucedidas, sendo dez na defesa. O cestinha do grupo brasiliense foi Alex, com 20 pontos.

Para o técnico Paulo Chupeta, a equipe voltou a se apresentar como de costume. “O Flamengo retornou a jogar com normalidade: bem no ataque. O segundo jogo, no sábado, foi um dia muito ruim, nada deu certo.” Sobre o estranhamento entre Marcelinho, do Flamengo, e Ratto, do Universo, no final da partida, ele foi incisivo. “Clássico é assim mesmo, é normal ter discussões e faltas técnicas. Mas no NBB isto aconteceu muito pouco.”

Destaque na arrancada rubro-negra no terceiro quarto, o armador Fred (16 pontos no jogo) ressaltou a importância da conversa do grupo durante o intervalo.”A gente estava caindo no mesmo erro da partida anterior, mas tivemos uma conversa no vestiário que levou à explosão e isto acendeu o grupo. Foi uma arrancada não só no ataque, mas também na defesa. Não tinha tática, era acreditar que poderíamos acertar qualquer bola e foi isto que fez a diferença”, explica o jogador.

Baby, responsável pelo discurso de motivação ressalta que o foco foi não dar espaços e a mensagem foi bem clara: “Vamos para cima, é só querer e entrar querendo mais”. O resultado, afirma, ficou evidente em quadra. “Marcamos melhor e Brasília não conseguiu jogar.” Para completar a avaliação, Marcelinho lembrou o peso da torcida. “Empurrou o time”, lembrou.

O técnico Lula lamentou a perda de rendimento do grupo no terceiro quarto. “A gente se perdeu ali, o time perdeu a concentração, o foco ofensivo e eles, rapidamente, tiraram a diferença. Isso mudou o jogo. O time pagou pelos erros do terceiro quarto.”

Os jogadores do Universo foram para o vestiário cabisbaixos pela derrota, mas Lula considera este um sinal positivo. “É um time que tem alma e todo time que tem alma sente o jogo. Se eles estão revoltados, sabem o que fizeram.”

Após show do AfroReggae e a interpretação do Hino Nacional pela cantora Sandra de Sá, o Flamengo buscou a recuperação após a derrota da véspera. O técnico Chupeta colocou Hélio, Marcelinho, Duda, Jefferson e Baby no grupo da casa contra Valtinho, Alex, Arthur, Estevam e Cipriano pelos visitantes.

Depois da derrota no segundo jogo, o Flamengo entrou em quadra determinado a defender e pressionar e começou a partida já com muita agressividade. Apesar de os visitantes terem aberto 8 a 3 nos primeiros minutos da parcial inicial, a equipe da casa reverteu rápido a situação, chegando a 17 a 11 com 5min32 por jogar. O Universo buscou a reação e conquistou o empate por 20 a 2min57 do final. Situação de igualdade, que persistiu até os últimos segundos, apesar de o Flamengo fechar em vantagem apertada por 27 a 26.

No segundo quarto, o Universo cresceu de produção. Com o rubro-negro mantendo apenas Hélio, Jefferson e Marcelinho dos titulares em quadra, a equipe brasiliense passou à frente nos dois primeiros minutos (30 a 28) e, após uma breve reação os donos da casa (40 a 37), virou o jogo e construiu uma boa vantagem para fechar o primeiro tempo, vencendo por 53 a 44.

No intervalo, o dançarino Carlinhos de Jesus animou a torcida com uma apresentação de gafieira e ainda fez as vezes de animador, colocando o público para dançar. Enquanto isso, os jogadores rubro-negros tiveram uma conversa franca no vestiário para colocar a casa em ordem e o resultado deixou o Universo sem resposta.

Fred foi o destaque do time local no terceiro quarto com três decisivas bolas de três pontos. A primeira delas ajudou sua equipe a chegar ao empate por 55 e a segunda, colocou o Flamengo na frente: 58 a 55. A partir daí, o rubro-negro deslanchou em quadra para fechar o período por 76 a 60.

Na parcial decisiva, o Flamengo perdeu o pivô Baby com cinco faltas, mas não diminuiu o ritmo. Abriu 23 pontos de vantagem em 5 minutos (86 a 63). A 2 minutos do fim do jogo, Ratto e Marcelinho se desentenderam embaixo do garrafão e levaram falta técnica, que sobrou até para o ala Diego, por se envolver na situação. O clima tenso não afetou o andamento do jogo, que terminou com vitória do Flamengo por 99 a 78.

Playoff final
Jogo 1 – Universo/BRB/Financeira Brasília 74 x 81 Flamengo
Jogo 2 – Flamengo 71 x 81 Universo/BRB/Financeira Brasília
Jogo 3 – Flamengo 99 x 78 Universo/BRB/Financeira Brasília