Frente a frente novamente!

Adversários na final da Copa do Mundo de 2014 e na primeira fase destes Jogos Olímpicos, Estados Unidos e Sérvia estarão frente a frente também na decisão, no Rio de Janeiro (Divulgação/FIBA)

Em busca do lugar mais nobre do pódio no basquetebol mundial, Estados Unidos e Sérvia estarão frente a frente na Arena Carioca 1, neste domingo (21/08), às 15h45 (de Brasília). As duas seleções reeditarão a final da Copa do Mundo de 2014, na Espanha, em que os americanos tiveram uma atuação espetacular e venceram com autoridade, por 129 a 92.

Naquela ocasião, os sérvios vinham embalados, com vitórias sobre Brasil (84 a 56) e França (90 a 85) nas fases anteriores. Porém, toda a motivação não bastou para conter Kyrie Irving (que fez 26 pontos) e James Harden (23 pontos), principais destaques da partida. Os Estados Unidos terão quatro jogadores presentes naquela ocasião, enquanto a Sérvia tem nove atletas que também estiveram naquela final.

As duas seleções também já se encontraram nesta edição dos Jogos Olímpicos. No mesmo grupo na primeira fase, os países se enfrentaram pela quarta rodada e novamente os norte-americanos levaram a melhor, de forma emocionante. Perdendo por três pontos, a Sérvia teve a última posse de bola para empatar o jogo, mas Bogdan Bogdanovic não acertou o arremesso para 3 pontos, e a seleção europeia acabou derrotada, por 94 a 91.

“É emocionante para nós enfrenta-los novamente. Nós mostramos que temos condições de fazer um jogo de igual para igual com eles e nós sentimos que eles não são imbatíveis. É isso que iremos fazer na final. Tudo é possível na final”, disse Miroslav Raduljica, pivô da seleção sérvia.

País inventor do basquete, os Estados Unidos são uma verdadeira máquina em produzir grandes atletas e em conquistar títulos na modalidade. A seleção masculina tem 14 ouros olímpicos e apenas cinco derrotas na história do torneio. A última vez que os americanos não estiveram no topo do pódio foi em Atenas (2004), após serem derrotados pela Argentina, na semifinal, por 89 a 81.

Sem perder na competição a 24 partidas, os Estados Unidos fazem uma campanha soberba no Rio de Janeiro. Na primeira fase, a seleção derrotou China (119 a 62), Venezuela (113 a 69), Austrália (98 a 88), Sérvia (94 a 91) e França (100 a 97). Primeiro lugar de sua grupo, os norte-americanos também derrotaram a Argentina, por 105 a 78, nas quartas de final, e a Espanha, por 82 a 76, na semifinal, para chegar até a decisão.

“Nós já vimos tudo. Não haverá surpresa na decisão. Nós já enfrentamos a Sérvia na primeira fase e reenfrentaremos agora na final, sabendo o que esperar deles”, disse Paul George, ala da seleção norte-americana.

Nesta campanha perfeita, alguns dos astros da seleção norte-americano vêm se destacando. Com médias de 17,9 pontos, 5,3 rebotes e 3,4 assistências por partida, Kevin Durant é o maior destaque do grupo na competição. Atual campeão da NBA, Kyrie Irving também faz grande torneio olímpico, com médias de 12,4 pontos e 5,0 assistências por partida. Outro nome fundamental no desempenho dos Estados Unidos é Carmelo Anthony, que tem 12,9 pontos e 5,0 sobras de média por partida nestes Jogos Olímpicos.

Cestinha da seleção americana, Kevin Durant é um dos principais responsáveis pela grande campanha na #Rio2016 (Divulgação/FIBA)

Não são só os americanos que tem uma história consagrada no basquete. Um dos países que integrou a extinta nação iugoslava, a Sérvia também tem grandes conquistas ao longo de sua história. Pela a Iugoslávia, os sérvios têm cinco pódios olímpicos (1968, 1976, 1980, 1984 e 1988), com uma medalha de ouro, em Moscou (1980), três títulos mundiais (1970, 1978 e 1990). Como país independente são dois títulos mundiais (1998 e 2002) e uma medalha de prata, nas Olimpíadas de Atlanta, 1996, na qual foram derrotados justamente pelos Estados Unidos.

No Rio de Janeiro, a campanha sérvia é composta por altos e baixos. Na primeira fase, a seleção terminou em quarto lugar de seu grupo, com vitórias sobre Venezuela (86 a 62) e China (94 a 60), e derrotas para Austrália (95 a 80), França (76 a 75) e Estados Unidos (94 a 91). No mata-mata, a Sérvia passou primeiro pela sua grande rival, Croácia, por 86 a 83, nas quartas de final, e depois reencontrou os australianos e desta vez se deu melhor, com vitória por 87 a 61, na semifinal.

Mesmo em uma campanha instável, os sérvios cresceram em todos os momentos decisivos. Os principais destaques da seleção no torneio olímpico, são: Milos Teodosic, com médias de 12,6 pontos e 5,7 assistências por partida; Miroslav Raduljica, que tem 15,9 pontos (cestinha da seleção) e 3,3 rebotes por confronto; e Bogdan Bogdanovic, com 13,0 pontos, 3,7 sobras e 2,6 assistências de média por jogo.

Com 15,9 pontos de média por partida, Miroslav Raduljica é o cestinha da Sérvia e um dos destaques dos Jogos Olímpicos do Rio (Divulgação/FIBA)