HOJE
PRANCHETA DO GUSTAVINHO - TIMÃO OU JACK? QUEM LEVA?
Por Liga Nacional de Basquete
Colunista analisa confronto entre Corinthians e Unifacisa nos playoffs. Primeiro jogo é esta noite em Campina Grande, com transmissão no YouTube do NBB e APP da NBA!
Em Campina Grande, Corinthians e Unifacisa iniciam mais uma série das oitavas de final do NBB. Jogo abre sequência de partidas dos playoffs transmitidas no APP da NBA.
8° (17 V – 15 D) Corinthians x 9° (16 V – 16 D) Unifacisa
O ditado é conhecido, o mundo dá voltas. As duas equipes protagonizaram o primeiro jogo de seus novos projetos no início de 2018, na abertura da Liga Ouro daquele ano. O Corinthians após 22 anos afastado das quadras do basquete nacional e a Unifacisa montando uma equipe pela primeira vez.
Naquela ocasião, o alvinegro paulista levou a melhor (e venceria também no 2° turno), de virada, a poucos segundos do fim, e na sequência daquele ano sairia com o título da competição e carimbando o passaporte para o NBB.
Um ano mais tarde, em 2019, a equipe de Campina Grande é quem faria a final contra o maior rival do Corinthians no basquete. Em uma série muito equilibrada, a Unifacisa bateu o São Paulo (80 x 78 no jogo 5) e levou o troféu da Liga Ouro, garantindo a vaga na elite do basquetebol nacional para o ano seguinte.
Desde então foram mais 8 confrontos entre Corinthians e Unifacisa, com cinco vitórias para o time de Campina Grande e três para o alvinegro paulista. Se contar as duas vitórias da Liga Ouro, 5 a 5 no placar.
Na temporada 22/23, apesar de serem conhecidos por suas fanáticas torcidas, nenhum dos dois fez valer o fator casa. O Timão venceu fácil no primeiro no turno por 16 pontos (76 x 92) e tivemos uma vitória apertada do time da Paraíba no 2° turno (66 x 68).
Mata – mata
A partir de hoje, jogam valendo uma vaga nas quartas de final do NBB com mando de quadra do Corinthians, por ter a melhor campanha. No papel, os times são muito bem desenhados. No entanto, foram duas das equipes que mais oscilaram durante o campeonato. A Unifacisa só conseguiu três vitórias seguidas duas vezes na temporada e o Corinthians, depois de uma excelente sequência de 6 vitórias em sequência no início, só foi ganhar duas seguidas nas rodadas finais.
O técnico Léo Figueiró apostou em um time atlético e muito agressivo em relação à cesta. Sua equipe joga um basquete envolvente, tem o 4° melhor pace (ritmo) e é o 3° time que mais vai à linha de lance livre (19,1 por jogo). Só não é ainda melhor por conta das bolas perdidas: 15,6 erros por jogo (maior da Liga).
Liso e habilidoso, o norte americano Davaunta Thomas é difícil de ser parado no 1 x 1. Acumulando 17, 3 pontos por jogo, é o 3° cestinha da Liga. O ala pode pontuar de diversas maneiras, tem 54 % de aproveitamento para dois pontos e 34 % para três pontos, além de ser o 2° jogador que mais foi à linha de lances livres no NBB (123/168).
O garrafão é constantemente invadido por Mãozinha e Maique. A dupla “M e M” encaixou muito bem no sistema do treinador corinthiano e durante os 30 jogos da temporada regular já foram mais de 90 enterradas. Maique, que briga pelo prêmio de maior evolução, subiu de 5,5 ppj, 3,8 reb, e 7,2 ef, para 12 ppj, 6,5 reb e 16,1 efi nessa temporada. Mãozinha tem quase um “double double” de média: são 11 ppj e 9,9 rebotes para ele. Uma das grandes sensações do campeonato, ele tem a 3ª melhor eficiência da Liga (19,6).
Estratégia para uma defesa sólida
Fechar a “zona pintada”e “enrugar” a defesa será fundamental para o time dirigido por César Guidetti diminuir essa potência alvinegra. Outra forma de tentar defender esse trio é atacá-los do outro lado da quadra. A equipe de Campina Grande, tem Antônio em temporada inspiradíssima, o que pode causar problemas para Mãozinha defensivamente. O ala/pivô é o 2° maior pontuador do NBB com 17,7 (74/ 55/ 39 % de aproveitamento em L.I, 2 pts e 3 pts respectivamente).
Trevor Gaskins é outro jogador perigoso (60 bolas de três com 40% de aproveitamento). Bom de cesta e de trash talk (provocação) vai se desenhando um baita duelo contra Thomas.
Muito atento à montagem de seu elenco, o coach Cesinha tem pivôs que oferecem coisas diferentes. Gersão é ótimo “rolando” para dentro e finalizando próximo ao aro (58% de aproveitamento nas bolas de dois pontos) e Guilherme Hubner pode fazer o “pick” e abrir para o chute de longa distância (56 bolas triplas em 24 jogos, com 39% de aproveitamento) o que pode obrigar Big Maique a ter que sair de perto do aro para defender.
Ofensivamente, o caminho não estará livre para o “Jacaré”, uma vez que o time do Parque São Jorge é responsável por forçar o 2° pior aproveitamento de arremessos dos seus oponentes, além de ser o líder em tocos do NBB (só a dupla M e M já distribui 75 blocks na temporada).
É realmente um match muito equilibrado, até mesmo nas peças complementares. Cada time tem o seus famosos “three and D”. Chutes de três e defesa são as especialidades da casa para Jimmy no time paraibano (47 convertidos com 36 % de aproveitamento) e para Isaac no Timão (55 acertos, com 40 %).
A experiência para fechar jogos pode vir de Cauê Borges, pelo Corinthians, e de André Góes, pela Unifacisa. Cauê com 9,3 ppj e 3,6 passes para a cesta, teve o ritmo quebrado por algumas lesões, e por momentos teve que se reinventar no papel armador. Mas, sem dúvidas, é um dos homens de confiança do treinador Léo Figueiró.
André (9,5 ppj e 4,5 as) já concorreu ao prêmio de MVP do NBB e é um dos jogadores mais “clutchs” (decisivos) da Liga. Frio nos momentos cruciais, gosta de chamar a responsabilidade faltando poucos segundos no relógio.
A atmosfera das torcidas sem dúvida pode ajudar na classificação. Depois de tanto equilíbrio, a energia do Ginásio Wlamir Marques, assim como o calor da Arena Unifacisa podem ser o diferencial e pesar para o resultado positivo de um ou de outro.
Jogar com ginásio lotado não é pra qualquer um. Tanto contra, como a favor!
Quem terá mais equilíbrio emocional?