HOJE
Iniciativa diferente
Por Liga Nacional de Basquete
Com base na igualdade através do esporte, ala/pivô Felipe Ribeiro lança livro infantil e abre coração ao falar sobre sua relação com o Ceará
O ala/pivô Felipe Ribeiro, do Basquete Cearense, foi responsável por uma iniciativa um tanto quanto diferente, não só no universo do basquete, mas em todo o esporte brasileiro. O jogador de 39 anos lançou um livro infantil, chamado “O Mistério do Titanzinho”.
A obra tem como grande objetivo ajudar as crianças a lutar e nunca desistir dos seus sonhos, além de mostrar a importância do esporte e do espírito de equipe, tudo isso através de uma mensagem bastante inspiradora.
“É uma relação com o Ceará, com a Praia do Futuro, com o Titanzinho, com o basquete. Com a percepção da diferença social existente, criei uma história sobre a realidade de uma menina que vive em um condomínio fechado no bairro Dunas e a realidade de um menino que vive no Titanzinho. Eles se encontram e, ao longo da narrativa, é possível entender que entre crianças e esporte não tem diferença social”, disse Felipe.

Felipe Ribeiro mostra seu livro O Mistério do Titanzinho à sua filha na beira da praia (Fotografia S14/Divulgação)
Em meio ao lançamento de seu livro, Felipe Ribeiro aproveitou para falar sobre sua carreira e relação com o Ceará. Por lá, ele atua desde a temporada 2012/2013 do NBB CAIXA e se tornou um ídolo. Não à toa, a camisa 33 figura entre as mais queridas do Basquete Cearense desde o surgimento do time.
Com 20 anos de carreira, sendo os seis últimos dedicados ao Carcará, Felipe criou laços com a torcida e com a cidade de Fortaleza. Ele começou no basquete profissional aos 23 anos, quando jogou pelo Bauru, sob o comando do técnico Guerrinha.
“Sempre batalhei para realizar o sonho de ser jogador de basquete. Trabalhei em vários ramos, mas sempre com o foco de ser atleta. Joguei campeonatos universitários, passei pelo Sport Recife, fui para Campina Grande, e mesmo tendo uma trajetória diferente da maioria dos jogadores, tenho muito orgulho dela. Vivi anos maravilhosos em São Paulo, foi quando joguei um torneio no México com o Bial. Ele me chamou para a Seleção Brasileira Militar e conversou comigo sobre o projeto do Basquete Cearense”, explicou Felipe.

Felipe está em sua 6ª temporada pelo Carcará e se tornou ídolo por lá (Stephan Eilert/Basquete Cearense)
O ala/pivô fez sua melhor temporada da carreira no NBB CAIXA logo no primeiro ano de Basquete Cearense, em que alcançou médias de 15,0 pontos e 8,4 rebotes por jogo. Agora, aos 39 anos, ele está em sua sexta edição do campeonato brasileiro pelo Carcará.
+Estatísticas completas da carreira de Felipe Ribeiro no NBB CAIXA
“Em 2012 fiz uma temporada muito especial, pude dar continuidade ao que eu vinha realizando no Paulistano e foi inesquecível. Depois batemos na trave para chegar às semifinais, vivenciei praticamente todas as temporadas, saí só um ano (jogou no Pinheiros na temporada 2014/2015)”, declarou Felipe, que completou:
“Estou feliz e tenho o sonho de ver esse time longe. Acredito que o Basquete Cearense, o torcedor, o Estado, a região merece ver esse time em uma Sul-americana, Liga das Américas e, quem sabe, fazer uma final no CFO lotado, batendo recorde de público, aí eu vou acalmar meu coração”.

Kitesurf é uma das atividades preferidas de Felipe Ribeiro enquanto não está dedicado ao basquete (Fotografia S14/Divulgação)
Além do basquete, o jogador se dedica ao kitesurf, modalidade pela qual se apaixonou logo que chegou em Fortaleza quando um amigo o levou até a praia do Cumbuco.
“Estacionamos perto de uma lagoa, fiquei olhando as pessoas praticando e imaginei qual seria a sensação. Um mês depois eu estava com equipamento, fazendo curso e hoje eu me aventuro em qualquer mar. É o meu segundo esporte”, detalhou Felipe.
Felipe se refere ao torcedor do Carcará sempre com muita gratidão, pois independentemente da situação do time, ele afirma que o apoio vem acima de tudo. Para ele, além da vivência em quadra, muitas ações fora dela o marcaram.
“Vivi muitos momentos importantes na carreira, muitas conquistas coletivas e individuais, mas o que acho mais legal no esporte são ações como a que fizemos de visitar a Ivily, de 11 anos, em Crateús, as idas ao Titanzinho, são histórias legais, emocionantes e que eu dou muito valor”, destacou o ala/pivô.

Felipe relembrou visita à pequena Ivily, de 11 anos, na cidade de Cratéus, no sertão do Ceará, como momento marcante em sua passagem pelo Basquete Cearense (Stephan Eilert/Basquete Cearense)
Felipe ainda chegou a anunciar em sua rede social que essa temporada seria a última da carreira, mas acredita que ainda tem muito para contribuir com a modalidade.
“Eu tenho noção da minha carreira, da minha idade, de tudo que fiz, sou muito motivado. Estou fisicamente bem e eu gosto de jogar basquete. Eu tenho essa ligação com o Basquete Cearense, acredito muito no projeto, em tudo que vivenciei. Você ter uma torcida dessa, ginásio como CFO e Paulo Sarasate, estar em uma capital do Brasil que é referência no Nordeste, com uma forte pegada turística, é algo muito grande”, disse Felipe.
“O passo foi dado, vivemos muitas coisas, mas o time não chegou nem a sua adolescência ainda. Provavelmente eu não terei o protagonismo dentro de quadra porque muitos outros poderão ter mais tempo de jogo, mas que quero ver o sucesso do time, com os outros ajudando e eu vou poder dar o suporte dentro e fora de quadra, eu ainda corro para caramba”, finalizou o ídolo do Basquete Cearense.
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São Paulo
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Botafogo
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Flamengo
Minas
Paulistano
Pinheiros
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