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Força que vem do banco

17-02-2012 | 04:26
Por Liga Nacional de Basquete

Sem se incomodar em serem reservas, os chamados “sextos homens” são peças fundamentais nas campanhas das equipes do NBB. Confira os números

Uma equipe de basquete não é formada apenas por cinco jogadores. Em uma modalidade onde o jogo é tão intenso e exige muito dos atletas dos dois lados da quadra, um bom banco de reservas é fundamental para as equipes manterem o ritmo durante os 40 minutos de partida.

Com isso os chamados “sextos homens” tem ganhado cada vez mais importância dentro de suas equipes. Vir do banco de reservas já não é mais demérito para ninguém e alguns suplentes chegam a ficar em quadra tanto ou até mais tempo que os titulares.

Na maioria das vezes, os sextos homens tem a missão de mudar a cara da equipe em quadra, seja pontuando, defendendo, pegando rebotes, ou então de não deixar o ritmo cair na hora de dar um descanso para os titulares.

Sexto Homem

Analisamos o desempenho de alguns jogadores que costumam sair do banco e vem conseguindo destaque na temporada 2011/2012 do NBB.

Paulinho Boracini, armador do Pinheiros/SKY, é um jogador que vem do banco com a missão, principalmente, de pontuar. Titular durante praticamente durate toda a carreira pelos clubes que passou, vir do banco é uma novidade. Mas o jogador não se incomoda com a nova função.

“Ano passado, o pessoal do Pinheiros achou que faltou um pouco de banco para a equipe ir ainda mais longe. Eu tive a oportunidade e optei por vir, porque sabia que essa é uma equipe poderia ser campeã. E deu certo, vencemos o Campeonato Paulista nessa temporada”, comentou Paulinho.

Paulinho Boracini, do PinheirosUtilizado pelo técnico Claudio Mortari como um “coringa”, Boracini atua tanto como reserva de Figueroa, na posição 1, ou de SHamell, na posição 2. Na temporada, acumula média de 7,6 pontos e 2,3 assistências em 16,7 minutos por partida.

“É importante ter um banco forte, porque o desgaste na temporada é muito grande. Acho que já fizemos cerca de 50 partidas esse ano. Se você não tiver banco, prejudica”, alertou.

Também com a missão de trazer pontos vindo do banco, outros jogadores se destacam. Pedro, do Paulistano/Unimed, permanece em quadra uma média de 17,6 minutos e contribui com 8,9 pontos por partida, convertendo 42% de seus arremessos de 3 . Soró, do Unitri/Universo, não fica muito atrás e em 18,6 minutos converte 41,2% dos tiros de longa distância para anotar 8,3 pontos por embate.

Outro armador, Neto, do Winner/Limeira, é outro que traz energia vindo do banco. Além de seus 8,1 pontos por jogo, distribui 2,8 assistências em média, em 21,4 minutos em quadra.

“Você tem que estar preparado para quando entrar. Estou treinando e me dedicando muito para isso. O tempo que você fica em quadra tem que ser aproveitado ao máximo”, comentou Neto.

Mas não são apenas os armadores que se destacam como reservas. Também em Limeira, o veterano Rogério sai do banco e ajuda a equipe com 6,7 pontos e 4,8 rebotes. Alternando entre as posições 3 e 4, fica em quadra 22,4 minutos a cada jogo.

Tendo a defesa como principal foco, o ala/pivô Chico é um dos principais reservas do São José/Unimed/Vinac. No ataque, ele também ajuda com 5,6 pontos e converte 51,1% dos arremessos de longa distância.

Márcio Cipriano, do BrasíliaNo Uniceub/BRB/Brasília, quem tem essa missão é o ala/pivô Márcio Cipriano. O principal reserva do atual bicampeão tem nos rebotes seu principal fundamento. São 6,3 por partida, que vem junto com 6,6 pontos em 22,1 minutos.

“Eu acho que em um time cada um tem que assumir seu cargo. E o nosso time é bem dividido, todos sabem o que fazer. Estamos juntos há muito tempo”, disse. “Eu me sinto privilegiado, porque posso enxergar o jogo do banco e entrar já vendo as qualidades do nosso time os defeitos do adversário”, completou.

Desde que chegou a Brasília, Cipriano já conquistou duas vezes o NBB, uma vez a Liga das Américas e uma vez a Liga Sul-Americana. “Alguns preferem colecionar pontos, eu prefiro colecionar títulos”, finalizou.