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11-12-2012 | 03:45
Por Liga Nacional de Basquete

Nesta temporada, o NBB conta com 37 estrangeiros, mas quatro deles já se sentem em casa

Estrangeiros já adotaram o Brasil como casa (Montagem/LNB)

Ser receptivo é uma característica do povo brasileiro, e no basquete não é diferente. Estrangeiros vêm para o Brasil para mostrar um pouco de suas culturas no esporte da bola laranja e melhorar o nível das equipes, mas acabam se apaixonando pelo nosso país, pela nossa cultura.

Nesta temporada, o NBB tem um recorde de jogadores estrangeiros, são 37, de nove nacionalidades diferentes: Estados Unidos, Argentina, Paraguai, República Dominicana, Cuba, Espanha, Sérvia, Áustria e Gana. Quatro deles já estão bastante identificados com o país e com a principal competição do basquete brasileiro.

Shamell

O estrangeiro que está há mais tempo aqui é o ala/armador norte-americano Shamell, do Pinheiros/SKY. O atleta está em terras brasileiras desde 2006, é casado com uma brasileira e tem dois filhos, um deles, brasileiro. Para ele, os brasileiros facilitaram muito sua adaptação ao país, e diz que se sente em casa.

“O povo brasileiro é muito simpático e deixa qualquer estrangeiro mais confortável, deixa a adaptação mais fácil. Eu estou em casa, mesmo com todo mundo falando inglês comigo já estou bem adaptado, me sinto em casa”, disse Shamell.

Shamell ainda projeta seu futuro no Brasil, fala sobre a evolução do basquete brasileiro e pensa com ambição quanto ao futuro do esporte: “Passei o maior tempo da minha vida adulta aqui, ainda quero ajudar o basquete crescer, até mesmo sem jogar, mas quero ajudar o basquete a evoluir. Os melhores jogadores brasileiros jogam aqui, isso é importante. Você tem que continuar buscando melhorar, se fizermos isso, o basquete brasileiro pode ser melhor, vamos tirar a Argentina do posto de melhor basquete da América do Sul”, completou o norte-americano.

Robert Day

No Brasil desde 2008, o ala norte-americano do Unitri/Universo, Robert Day chegou no mesmo ano em que o time de Uberlândia entrou no NBB. O jogador fala sobre a boa recepção que teve ao pousar em terras brasileiras e ainda cita alguns problemas que teve quando atuava pelo basquete mexicano:

“Para mim e para o Robby Collum (outro norte-americano da equipe), o campeonato e o time de Uberlândia são muito organizados. Já joguei no México e em outros lugares onde tive muitos problemas, como pagamento atrasado e desorganização. Por mim, ficaria no Brasil por muito mais anos. Minha família está muito confortável aqui em Uberlândia, a cidade nos recebeu bem, e as pessoas nos ajudam o tempo todo”, disse Robert Day.

Larry Taylor

Mas se formos falar estrangeiro que já é brasileiro, ninguém melhor do que Larry Taylor, do Paschoalotto/Bauru. A paixão dele pelo Brasil é tão grande que o atleta se naturalizou brasileiro no início de 2012 e disputou as Olimpíadas de Londres, onde a seleção brasileira chegou até as quartas de final, sendo eliminados pela Argentina.

O jogador destacou que não teve dificuldades de adaptação ao chegar no Brasil e já faz planos sobre seu futuro como cidadão brasileiro:

“Quando cheguei aqui há quatro anos não sabia o que esperar. Mas quando cheguei, gostei muito da cidade, do time, todos me trataram super bem. Eu acabei gostando muito. Vou para o meu quinto NBB e, agora, que virei brasileiro, acho que nunca mais sairei do Brasil. Vou ficar aqui para sempre”.

Larry ainda elogia o NBB e diz estar feliz por fazer parte da evolução do basquete brasileiro: “O NBB está ficando cada vez mais forte, as equipes estão investindo mais e muitos estrangeiros estão querendo vir para cá. Isso é ótimo . O NBB está ajudando muito o basquete brasileiro a crescer e fico muito feliz de poder fazer parte de todo essa trajetória”.

Ronald Ramon

Vindo da República Dominicana, o armador Ronald Ramon está no Brasil desde 2010, defendendo as cores do Winner/Kabum/Limeira, e contou sobre sua satisfação qualidade de vida. O dominicano também falou sobre o respeito que o basquete brasileiro tem no continente sul-americano:

“Desde o primeiro ano que cheguei aqui, as pessoas me receberam de braços abertos. Gostei muito da cidade, das pessoas e do profissionalismo da equipe. O NBB é uma das Ligas mais respeitadas na América Latina. O profissionalismo do basquete brasileiro está muito alto e todos querem ficar aqui”, disse o armador.

Ramon ainda revelou o interesse de alguns de seus companheiros de seleção dominicana em atuar no basquete brasileiro: “Jack Martinez e Juan Coronado já me falaram que gostariam de vir para o Brasil, então acho que é uma liga muito boa para jogar e que recebe muito bem os atletas estrangeiros”.