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Por Liga Nacional de Basquete
Recém-chegado ao São José, norte-americano Ed Nelson sente o calor da torcida pela primeira vez e fala sobre a influência de Andre Laws na decisão de vir para o Brasil
Um dos principais reforços do São José/Unimed para a temporada 2013/2014, o pivô norte-americano mal desembarcou em solo brasileiro e já sentiu o calor de sua nova torcida. O jogador chegou à São José dos Campos (SP) justamente no dia da estreia de sua equipe no Campeonato Paulista, na última quinta-feira (01/08), no sempre lotado Ginásio Lineu de Moura, contra o Jacareí.
Com as arquibancadas lotadas, os torcedores realizaram um ritual já costumeiro, que é de gritar o nome de todos os jogadores antes de começar a partida, como forma de incentivá-los para o duelo. Nelson havia acabado de chegar ao ginásio e já ouviu seu nome sendo cantado por todos os fanáticos torcedores joseenses: “É, Ed Nelson! É, Ed Nelson!”, gritou a torcida. Tal ovação já deixou o gringo mais à vontade e entusiasmado para estrear com a camisa da ‘Águia do Vale’.
“Já fiquei bastante entusiasmado com a atmosfera do ginásio e paixão que os fãs têm pelo basquete da cidade. Isso só me deixa mais feliz pela escolha que fiz em vir para cá”, declarou Ed Nelson.
Para quem não o conhece, Edward Nelson tem 31 anos e 2,03m de altura e atua tanto na posição 5, mais dentro do garrafão, como na 4, mais aberto, na linha de 3 pontos. Nascido nos Estados Unidos, o jogador teve boas passagens pelo basquete universitário norte-americano, chegando a conquistar o prêmio melhor calouro da divisão ACC, prêmio conquistado por astros como Michael Jordan, Chris Paul e Chris Bosh. Mais tarde, o jogador se transferiu para Connecticut, onde também teve ótimos desempenhos, conquistou o título da NCAA em 2004, e permaneceu até 2007.
Além da grande passagem pelo basquete de sua terra natal, o pivô construiu uma bonita história na Argentina. Em terras ‘hermanas’, Nelson chegou a atuar por Regatas Corrientes, Quilmes, Gimnasia Indalo e 9 de Julio, clube em que esteve na última temporada e foi o segundo maior cestinha do campeonato argentino, com média de 18,1 pontos por jogo. O novo atleta da equipe comandada por Régis Marrelli falou sobre o seu estilo de jogo e espera agradar os torcedores do time do Vale do Paraíba.
“Eu sempre jogo duro. Sempre tento ser o jogador que mais se dedica dentro de quadra. Gosto de usar minha altura e meu corpo jogando tanto no garrafão quanto fora. É bem bacana ver que aqui os torcedores gostam desse tipo de atleta, que joga com intensidade”, falou.
Devido à bonita história que Nelson construiu na Argentina, seria difícil de tirá-lo de lá. O atleta revelou que tinha proposta de diversos clubes de diversos países, mas a boa proposta de São José e a fama extremamente positiva que o NBB tem mundialmente o agradaram e fizeram com que o pivô se transferisse para o basquete brasileiro.
“Foi uma decisão difícil de deixar a Argentina, devido à linda história que tive lá nessas cinco última temporadas. Tive propostas para ficar por lá ou jogar na Ásia, mas todas as coisas boas que ouvi sobre a liga brasileira me fizeram optar em vir para o São José. Será uma grande oportunidade de jogar num clube forte que pretende ser campeão”, conto o pivô.
Mas, somente a proposta do São José não foi suficiente para o pivô 100% de certeza de que sair da Argentina seria a melhor opção. Então, o gringo consultou um velho amigo, que conhece muito bem as terras joseenses: o também norte-americano Andre Laws. Amigos da época de basquete argentino – Laws já defendeu o Atenas de Córdoba e o Olímpico LB –, os dois nunca chegaram a atuar no mesmo time, mas já foram companheiros de quarto em alguns Jogos das Estrelas da Liga Argentina, onde criaram uma boa relação de amizade.
Quando surgiu a proposta do time do Vale do Paraíba, Nelson consultou seu amigo Andre Laws sobre a equipe, cidade, campeonato e outras coisas. O camisa 4 do São José não se segurou e rasgou elogios ao seu compatriota, que se encantou com as coisas que Laws o contou e aceitou o convite para atuar em terras brasileiras.
“Eu acreditei na palavra dele. Ele falou coisas fantásticas sobre o time. Estava em negociação com outros dois times, mas ele me disse que aqui era um clube de primeira linha, a cidade era incrível, que todos amavam basquete. Aí não teve jeito”, finalizou Ed Nelson.