Foco nadefesa

Dono do segundo melhor ataque do NBB CAIXA (83,9 pontos por jogo), o Paulistano/Corpore teve sua alta produtividade ofensiva “bloqueada” no Jogo 2 da série semifinal contra o Sendi/Bauru Basket. Os atuais campeões estaduais não conseguiram impor seu característico estilo de jogo (correria e volume alto nas bolas de 3 pontos) e acabou derrotado registrando sua pior pontuação na temporada: 59 pontos.

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Agora, o time do técnico Gustavo De Conti tentará mudar essa história para o Jogo 3 da série, que será nesta terça-feira (08/05), no Ginásio Antonio Prado Jr, em São Paulo (SP), às 19h30, ao vivo no SporTV. Mas, para haver alguma mudança, basta entender primeiro os porquês desse baixo desempenho. Vamos explicar alguns deles a você.

A “máquina” chamada Paulistano foi impedida de funcionar por algumas estratégias cruciais do Bauru (João Neto/LNB)

Existem muitas razões para a baixa performance do ataque do CAP. Uma delas, é claro, fica por conta do mérito do Bauru, que adotou algumas estratégias cruciais para minar a grande característica do Paulistano, como apostar em um jogo cadenciado de meia quadra para o adversário não ter a bola “fácil” nas mãos para contra-atacar.

Outra delas foi apostar em uma defesa com dobras nos armadores do CAP, o que deu liberdade para arremessos de fora dos pivôs, que nesta partida não obtiveram muito sucesso – Nesbitt e Hubner combinaram para 4/13 nas bolas de 3 (30,7%).

Isso, ainda por cima, tirou um pouco do volume de alguns dos grandes arremessadores do time alvirrubro, como Lucas Dias, Deryk e Jhonatan – os três combinaram para 2/11 nos tiros de 3 pontos (18,1%).

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No entanto, por parte do Paulistano, o motivo maior da baixa performance ofensiva foi a defesa. Os próprios membros da equipe apontaram a marcação como grande ponto falho na derrota para o Bauru. Um dos grandes defensores não só do CAP, mas de todo o NBB CAIXA, o pivô Du Sommer deu seu parecer sobre o quesito.

“Tudo começa pelas nossas falhas defensivas. Pecamos muito, então, sem essa defesa boa, não conseguimos sair rápido para o ataque. Nosso aproveitamento não foi aquele que temos costume de apresentar. São pequenos detalhes que em um jogo de playoffs fazem diferença”, disse Du.

“Com a defesa forte que vínhamos tendo a confiança no ataque vira algo natural. Vamos focar nos detalhes e na rotação no ataque, algo que nós também pecamos muito. Vamos corrigir esses erros para no próximo virmos mais fortes”, completou o pivô, que tem média de 2,0 tocos por jogo na série.

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Quem assistiu ao jogo viu também que o Paulistano não estava inspirado nos arremessos longos. No primeiro tempo, a equipe foi para o intervalo com 6/21 nas bolas de 3 pontos (28% de aproveitamento). Já no último quarto, momento crucial para tentar uma virada, o aproveitamento foi de apenas 9% (1/11).

Ao todo, o desempenho foi de 11/40 (28%). E para uma equipe que tem os tiros de longa distância como carro-chefe de seu ataque – não à toa é líder em bolas de 3 pontos na temporada, com 11,9 por jogo – o bom aproveitamento nos arremessos longos fez muita falta. No entanto, ainda assim, a defesa segue sendo o grande foco do time da capital paulista.

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“Tivemos alguns erros bobos na defesa, isso acabou minando nosso ataque. O Bauru também fez uma defesa em que não conseguimos encaixar nosso ataque. Tivemos arremessos livres, porém, um aproveitamento muito ruim, o que não é de costume nosso. Mas foi só mais um jogo, com certeza viremos mais fortes para o próximo”, declarou o ala/armador Deryk.

“Durante a temporada toda nossos bons jogos partiram de boas defesas. Quando defendemos bem, conseguimos correr, atacar bem, rodar bastante a bola, fazer bons arremessos e fazer com que o adversário corra atrás da gente. Com certeza esses ajustes na defesa serão primordiais para nós”, concluiu Deryk, líder em bolas de 3 na temporada, com 2,7 convertidas por jogo.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.

Deryk e Du Sommer apontaram a defesa como motivo principal para o mau desempenho do Paulistano, mas prometeram mudar a história (João Neto/LNB)